36- Faça-me um favor.

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Eu estava sentada no pé de uma árvore. Sob um pequeno facho de luz que se reluzia em meu corpo. Esperando alguma coisa, só não sabia o que. Estava angustiada. Esgotada. Expressões vagas eram perceptíveis em minha face. "O que eu estou fazendo de minha vida?" Eu me perguntava. "O que eu estou fazendo de minha vida?" mais uma vez eu me perguntava.

Eu realmente não sabia as respostas delas. Na verdade, de nenhuma pergunta. "Qual é a minha motivação?" eu perdi o sentido da vida, talvez? Eu não sei. "Talvez eu devesse esperar nesse local... Aparecer alguém que me mate?" O que eu estou dizendo? Eu não sou assim...

Mas eu também não era mais aquele garota de 3 anos atrás. Eu mudei muito... Eu não era mais tão feliz. Meu mundo cor de rosa tinha se ido no dia que meus pais morreram no acidente. O mundo que eu via em Naruto parou de ser algo que eu almejava estar presente.

"Qual a diferença do nosso mundo pra esse?" Simples, esse ainda existe guerras. Naquele as guerras são ocultadas, lá temos o tipo de "paz" que faz a gente se sentir "seguro", mas o que adianta estar "seguro" dessa forma,se as pessoas da nossa própria cidade/país nos matam?

Não tem diferença alguma. Eu saí de um lugar péssimo pra ir a outro que está no mesmo patamar. Única diferença... É que esse é um mundo fictício. Enquanto eu divagava entre "O que era certo ou errado; Qual a diferença entre ambos os mundos; Do por que minha existência tão insignificante estar presente neste lugar."

Pude sentir o calor que emanava daquele pequeno facho de luz se esvair. Eu estava na sombra. Pior. Alguém estava cortar meu contato com o fraco raio de sol.

– O quê faz aqui? Achei que estaria em Konoha. — Pude contemplar um homem alto, de olhos onix, cabelos escuros, pele alva. Um manto preto de nuvens vermelhas.

Olá, Itachi. Que bom ver você, como vai? — Falei em um tom de deboche. — Direto você, hein... Estou aqui pelas consequências de meus atos. — Falei simples.

– Matou alguém? — Ele perguntou normal, mas eu senti uma ponta de ironia em suas palavras.

Um dos meus atos, sim, foi, mas ninguém sabe. Então não me delate. — Brinquei colocando o dedo indicador na frente de meus lábios, em expressão de um "silêncio". Ele revirou os olhos achando que eu estava brincando totalmente.

Oh, sim. Um renegado delatando alguém, mas que irônico, não? — Ele se rendeu e entrou no jogo de humor um tanto ácido.

Achava que você tinha seu guarda-costas peixinho sempre na sua cola. O que aconteceu? — Engatinhei para o lado, assim voltando a me deleitar sobre a bela luz que o sol me favorecia. — Conseguiu um parceiro novo? — Brinquei.

Não. — Falou simples. — Outra pessoa me falou que você tinha algo pra me dar. — Foi direto.

Yuzuru foi tão rápido assim? Caramba, moleque esperto. Por isso que é meu amigo. — Vamos concordar? Ele é meu único amigo... Tirando Naruto porque não sabe sobre mim direito.

Yu...Zuru? Ele se apresentou como One. — Itachi se sentou ao meu lado, apoiando suas costas no tronco da árvore.

Sim, sim. One. Eu tenho algo sim... Mas isso não é algo que se dê a alguém. Além do mais... Não sei se eu iria querer lhe devolver isso. Já que de certa forma é importante pra mim também. — Expliquei e então eu entendi... Eu falei demais, novamente.

Devolver? Então não é nada que queira me dar. Não vai me falar que você era uma daquelas faz obsessivas? — Itachi observava a paisagem com seu semblante neutro de sempre.

Uma Nova Salvadora?! Estou Em Naruto!Where stories live. Discover now