5. welcome to NYC

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Carolina do Sul, julho de 2013

Carolina do Sul, julho de 2013

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A N N A    R O S E L A N D

— Você pegou o seu passaporte? Escova de dentes? Todas as roupas? — Bombardeia minha mãe, enquanto confisca minha mala pela décima vez.

É véspera da minha viagem para NYC. Estamos em meu quarto, e estou sentada sonolentamente sobre minha cama enquanto assisto Elizabeth zanzar para dentro e fora do meu closet. Não sei o que passou pela minha cabeça quando fui pedir sua ajuda para fazer minha mala. Na verdade, ela já estava feita há alguns dias, apenas precisava de alguém para repassar a lista e me certificar de que não esqueceria nenhum pertence importante para trás. Por algum motivo, minha mãe sempre foi maníaca por controle e organização. Para uma mulher exigente como ela, o básico geralmente significava pouco e várias opções de roupas ao seu dispor nunca são demais.

"Precaver para não faltar", sem sombras de dúvidas esse era o seu lema. 

— Mamãe, é apenas um fim de semana — suspirei, levantando minha cabeça para reparar o olhar disciplinar no rosto dela, como se eu fosse uma criança.

Farta de resistir, decido me silenciar enquanto ela adiciona mais uma muda de roupas para o interior da mala.

— É New York, Anna — Essa foi a sua principal desculpa para os seus exageros nos últimos dias — Você tem de estar preparada!

— Não é como se eu nunca tivesse ido para lá — Defendo, lembrando-me que a última vez que pisei no Central Park ainda usava vestido de babados e tinha seis anos e meio — Além do mais, não vou estar lá sozinha.

— O seu pai vive no mundinho elitista dele, sempre atolado de trabalho. É difícil imaginar que James desperdice o seu tempo imaculado para passear aos arredores de Manhattan com a filha — Ouch! Sinto a frustração mesclada com angústia pairar em sua voz — Ele sequer faz isso com Niall quando o filho dele está na cidade.

— Ele prometeu que faria algumas programações comigo — Encolho os ombros, procurando seus olhos afundados em preocupação — Ele está tentando para valer, mamãe. Eu juro.

— Eu sei, querida — Ela suspira, pousando uma mão sobre o peito — Apenas estou ansiosa com essa mudança de rumos tão repentina. Por um segundo você estava aqui e no outro, irá pegar o primeiro vôo da manhã seguinte para ir em busca dos seus sonhos.

— Não está feliz por isso? — De repente, minha voz falha e eu a vejo parar o que estava fazendo para se sentar ao meu lado na cama.

— É óbvio que estou, e é justamente por isso que quero tanto que dê certo — Suas mãos, lisas e afáveis como seda, acariciam as minhas — Você merece uma vida muito melhor que essa, Anna e essa oportunidade te dará isso.

𝐄𝐯𝐞𝐫 𝐒𝐢𝐧𝐜𝐞 𝐍𝐞𝐰 𝐘𝐨𝐫𝐤 | 𝐇.𝐒Where stories live. Discover now