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D.L/P. O. V/ Capítulo 19

Eu acho que já fazem três ou mais semanas que eu e a Carol estamos nisso. Nisso que não posso chamar de relacionamento e muito menos de amizade, nunca na minha vida achei que seria tão bom e ao mesmo tempo tão ruim voltar a essa coisa de adolescente. Eu não sei o que porra eu sou da Carol, mas tenho total consciência de que se ela souber ou imaginar que eu fico ou fiquei com alguém durante esse tempo que eu tô com ela, ela mata a mim e a tal mulher que eu ficaria(Caso eu fosse doida e não tivesse amor ao meu pau e a minha vida).

E eu sei que se eu souber que ela ficou com alguém durante esse tempo eu vou surtar de ciúmes e me sentir totalmente traída como se estivéssemos em um namoro. Só sei que queria ter um nome pro que temos ou pelo menos queria que tivéssemos realmente algo oficial, mas nós concordamos em recomeçar e nos conhecer melhor então não vou fazer algo só porque eu quero sem saber se ela quer também, seria muita idiotice da minha parte.

Ouvi a campainha tocar e fui atender, eu já sabia quem era porque a Carol era a única pessoa que tocava a minha campainha. Se fosse minha mãe ela já iria ter batido na porta como louca, se fosse a Thaylise ela abriria com a chave que ela tem. Inclusive eu precisava contar pra Thaylise sobre a Carol.

Thay e eu somos amigas desde o ensino médio, ela conheceu a Carol e foi muito amiga nossa. Quando a Carol sumiu a Thay me ajudou bastante a conseguir superar tudo e até foi no meu casamento com a Daniela(Totalmente contra-gosto já que a Thaylise nunca gostou da Daniela e a Daniela muito menos gostava dela).

Abri a porta e logo dei espaço pra ela entrar e ela entrou sem falar nada, achei aquilo estranho já que ela sempre falava alguma coisa e ali ela não só parecia quieta como parecia nervosa também, passava as mãos pela calça jeans que ela usava e estava com o rosto avermelhado, isso nunca foi um bom sinal vindo dela.

-O que tá acontecendo? Tá nervosa - Falei me aproximando dela e ela pareceu ficar mais nervosa ainda. Ótimo, parabéns Dayane.

- Eu não tô nervosa - Ela falou. Mentirosa.

- Aquilo não foi uma pergunta e você não sabe mentir, fala logo o que tá acontecendo - Falei impaciente e obviamente eu que tava começando a ficar nervosa e ansiosa.

- Day... Eu vou falar logo, se eu não falar agora não vou conseguir falar depois - A vi respirar fundo e então continuar - Eu não quero mais ser sua amiga, ou seja lá o que eu tô sendo sua. Eu sinceramente não aguento mais ficar do jeito que a gente tá, nós não somos amigas e isso é evidente, mas também não somos namoradas como algum dia nós já fomos e eu odeio não ter certeza de algo em relação a nós. Eu só sei que eu amo você, só sei que eu quero e preciso de você, mas não sei se você me quer e se ainda me ama pelo menos um pouco pra pelo menos ficar de verdade comigo então por favor me diz se eu tô querendo tudo isso sozinha porque se for isso eu paro e me afasto de você - Eu ouvi aquilo tudo totalmente em silêncio e estava bem surpresa em ouvir aquilo e ao mesmo tempo a achando doida por pensar que eu não a amo. Não existia palavras que eu poderia usar com ela naquele momento então eu só soltei uma pequena risada boba e vi sua expressão de raiva e tristeza começarem a se formar.

- Carol você é muito boba - Falei e então puxei seu rosto e a beijei dando início a beijo era calmo, mas havia saudade e muito desejo de ambas, eu coloquei minhas mãos em sua cintura e a apertei enquanto nossas línguas estavam em perfeita sincronia.

Quando o ar se fez ausente nós separamos nossos lábios e eu deixei um selinho em sua boca.

- Eu realmente achei que me conhecesse melhor, me enganei. Se me conhecesse mesmo saberia que não existe isso de não te amar ou não te querer - Falei sorrindo e ela me olhava como uma criança, tinha inocência no olhar dela e eu me senti nostálgica com aquilo. Ela me olhava daquele jeito quando namoravamos a anos atrás e ainda conseguia ter o mesmo efeito sobre mim com esse olhar.

Sem falar nada eu sai da sala e fui rapidamente em direção ao meu quarto pegar um presente pra ela, havia comprado uma coisa pra nós duas a alguns dias, mas não sabia como iria dar o presente a ela e aquela parecia ser a hora perfeita.

Quando voltei pra sala com uma caixinha na mão ela estava sentada no sofá me esperando. Eu me ajoelhei, ficando na altura de se rosto e então dei a pequena caixinha azul.

- O que é?

- É algo que vai nos tornar oficiais de novo. Você disse que queria ter a certeza do que eu sinto e do que nós somos e eu acho que isso responde o seu querer - Falei e ela abriu a caixinha e viu dois anéis de prata, um tinha as iniciais dela gravadas e o outro tinha as minhas.

- Namora comigo de novo, Caroline Biazin? - Finalmente pude falar aquilo. Ela me olhou com seus olhos brilhando e então assentiu, aquele era o meu sim. Coloquei o anel com as minhas iniciais nela e fiquei o anel que tinha as iniciais dela.

- Agora você é minha namorada, não vai conseguir escapar de mim dessa vez, Carol

- Não quero mais escapar de você. Tô bem aqui - Ela falou isso e então eu a abracei e a beijei novamente.

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