03 | precisamos conversar.

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— Vou buscar algo forte

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— Vou buscar algo forte.

Essa foi a primeira coisa que escapou da boca do Louis quando este abriu a porta do seu apartamento, irrompendo em direção ao seu interior sem fazer muita questão de ser formalmente receptivo comigo ou com o Niall. Normalmente, é o que se espera de qualquer anfitrião. Mas, desde que eu conheço Tomlinson, ele tem uma forma peculiar de demonstrar, e acreditem em mim: ir atrás do álcool, antes de tudo, era um ato de pura hospitalidade da sua parte.

Levando em conta que todos nós havíamos perdido alguém naquele dia, e todos nós estávamos no mesmo maldito barco — em partes, eu quero dizer, porque eles não receberam um chute no saco —, era de consenso geral que um pouco de álcool não faria mal algum.

Na verdade, era a melhor ideia que poderíamos ter tido.

Tomei liberdade para entrar, seguido por Niall, que foi quem bateu a porta. Olhei para trás de relance com o estalo, analisando o moreno todo de preto de pé com as mãos escondidas nos bolsos da calça social, e em seguida eu me coloquei à averiguar o perímetro que, até então, se tratava de uma novidade para mim.

O lugar não destoava muito do que seria o de um cara solteirão no auge da sua vida. A decoração é bastante sofisticada e comum, e embora esteja acostumado com as mansões e móveis luxuosos, não me sinto realmente desconfortável.

Para ser franco, me proporciona uma espécie de normalidade, e essa é uma palavra que saiu do meu vocabulário há muito tempo.

Quando me aproximo de uma prateleira colada à parede da televisão, reparo que, entre os objetos ilustrativos, existem alguns poucos porta-retratos. A maioria era com a sua família, mas existia um inconfundível com uma rara foto nossa de toda a banda reunida no backstage do nosso primeiro e único show em um pub de Nova York. Não penso muito e o pego para analisar de mais perto.

Todos estavam sorrindo, mas eu me lembro de ter forçado o meu para a fotógrafa por trás da câmera, que era a Maeve, porque estávamos brigados neste dia.

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