CAPÍTULO QUARENTA

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Thara

Passei tanto tempo procurando por Helena e também pela minha mãe, cheguei a achar que a mesma tinha morrido e que jamais voltaria a vê-la.

Tudo por culpa do meu pai e da amiga dele.

Eles vão se arrepender do que fizeram com a Helena.

Ela foi uma mãe para mim. Sempre me ajudou quando mais precisei e eu com certeza soube valorizar isso.

Agora ela está morrendo.

Farei de tudo para que sobreviva e possa reencontrar Aurora e Phillipe.

Luciana.

Esse é o nome da mulher que praticamente me abandonou sem pensar duas vezes. Nunca vou perdoa-lá mesmo que doa em mim mesma.

Ela não merece o meu perdão.

Esse tempo todo achei que a culpa era minha.

Mas depois percebi que ela era a única culpada por me deixar, só agradeço que quem tenha me encontrado foi a Helena.

Uma lágrima arriscou descer por minha bochecha mais não permiti que sequer saísse do meu olho.

Agora o que importa é a mulher que cuidou de mim com tanto carinho.

— L-lena. Mãe. – a chamei tentando ao máximo não chorar por vê-la assim dessa maneira.

Ele vai pagar por isso!

— M-minha linda caça...dora. – diz tocando o meu rosto com a mão fria e trêmula.

— Você precisa de ajuda! Não quero que morra, madrinha. – olhei para o moço bem bonito por sinal e que par de olhos lindos. – foi mal ai pela flechada. Vamos levá-la para o carro rápido! Eu sei como deixá-los em segurança.

— O quê? Tá maluca?! A gente já está indo para um lugar seguro! Eu não confio em você, caçadora.  – O moreno de olhos castanhos exclamou.

— Ah. Então você vai conseguir ir até a cidade machucado do jeito que está e com outro cara ferido?! Pois bem vá! Mas ela vai comigo e o rei também. – olhei para o outro moço me aproximando, o que me fez arregalar os olhos.

— Ela não vai com você a lugar nenhum! Eles vão comigo! – o bonitão falou irritadinho. – o que foi? Por que ficou assim de repente?

— Douglas? –  não acredito que encontrei ele!

— Nos conhecemos? Não me lembro de você.

Aí que vergonha.

— Não é... Bom... E-eu vejo você nos meus sonhos. Por isso sei o seu nome! Só não entendo o porque de sonhar com você.

Suspirei achando tudo muito esquisito.

Tinha sonhar justo com um lobo?

— Eu também sonho com uma moça. Mas nunca conseguia ver o rosto dela.

Isso é estranho.

Ei, pombinhos apaixonados. Vamos ou não?! A não ser que queiram esperar mais um pouco, dai quem sabe meu amado pai não chega e mata todos nós de uma vez. – Diz Ruggero com sarcasmo na voz.

Ele realmente não gosta de mim.

E bom... também não gosto nem um pouco dele.

Sendo filho de quem é, muito menos. Claro que não pode julgá-lo sem o conhecer primeiro.

Espero que não descubram o verdadeiro motivo de eu estar aqui.

Começamos a caminhar pela floresta.

— Olá! Precisam de ajuda? – Uma moça perguntou pulando na nossa frente.

Puta merda.

— Não, obrigada.

Ela sorriu para mim.

— Calma! Pra quê a pressa? – Virei-me para Helena, ela seguiu o meu olhar. – Ah, a moça estar morrendo. Posso?!

— Não toque nela! Ou vai se arrepender. – ela ignorou o que eu disse, aproximou e tocou em sua cabeça falando coisas estranhas.

— Ela realmente está morrendo. Helena está fazendo de tudo para sobreviver e poder olhar uma última vez para os filhos e a neta que ela não conhece, mas já sonhou com a mesma. – A loira tocou seu rosto após falar.

— Como você sabe de tudo isso? Quem é você?! O que quer? – perguntou Douglas encarando a mesma.

— Nossa! Shiu. – ela colocar a mão no ombro da Helena. – Estou vendo alguma coisa há mais.

— O quê? – ela se afastou estranha e vai embora rápido.

Ela sumiu sem dizer mais nada.

— Vamos.

— Cadê o Ruggero? – Ricardo perguntou.

Olhei para os lados e não o vi.

Ele foi embora.

Covarde.

— Ele deixou a gente para trás e fugiu.

Lobo covarde.

ANTES DO AMANHECERWhere stories live. Discover now