A Caçada Sobre O Passado - Finalizada

8.

    Então, tô passando aqui rapidinha pra explicar uma coisa que talvez fique confusa. Tem uma hora que a Betty está falando por Skype e tem três pessoas: Betty está sendo representada pelo travessão. Izzy por uma aspa ( ' ) e Clary não tem nada na frente de seu nome. Me desculpem se ficou confuso.

         Boa leitura❤️

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           Estava no meu quarto, com todas as cortinas fechadas e sem luz alguma, só ouvindo algumas músicas. Meus pensamentos estavam longe, em um lugar que eu nem conhecia. Então veio a imagem da caixinha azul que estava no meu armário, me levanto e acendo a luz do quarto. Pego minha bolsa e procuro nos bolsos, mas não acho a caixinha. Olho ao redor do quarto, mas não lembro de tê-la tirado da bolsa. Sou tirada dos meus devaneios, quando ouso vozes no primeiro andar da casa, pego uma blusa de moletom e a coloca, já que estava um pouco frio.

        Passo por todo o corredor com passos lentos e tomando cuidado para não fazer barulho, chego na escada e olho para baixo e só consigo ver minha mãe, me sento no chão e presto atenção na conversa.

          - Como eu já havia dito antes, agentes, foi suicídio, não sei porque o FBI estaria interessado em um suicídio. - A voz da minha mãe era carregada de raiva e tristeza ao mesmo tempo.

         - São perguntas básicas que fazemos nesse tipo de situação, senhora Campbell. - Essa voz era de um homem, é uma voz doce e suave, a qual eu já tinha ouvido mas não lembro onde.

           - Sei que deve ser difícil, perder o marido do nada, não queremos trazer a dor de volta, mas a senhora tem que entender que são perguntas básicas e que vão ajudar a entender melhor o caso. - Essa outra voz é mais grave e sinto um nível razoável de cansaço e impaciência, saindo da voz.

          - Eu entendo, mas não vou responder nada. Minha filha já deve estar em casa e ela não lidou nada bem com esse assunto, então saiam da minha casa e não voltem. - Minha mãe diz.

           Depois só escuto barulho de passos e o som da porta abrindo e fechando, também escuto minha mãe suspirar e sentar no sofá, provavelmente está mais do que cansada de responder perguntas sem cabimento. Porque não podem deixar esse assunto quieto e como está? Seria tudo tão mais fácil.

          Volto para o meu quarto e ouso alguma coisa tocando, quando me dou conta é meu notebook, abro e vejo o ícone do Skype, me sento na escrivaninha e abro na hora.

💻 Skype:

- Clary!

Oi loira, como estão as coisas aí?

- Complicadas, com toda essa história do meu pai e...

Poxa, fiquei sabendo. Espero que esteja bem e sei bem como é, mas vai passar essa sensação de vazio e solidão.

- Não sei, sabe...eu ainda tenho minha mãe, a Luna e a vovó. Mas a coisa com meu pai era diferente.

Eu lembro de vocês, quando estavam aqui em Nova York, pareciam bem próximos.

- Sim, meu pai era meu herói, isso pode soar infantil ou algo assim, mas ele era um tipo de âncora. Ele me entendia perfeitamente só com um olhar.

Queria estar aí para te abraçar e fazer carinho nos seus cabelos. Mas eu tenho uma novidade que talvez você goste...

- E oque é?

No sábado eu e o Simón já estamos aí!

- Ah meu Deus! Não acredito! Finalmente, isso é daqui dois dias e bem no meu aniversário, obrigada por estar vindo pra cá, vai me ajudar muito.