CAPÍTULO DEZENOVE

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Karol.

Estamos frente a frente, tão perto que posso sentir sua respiração misturada com a minha.

— Senti muito a sua falta. – ele disse carinhoso.

— É mesmo? Eu não senti a sua! – digo rápido.

Não tirei os olhos da sua boca nem por um segundo.

É claro que estou mentindo, ele não precisa saber.

Quer dizer...
Não estou.

— Hummm... Estou vendo. – Ele também olhou para minha boca.

— Também estou vendo bem, afinal ainda consigo enxergar! – sem vergonha desviei o olhar para seu peitoral coberto pela camisa cinza.

Mordi os lábios depois olhei para sua boca de novo.

— Você entendeu muito bem o que quis dizer. – ele se afastou um pouco, só um pouco.

— Então diz o que veio fazer aqui, já que não foi por minha causa. – diz olhando nos meus olhos agora.

— Eu não tenho que te dizer nada! Acho melhor ir embora. – digo sem me mexer.

Ele se aproximou mais.

Respirei profundamente.

Oh merda...

— Fala Karol! Você não sai daqui enquanto não falar. – Exigiu exasperado.

— Ah, saio sim! Não sei o que deu na minha cabeça quando resolvi falar com você. – Esfreguei as mãos uma na outra.

Ele murmurou alguma coisa que não entendi.

Fiquei de costas pra ele.

Não quero parecer uma adolescente boba apaixonada.

Afinal, não estou apaixonada por ninguém.

— Por que não admite que você sente o mesmo por mim? Estou sentindo seu coração batendo acelerado. Seu que é por minha causa.– não tive coragem de lhe encarar.

— Você quer saber? – assentiu, posso sentir. – Então vou dizer! Sim é por sua causa. Senti a sua falta também Pasquarelli, satisfeito?! – ele não falou nada.

Pensei em sair.

Ele foi mais rápido, quando agarrou minha cintura firme.

Virei pra encará-lo.

Ficamos nos olhando sem dizer uma palavra sequer só sentindo a respiração um do outro.

Quero tanto beijá-lo.

Que isso, Karol?

Você não quer nada!

— Me solta! – consigo dizer, mesmo querendo o contrário.

Ele é tão bonito e forte.

Esses meses parece que fizeram bem em.

Que pegada firme!

— Não! Para de ser teimos...– não esperei ele terminar de falar.

Agarrei sua camisa com uma mão, com a outra peguei em sua nuca o beijando em seguida, sem da chances pra mais nada.

Era um beijo intenso, desesperado cheio de desejo e paixão.

Ele me deu impulso, fazendo com que minhas pernas ficassem entrelaçadas na sua cintura e me levou até a cama, me jogando nela sem muito carinho.

Depois ficou de pé e tirou a camisa devagar, mordi os lábios admirando aquele abdômen maravilhoso.

— Vem…– chamei com um dedo.

Estou louca por esse homem.

Totalmente.

Não sei porque tento negar que o sinto e desejo com todas as minhas forças.

Ele obedeceu vindo até mim e ficando por cima.

Inverti a posição e beijei seus lábios novamente. O pescoço, mordi sua orelha e o ouvi gemer, desci fazendo uma trilha de beijos pelo seu tanquinho até chegar lá embaixo.

Tirei sua calça rápido
o deixando apenas de cueca.

Levantei de cima dele e comecei a tirar minha roupa lentamente, vi o mesmo revirar os olhos enquanto acariciava  o volume evidente por cima de sua cueca.

Fiquei apenas de calcinha e sutiã.

Ele que vai tirar.

Não precisei esperar nem mais um segundo, ele mesmo veio até mim me agarrando com uma força, como se a qualquer momento eu fosse fugir.

Um gemido alto escapou dos meus lábios.

Não tem outro lugar onde eu queira estar agora.

— Você é perfeita! – Ruggero suspirou mordendo meu pescoço, enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo.

Claro que estou fazendo o mesmo com ele.

— Você também não é de se jogar fora! – provoquei tentando irritá-lo.

— A não sou é? Você ainda não viu nada, Sevilla!

Ele tirou meu sutiã e me jogou na cama novamente.

— Vem mostrar, Pasquarelli. – um sorriso malicioso brincou em seu rosto.

Sorri da mesma maneira.

Ele grunhiu vindo até mim.

Quando me dei conta, os dois estavam completamente nus.

Ele ficou por cima novamente e foi entrando devagar como se a qualquer momento fosse me machucar.

— Eu te amo.

Beijou meus lábios enquanto nos tornavamos um só.

Lágrimas rolaram por meu rosto.

Não de tristeza e sim porque pela primeira vez me sinto segura, bem comigo mesma.

Amada de verdade como nunca fui antes.

— Amo o seu sorriso, seus olhos, sua pele, sua boca. Amo cada pedaço de você. Te amo ainda mais, por você ser a pessoa que trouxe de volta a minha vontade de viver. – Se declarou, distribuindo beijos por todo o meu corpo.

Beijei sua boca tentando conter os gemidos de prazer.

Continuamos nos amando até que chegamos ao ápice juntos.

Nos olhamos sorrindo como dois bobos apaixonados, começamos tudo de novo.

— Quero sentir sua pele na minha por todas as noites antes do amanhecer. – Ele sussurrou baixinho no meu ouvido.

— Anseio por isso!

ANTES DO AMANHECERDonde viven las historias. Descúbrelo ahora