Beijos.
Os dígitos de Seulgi tocaram seus lábios recentemente umidecidos, e a cabeça dela pareceu girar quando, pela décima vez naquele Domingo, ela se relembrava o que aconteceu na noite anterior.
A Joohyun me beijou...
Beijou?
Puta merda, beijou.
— Seulgi!
Com o susto, o livro nas mãos da Kang se fecharam em um barulho oco, e a garota se virou o mais rápido que podia em direção a porta de seu quarto.
— Credo minha filha, tá devendo é? — Yeosang deu um sorriso maldoso, cruzando os braços.
— Vai a merda, Yeosang. O que você quer?
— A Wendy tá lá em baixo... — o tom dele mudou e o garoto ficou quase envergonhado. Seulgi olhou para ele, e tentou, como tentou segurar o riso, mas o quarto explodiu com as suas risadas.
— Yeonnie... A Wendy não é pra você.
— O que!? — o garoto arregalou os olhos e quase se engasgou com o ar. — Espera só, eu vou ir pro Ensino Médio e...
— E ela não vai se importar com você — Seulgi completou, se levantando da cadeira aonde estava, ela caminhou até fora do seu quarto, desligando as luzes, e antes de sair, sua mão pesou contra o ombro do irmão. — Ela gosta de colar o velcro, Yeo.
Sussurrou com um sorrisinho idiota no rosto, e o irmão a olhou com a confusão estampada na face.
— O que isso quer dizer, noona? — por algum motivo, ele ficou com medo.
— Nada, Yeosang.
Seulgi riu mais um pouco antes de descer as escadas. Passou pela cozinha e chegou até a sala de estar, que na maioria das vezes Wendy chamava de "Pequena amostra da Mata Atlântica", devido as incontáveis plantas de Kang Jihyo, espalhadas praticamente do chão até o teto.
— Você realmente me ama, não é? — Seulgi disse se apoiando no batente da porta da sala, fazendo Wendy, que estava sentada no apoio do sofá, se virar para ela.
— Oi pra você também, Seulgie — ela se levantou, com aquele sorriso que a outra conhecia muito bem. — Sooyoung tá chamando a gente para ir pra casa dela.
— Existe celular pra que, Seungwan? — respondeu Seulgi, com um ar divertido. — Pra que você veio aqui?
— Para de ser chata e vamos logo. Quero saber o que aconteceu ontem.
A resposta de Seulgi foi pigarrear, ficando um pouco desconfortável. Droga, não tirava aquilo da cabeça. Aliás, qual era o problema de Bae Joohyun? Por que ela a beijou? Assim, do nada? Queria a testar, ou algo assim?
A Kang gemeu em frustração, recebendo um olhar desconfiado da amiga.
— É... Eu vou subir para me trocar.
Deu um sorriso amarelo e seus passos contra o assoalho foram ouvidos escada a cima, deixando uma Wendy curiosa para trás... Ou para baixo.
(×)
Como na noite anterior, a brisa quente estava confortável, o que fez Seulgi colocar roupas leves, desceu o mais rápido que pode, vendo que Wendy tinha voltado a se sentar no apoio do sofá, concetrada em alguma coisa do celular. Assim que ela a viu, se levantou e elas saíram, o Sol amigável bateu nos rostos pálidos quando elas viraram a esquina. Sooyoung morava a dois bairros de distância de Seulgi e as garotas gostavam de andar... na maioria das vezes.
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MY (SEX) BOOK ⌇ seulrene
FanfictionKang Seulgi era uma escritora amadora no seu penúltimo ano do Ensino Médio. Ela carregava seu caderno de anotações para todo lugar e não conseguia viver sem ele. Só que ela não escrevia qualquer coisa, escrevia romances eróticos. E, ironicamente, er...