ⅳ. sweater weather

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Apoiando as mãos no parapeito que havia na varanda do apartamento, Remus finalmente se perminitiu soltar o ar lentamente, como se só naquele momento conseguisse respirar direito.

Ainda não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Quais eram as chances nos garoto que havia beijado naquele bar – episódio que vinha tentando não pensar demais, embora ironicamente não saísse de sua cabeça – estivesse ali, naquela festa? E ainda por cima fosse melhor amigo do, quase, namorado da sua melhor amiga?

Aquilo lhe parecia mais uma pegadinha do que qualquer outra coisa.

E sim, provavelmente ele era um grande covarde por ter dado um jeito de escapar – novamente – do moreno, que agora sabia se chamar Sirius, na primeira oportunidade que teve, antes que qualquer um falasse alguma coisa.

Mas o que poderia fazer? Foi quase instintivo, quando deu por si já estava ali, no primeiro e único lugar vazio que conseguiu encontrar. Simplesmente não conseguiria encarar por mais muito tempo o outro rapaz, não sabia o que dizer e muito menos como agir.

É, ele era um covarde.

Por mais que tentasse colocar na cabeça que o que havia rolado não tinha sido nada demais, e que provavelmente não teria sido a primeira pessoa com quem o moreno havia tido uma sessão quente de amassos num lugar público, aquilo não o impediu de ficar completamente travado. Afinal de contas, havia sido a sua primeira vez.

Então ali estava, tentando recuperar o fôlego e refletindo sobre suas atitudes questionáveis. Patético, Remus.

— Você é realmente bom nisso. – a voz grave soou e o castanho nem precisou virar pra saber de quem se tratava, mas ainda assim virou-se. Sentiu todos os pelinhos arrepiarem. — Fugir de mim.

Antes parado na entrada da varanda, com as mãos dentro dos bolsos do jeans escuro, não demorou muito até que o moreno se aproximasse mais um pouco, antes claro fechando a porta de correr atrás de si.

— E-Eu... desculpe. – foi o que conseguiu dizer, por fim. E até que conseguiu se surpreender consigo mesmo por ter dito algo com um pouco de sentido. Mas então voltou-se a frente, focando na paisagem de uma Londres noturna e pouco estrelada. — Céus, isso é tão constrangedor. – murmurou, fechando os olhos por um momento, antes de suspirar.

— Então é isso? –  indagou, assim que parou ao lado mais baixo, apoiando o corpo no parapeito, o observando ao mesmo tempo que recebia um olhar confuso do mesmo. — Está com vergonha de mim?

— A-ah... sim, vamos dizer que sim. – respondeu, após insntantes de silêncio e de limpar a garganta.

— Oh... Isso é bom. – disse, surprendendo o outro. — É que comecei a pensar que beijava tão mal que te assustei. – explicou, bem humorado, rindo baixo quando viu o outro desviar o olhar rapidamente.

Remus havia ficado sem jeito – ainda mais, se possível – diante do comentário, por um insntante sentindo-se enrubescer diante somente da menção do ocorrido. Detalhe que não passou despercebido pelo Black, que achou àquilo particularmente adorável.

— Isso... Não é algo com que tenha que se preocupar. – disse o mais baixo, após instantes. Logo mordia de leve o lábio, as mãos apoiada na barra de ferro. — É que... Eu não sou muito bom com esse tipo de situação. Não é algo que eu tenha costume de fazer...

Drink me ✧ WolfstarWhere stories live. Discover now