tribute

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A tarde havia passado e eu ainda estava no pátio central, sem o menor sinal de meu pai. eu já devia ter previsto isso, mas ainda tinha esperança de que meu pai fosse aparecer. eu sempre tinha essa esperança.

A hora passou, e os funcionários já estavam todos indo embora. eu me levantei para partir também. tentei procurar o celular para ligar para James para que ele viesse me buscar. mas não o achei em lugar nenhum

- Aly? - me virei ao ouvir meu nome. Chris vinha em minha direção, juntamente com seu pai — Ainda está aqui?

— Estava esperando meu pai. Mas ele não veio.

— Seu pai sempre sai nessas reuniões extras Alyssa — Falou o Senhor Schistad.

— Você ainda vai esperar ele? — Perguntou chris, com um tom de preocupação. 

— Não, eu ... Eu vou pegar um táxi, já que não consigo achar meu celular

— Você pode ir com a gente se quiser — Falou Chris olhando para o pai que assentiu em concordância. — Estamos indo também. 

— Eu não quero incomodar.

— Imagina — Falou Senhor Schistad

— Você nunca incomoda Alyssa. Vamos?

— ta bem — sorri em forma de agradecimento e partiu junto com os Schistads. 

— Sinto muito Alyssa — Sussurrou Chris em meu ouvido, me abraçando de lado. 

— Tudo bem. Achei que, depois de todo esse tempo as coisas seriam diferentes. Mas parece que não. 

Os dois continuaram caminhando lado a lado até chegarem no estacionamento, onde o carro juntamente com o motorista os esperavam. Senhor Schistad olhou para os dois. 

- Ver vocês juntos de novo, traz lembranças dos velhos tempos. Aliás, sinto muito pelo Scott, Alyssa. Você deve sentir muito a falta dele.

olhei pro Chris e ele estava me olhando, compartilhando nesse olhar, a cumplicidade e o sentimento que carregavam sempre que ouviam algo a respeito de Scott Van Kirk

saí do carro e agradeci a ambos e fui em direção ao manor -minha casa-

— Alyssa! — um dos seguranças grita por mim e eu vou até ele

— você conhece esse rapaz? — o segurança me perguntou

— ela não me conhece, ninguém me conhece — o menino falou — tranquilo, deixa quieto

— de ontem à noite, né? — falo quando lembro que eu havia me esbarrado nele, depois da confusão com o Chuck — desculpa

— você se lembra de mim? — ele me perguntou supreso e eu asenti — ela se lembra de mim

— ele disse que achou o seu celular — o segurança me falou, me dando o celular

— você achou!! — falo e vejo Lilly chegando

— advinha o que eu comprei para você? — ela me falou levantando as mãos de saco — um vestido para a festa. eu vi o convite na cabeceira

— você entrou no meu quarto? — perguntei e lembro que o menino ainda está lá — esquece. e eu não vou a festa

— como assim? a festa é da Blair

— o problema é que... quando eu recebi o convite eu ja tinha marcado de sair

— sair com quem? — ela me perguntou e eu encarei o menino

— com o meu amigo — fiz como se fosse para ele falar algo

— prazer em conhecê-la — ele falou dando um aperto de mão em Lilly — sou Dan Humphrey

— acho então que eu vou ficar com esse vestido para mim — ela falou e saiu

— obrigada — falei para Dan

— não fiz nada demais — ele falou e ficou parado, dei uns passos e pensei, porque não?

—  então você me pega as 8:00pm? — perguntei

— você vai mesmo sair com um cara que não conhece? — ele me perguntou

— não dá para ser pior do que os caras que eu já conheço — falei e entrei em casa

Um banho quente me fazia se esquecer dos problemas que assombravam minha mente, e isso fez com que eu acabasse tendo um banho mais demorado que o usual.

— Alyssa, venha rápido, telefonema para você! — Anders falou batendo na porta

encarei meu celular. Nenhuma mensagem ou chamada perdida. realmente acho estranho o fato de terem ligado no telefone residencial para falar comigo, afinal, todos os meus conhecidos me ligavam pelo celular

Mesmo assim, me apressei em descer as escadas para atender o telefonema.

Quando cheguei a cozinha, encontro Lilly agarrada ao telefone com uma cara de quem estava desconfortável com a situação.

— É para você querida. — ela disse me estendendo o telefone

— Quem é? — Sussurrei antes de apanhar o aparelho. 

— Veronica Van Kirk. A tia de Scott. 

peguei o telefone, e relutei um pouco antes de dizer algo

- Alô? - alyssa

- Alyssa? - pude então ouvir a voz de uma jovem senhora, um tanto quanto desesperada e melancólica - Querida, quanto tempo. Como você está? 

- Bem. E a senhora?

- Tentando me manter bem na medida do possível. Querida, sei que não nos falamos muito, mas estou ligando para falar com você sobre algo que temos em comum. Meu sobrinho Scott. - Veronica deu uma pausa para respirar profundamente. - Acho que você deve acompanhar o caso, e saber que estamos sem nenhum sinal de vida dele a praticamente um ano! Contrataram os melhores detetives, com os melhores recursos para resolver um simples desaparecimento em dois meses. Mas já se passaram um ano, Alyssa! 

- Sim, muito tempo se passou - Respondi, sob o olhar curioso de Lilly e Isabella. 

- Mal posso acreditar na incompetência da polícia britânica nesse caso! Eles desistiram, Alyssa, simplesmente desistiram de trabalhar no caso do meu sobrinho. Eles... eles estão relatando Scott como morto. Eles acreditam que ele já esteja morto, devido as circunstâncias. - eu suspirei - A polícia decidiu pausar o caso, e os pais de Scott concordaram com isso. Todos perdemos as esperanças. E é sobre isso que eu quero falar com você. Hoje no jornal noturno, irá sair o relatório policial sobre o caso de Scott, onde eles declararão publicamente essa pausa e a possibilidade de ele estar morto. Não podemos ficar aqui sabendo da possibilidade de Scott ter morrido já há muito tempo, e não fazer nada. Não vamos conseguir esperar por mais dois anos para descobrir o desfecho que provavelmente é o que esperamos. Por isso, Alyssa, eu, juntamente com o apoio de toda a família, tomei a iniciativa de organizar... organizar...  — eu estava tensa, temendo em como seria o final daquela frase. 

— organizar o que, senhora Van Kirk? — Perguntei, suavemente. 

— organizar uma homenagem fúnebre pública para Scott.

Dinasty Where stories live. Discover now