Never give up -Beauany[PAUSA]

cap 40: "Eu sempre tive a família perfeita"

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Pov Any

Josh: Ok, eu falo, mas não aqui. — fala e me puxa pra fora do quarto descendo as escadas. — Vou sair mãe, ja volto. — dá um beijo na testa da mãe

Úrsula: Ta bom filho, só não volta tarde. — ele assente — Foi bom te conhecer Any, espero te ver mais vezes. — respondo com um sorriso

Eu e Josh saímos e fomos em direção ao seu carro, entramos e ele começou a dirigir. Nós não falamos nada durante o trajeto pra algum lugar que eu não sei, já se passaram 30 mins, então eu decido perguntar.

— Josh onde a gente vai? — pergunto

Josh: Não ta lembrada desse caminho não? — me olha de canto e eu olho pro caminho

— A praia? — ele assente — Por que você ta indo pra lá? — pergunto confusa

Josh: Porque lá é mais reservado e porque eu quero também. — responde dando de ombros

Depois de mais uns 20 mins nós chegamos lá e nos sentamos nas pedras, como da última vez.

— Então, pode começar a falar. — digo, ele suspira e olha pra mim.

Josh: Então... eu sempre tive a família perfeita, meu pai sempre comigo, minha mãe também, eles juntos eram muito felizes e me faziam feliz também, quando a gente vinha pra cá era só alegria, corríamos pra la e pra cá, eles sempre brincavam comigo. A gente comia sorvete, jogava vôlei, futebol, e sim, minha mãe jogava com a gente… — diz ele com um sorriso no rosto enquanto olha pro horizonte.

— Continua… — digo após ele fazer um pausa

Josh: Meu pai trabalhava em uma empresa de marketing e ganhava bem. Minha mãe não trabalhava porque ela havia perdido o emprego quando ficou grávida de mim. É isso mesmo, ela pegou licença maternidade e depois de 1 mês eles demitiram ela. — conta e eu arregalei os olhos indignada — Bom, mas pelo menos meu pai conseguiu sustentar a gente até eu completar 15 anos, quando ele perdeu o emprego, pois a empresa estava quase falida e eles precisavam demitir alguns funcionários. Meu pai passou 3 meses procurando emprego pra poder sustentar a gente, e ele achou uma emprego de recepcionista em uma empresa de moda, chamada Fashion Crazy. — ele pausa e suspira devagar e pesadamente, como se estivesse nervoso — O dono dessa empresa, Joseph, é pai da Dytto. — quando ele falou aquilo eu comecei a pensar em várias coisas e motivos que explicavam oq estava acontecendo.  — No primeiro ano ocorreu tudo bem, meu pai conseguia sustentar a gente, mas aí um belo dia Joseph pediu pro meu pai entregar uma bolsa em um endereço fora da cidade, e ele daria um salário a mais pra ele. Meu pai, prontamente, achando que era algo de trabalho foi levar a bolsa, quando ele chegou lá e foi entregar a bolsa, descobriu que eram drogas. — o olho incrédula colocando a mão na boca.

— Meu Deus!

Josh: Depois disso meu pai decidiu pedir demissão e procurar outro emprego. Quando ele foi pedir a demissão, Joseph falou que não ia dar porque, segundo ele, meu pai sabia do seu comércio ilegal e podia o denunciar. Além de dizer que mei pai seria meio que o "pombo correio" dele. — fez aspas com a mão — Depois de um tempo, eu não sei te explicar como e nem porque, mas meu pai começou a usar essas drogas. Eu não sei te explicar, porque nem eu sei o porquê dele tem feito isso. — fala ficando com a voz embargada e cai uma lágrima de seu olho — Daí pra frente é só ladeira abaixo, meu pai começou a ficar agressivo, brigava e batia na minha mãe, não batia de deixar ela roxa ou coisa do tipo, mas dava tapas no rosto dela, e pior, na minha frente. — fala e começa a chorar

— Meu Deus, vem cá. — falo o puxando pra deitar sua cabeça no meu ombro e ele me abraça.

Josh: Uma vez eu  tentei segurar ele pra ele n bater nela, aí ele me bateu. — fala soluçando — Em uma de suas entregas, ele foi pego e preso. Aí eu descobri que a filha de Joseph estudava comigo, no caso a Dytto. Naquela época eu era irrelevante na escola, era só eu e Noah, aí Dytto chegou e me fez um proposta. — ele fez uma pausa — Eu fingiria ser "namorado" dela, teria que andar com ela e seus amigos, e em troca ela pedia pro pai dela tirar o meu da cadeia e pagar a clínica de reabilitação. Eu como não queria deixar meu pai na cadeia e queria minha família de volta, aceitei, porque até então eu não via nada de mal, mas aí começou a ficar complicado. Eu comecei a virar um babaca, pegava várias sem ela saber, enfim, me tornei um típico popular de escola, escroto e babaca que se achava o maioral, e hoje, não me orgulho disso. E toda vez que alguma menina se aproximava de mim, nem que fosse pra ser minha amiga, ela me ameaçava falando que se eu não me afastasse da menina ela iria mandar meu pai de volta pra cadeia. — conta e eu o olha incrédula

— Mas ela pode fazer isso? — pergunto e ele levanta olhando pra mim, ele ja tinha se acalmado

Josh: Pode, porque o pai dela tem provas que ele entrega as drogas. — responde

— Meu Deus, como alguém pode ser tão baixo assim cara? Qual o problema dessa garota? — digo indignada

Josh: Diz ela que é porque ela me ama. Mas eu acho que é obsessão.

— Ah, você acha que é obsessão?

Josh: Naah, tenho certeza. — fala e nós rimos

— Então, o motivo pra você ter parado de falar comigo do nada, é porque ela ta te chantageando... — faço uma pausa e ele me olha esperando eu terminar — Deixa eu matar essa garota ali, rapidinho. — falo e ia me levantar mas ele segura meu braço me puxando fazendo eu cair em cima dele, rimos.

Josh: Não, tu vai ficar aqui, comigo. — segura meu rosto com as duas mãos, fazendo eu olhar pra ele — Pelo menos enquanto eu posso... — fala e ficamos nos encarando até que ele me beija.

Continua...

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Notas da autora

_ Eae, o que acharam desse cap kkkkk. Ninguém esperava por isso né.

_espero que tenham gostado.