6. sarah stone

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New York, julho de 2013

A N N A    R O S E L A N D

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A N N A R O S E L A N D

Eu olho para o meu reflexo no espelho com frustração.

Maldito cabelo! Ele simplesmente não se comporta nos dias em que mais necessito estar apresentável. São oito horas da manhã e apesar de estar duas horas adiantada para a minha entrevista de emprego, temo que tudo não corra como o planejado até lá. Para variar, despertei com uma leve enxaqueca, o que me remeteu a noite passada, onde papai e eu nos afogamos em altas gargalhadas e duas garrafas de vinho rosé enquanto éramos os únicos que sobraram no bistrô italiano do Bronx. Essa manhã, no entanto, eu infelizmente não teria sua companhia. Considerando o pico matinal, ele já deveria estar agitando os fóruns de Wall Street em longas reuniões, casos de homicídio e conferências online; sua agenda era apertada demais para ele se dar ao luxo de fazer a primeira refeição do dia com sua filha e era compreensível. De qualquer modo, degustar da minha solitude em meu novo apartamento temporário também não era de todo mal.

Há uma hora atrás, logo quando saí do banho, recebi uma ligação de minha mãe desejando boa sorte e outra de Niall me questionando se ele poderia pegar emprestado um CD da banda Snow Patrol, pois ele e Liam iriam turistar a cidade vizinha. Prioridades, certo? De algum jeito milagroso, consegui secar meu cabelo com o secador e modelar as pontas e a franja com uma escova, o que o deixou com menos volume e mais forma. Ainda de roupão, desci para preparar meu café da manhã. Ovos mexidos, torradas, morangos e cafeína — nada muito pesado que me fizesse ter uma emergência aos dez segundos antes de entrar na sala do diretor da New York Magazine. Ao finalizar meu desjejum, vem a parte menos complexa de todo esse ritual: escolher a minha roupa para a entrevista.

Tendo uma mãe como a minha, era mais do que óbvio que minhas roupas para o grande dia haviam sido selecionadas a dedo desde que recebi a notícia. Blazer e calça de alfaiataria, ambos sociais e pretos; os mesmos scarpins da noite anterior e uma camisa social pálida sob o blazer. Como nunca tive um dom inestimável para maquiagem, não fugi do tradicional e posso dizer que o resultado final foi extremamente satisfatório aos meus olhos.

Com minha bolsa de couro transpassada, agarrei meu portfólio e não esqueci as chaves do apartamento que descansavam sobre a ilha. Como sinalizado pelo meu pai antes, às nove horas em ponto, Aron esperava por mim do outro lado da rua em seu terno preto imaculado.

— Bom dia, Mrs. Horan. Precisa de ajuda? — Ele anuncia, se prontificando gentilmente, mas sei que só está exercendo o seu trabalho.

— Bom dia, Aron. Tudo certo. Na verdade, preciso apenas de um favor seu...

— Sim, senhorita? — Ele abre uma das portas traseiras com destreza, assistindo-me hesitar antes de adentrar no Audi SUV.

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⏰ Última atualização: Mar 22 ⏰

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𝐄𝐯𝐞𝐫 𝐒𝐢𝐧𝐜𝐞 𝐍𝐞𝐰 𝐘𝐨𝐫𝐤 | 𝐇.𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora