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D.L/P. O. V/ Capítulo 5

Eu não me lembrava quem era ela, mas quando vi ela aos beijos com um dos meus melhores amigos eu me lembrei. Daniela Ferreira Nunes, minha esposa, a mulher que eu amava ou pelo menos tentava me convencer disso. A defendia com unhas e dentes, ela foi mulher que eu decidi ter ao meu lado e que me fazia feliz como ninguém depois da Carol havia feito havia feito. Nós havíamos nos conhecido no ensino médio, na mesma época em que eu conheci o Dreicon, ela era minha amiga só que eu tive uma atração enorme por ela. Ela não foi minha primeira mulher, não mesmo, minha primeira em tudo foi a Caroline Dos Reis Biazin, a minha pequena ruivinha ou como eu gostava de chamar; Minha Valente, me lembro de ter dado esse apelido a ela por causa daquele desenho da Disney que tinha o nome "Valente" como título. Ela tinha sido a primeira mulher que eu havia beijado, a primeira mulher que eu levei pra cama e a minha primeira namorada, até ela sumir sem ao menos me dar uma satisfação e me deixar completamente sozinha, sem ela e sem nosso namoro.

Quando eu saí do meu apartamento eu estava alterada, estava chuvendo e quanto mais eu andava mais minha cabeça doía enquanto todas as lembranças que eu havia esquecido reapareciam na minha mente. Quando eu acordei no hospital eu não me lembrava da Daniela e não me lembrava da Caroline, mas agora eu me lembro das duas e me lembro de toda a minha relação com elas também.

Eu estava andando em direção a um apartamento que eu tinha alugado pra mim a alguns meses atrás e estava nele desde então, cheguei lá o mais rápido que pude e assim que eu estava no corredor da cobertura pegando minhas chaves pra abrir a porta eu vi uma mulher baixinha e ruiva se dirigir ao apartamento que havia ao lado do meu, ela estava mexendo no celular e não percebeu minha presença ali então eu a chamei.

- Carol? O que faz aqui? - Perguntei tirando a atenção dela do celular e vendo a mesma abrir um sorriso gentil e pegar suas chaves.

- Eu moro aqui, não sabia que morava aqui também - Ela falou e continuou sorrindo.

- Tá tudo bem, Day? Tá com o rosto meio inchado e toda molhada, quer ajuda em alguma coisa? - Ela perguntou preocupada.

- Olha eu... Eu vou aceitar sua ajuda, preciso muito de uma amiga e não tenho com quem conversar no momento. Pode me acompanhar? - Perguntei abrindo a porta do meu apartamento e a vi concordar e entrar no local junto a mim.

Quando entramos eu pedi pra ela se sentar e disse que já voltava, eu precisava de um banho e de roupas secas antes que eu ficasse doente então depois de um banho demorado onde eu acabei desabando em lágrimas, eu sai e fui em direção a sala onde Carol me esperava sentada no sofá.

- Agora que me parece melhor fisicamente, conta o que aconteceu

- Minhas memórias voltaram, me lembrei da minha esposa e de uma outra pessoa com quem me relacionei

- Isso é ótimo, Day. Deveria estar em casa comemorando, por que está aqui?

- Porque eu só me lembrei dela e da minha Caroline porque eu peguei a Daniela me traindo com um dos meus melhores amigos... Nosso relacionamento não ia bem, não tínhamos tempo uma pra outra e quando tínhamos havia algum tipo de discussão, eu sei disso. Mas sinceramente não acho que isso seja desculpa pra me trair - Falei e então a Carol acariciou meu ombro como forma de consolo.

- Agora entendi o motivo de ter se lembrado da Daniela, mas explica isso da outra pessoa com que se relacionou.

- Ah.. A Caroline Biazin, ela foi minha namorada durante o ensino médio - Falei e sorri ao lembrar da Carol - Eu amava aquela mulher, ela foi minha primeira namorada e primeira em outras coisas também. Me lembrei de que eu a chamava de Minha Valente porque ela era ruiva e porque era meio brava, ela sumiu do nada sem me deixar explicações ou até mesmo um bilhete dizendo que tava terminando tudo e depois que ela foi embora eu conheci a Daniela e fiquei amiga dela. - Falei e então respirei fundo pra segurar as lágrimas que eu sabia que iriam vir - Sinto saudade da Carol, fico imaginando como seria ter ela comigo agora e tento achar um motivo pra ela ter me deixado até hoje, mas não consigo... Nunca fez sentido o fato dela ter me deixado e sei lá, talvez eu não seja uma boa namorada ou esposa - Falei e a Carol me repreendeu.

- Não fala isso! Você não sabe dos motivos da Caroline por ter te deixado e acredite, você não é uma namorada ruim... Só não sabe o que aconteceu de verdade. Um dia você vai saber... Day, eu preciso ir, me desculpe. Se precisar de algo é só bater na porta ao lado - Ela falou e eu só assenti. Ela saiu meio desesperada pra ir logo pro apartamento dela, eu estranhei, mas resolvi não pensar naquilo. Simplesmente fui me deitar porque precisava me tranquilizar um pouco depois da noite que tive.

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