Capítulo 16

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Eu limpo meus pensamentos

Toco os violinosFazendo movimentosGrite isso do topo do telhadoEu estou tentando viver, simEm algum lugar longe, muito longeAlém das vidas lotadas da cidadeFora da escuridão nós podemos brilharEm algum lugar longe, muito longeAlém das vidas lotadas da cidade(...)Eu quero abrir meus olhosE vê-lo do outro lado (The Other Side - Alessia Cara)

)Eu quero abrir meus olhosE vê-lo do outro lado (The Other Side - Alessia Cara)

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          Eu não falei nada enquanto ela se aproximava. Seu roupão se arrastava atrás dela o tecido parecia brilhar com a pouca luz se parecendo com uma cobra que se escondia entre os vincos do tecido. Eu não sabia o que fazer, sentia que esse era o meu fim.

          — Fico me perguntando, como você entrou lá. Vestida em trapos, talvez fantasiada de zumbi. — ela levanta minha cabeça me forçando olhar para seus olhos e falar a verdade.

          — Eu arranjei um vestido. — minha voz sai baixa, quase um sussurro, estava tentando evitar para o rosto dela, olhando o mais baixo que meus olhos poderiam.

          Seu rosto começa a se transformar naquela máscara de raiva que eu já tinha visto tantas vezes, e eu sabia que aquilo não terminaria bem...

          — Com quem? — seu tom era venenoso e cheio de ódio, suas mãos tremiam em raiva, eu sabia que ela já tinha a resposta para isso, mas queria me ouvir respondê-la.

          Não queria falar, não aguentaria se ela fizesse algo com a minha madrinha, eu ia protegê-la, do jeito que eu podia, com meu corpo fraco. Não tinha como ela fazer nada se eu não desse a certeza de que ela precisava.

          A duquesa pega em meu pescoço com as duas mãos e me arrasta até a parede onde bate minha cabeça com força, vi bolinhas pretas entrando na minha vista, me sentia atordoada.

          — Como você entrou lá? — seu aperto era forte em minha garganta, a qualquer momento o ar não passaria mais por aquela região e eu poderia morreria sufocada.

          — Um amigo me deu um convite. — eu falo com a voz rouca, tentando puxar o ar, já sentindo as lágrimas de dor borrando minha vista.

          Madrasta solta uma risada cruel, digna da de uma bruxa, estremeço sob seu olhar aterrorizador.

          — Amigo? Você quis dizer o rato? — ela aponta para a gaiola de Jane, para minha felicidade ela não estava lá. — Você não tem amigos! Quem gostaria de ficar perto de alguém como você!? — ela aperta mais minha garganta e levanta a minha cabeça, começando a me avaliar com seus olhos brilhantes e doentios.

          — Por que você me odeia tanto? — falo sem que eu perceba em um sussurro rouco, torço para que ela não tenha escutado.

          Ela aperta mais o meu pescoço, em seus olhos além da raiva eu conseguia perceber o desespero e... tristeza...?

Para Ser CinderelaWhere stories live. Discover now