A carta

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31 de outubro de 1981.

Tem uma criança em meus braços nesse exato momento, os olhos da cor de um viva floresta e os cabelos cor de fogo, ela está sorrindo pra mim enquanto brinca, mas eu não consigo sorrir de volta pra ela, tão pequena que não sabe oque a poucas horas atrás acabará de acontecer o fim dos seus pais. Meu coração não consegue suportar a dor de perder a minha irmã que, apesar de todos os avisos que eu dei, não me escutou, prometi a ela que cuidaria de sua filha, mas eu não consigo olhar nos olhos dessa criança, é como se eu visse uma guerra se formando, é como se eu visse a minha irmã sendo assassinada pelas mãos daquele bruxo cruel, todo o meu corpo treme, será que ela sentiu dor? Quais foram seus últimos pensamentos? Eu não sei de nada disso, mas a poucas horas uma coruja chegou até mim, de um tal de Dumbledore, onde eu estudava ouvimos boatos sobre ele, além de Ariel falar sobre como ele é magnífico, um bruxo de carácter, bem, na carta dizia que Lucida Anseris não fora a única a ser atacada nesta noite, mas um menino chamado Harry Potter também fora uma vítima e que assim como Lucida escapou com vida, e que ambos os dois trouxeram o fim ao lorde das trevas, mas diferente dela, ele vai ser  reconhecido como um herói, aquele que pôs um fim em todo o sofrimento dos bruxos, mas será isso mesmo? Lucida, não posso dizer que vou reconhecer ela como filha, talvez um dia, eu não quero, mas não consigo evitar de colocar a culpa pela morta da minha irmã nela, se não fosse por ela, talvez minha irmã ainda estivesse viva, jogando os seus cabelos ondulados por cima dos ombros e sendo arrogante.  A mãe de Lucida está morta, e seu pai desapareceu, deixou Lucida em meus braços e correu rua abaixo, não sou capaz de dizer oque ele escolheu além da própria filha, mas sei que no futuro eles iram de se encontrar e acertar as contas entre eles, afinal ela tem o sorriso dele. Dumbledore também me avisou para usar o nome de minha irmã, assim Lucida sempre me verá como sua mãe de verdade, então não terá que sofrer com a tristeza por ter perdido seus verdadeiros pais, mas eu, Amélia Emeraude, não pretendo que ela descubra sobre esse mundo, não quero ter que fazer minha irmã se arrepender de ter confiado sua filha a mim. Eu abrirei mão dá minha liberdade e da minha identidade como uma bruxa para a segurança de Lucida, que agora se chamará Katherina, eu me casarei, e farei Lucida, ou melhor, Katherina ter um pai e um lá feliz do qual possa se orgulhar, essa é uma promessa minha e para com minha irmã.

Um grunhido estranho escapou da boca de Lucida, suas mãos trêmulas seguravam a carta sobre a perna, seus filhos olhavam para mãe em choque, ambos se olhavam e não sabiam se era bom dizerem alguma palavras, até que Lucida piscou os olhos e disse:

- Quem diria que ao arrumar decentemente o sótão da casa dos Emeraudes eu teria uma resposta para perguntas que eu fazia e me culpava por fazer - Lucida soltou a carta que caiu no chão, a mão de Lucida que segurava a carta foi para o seu rosto, tentando cobrir ao máximo para seus filhos não a verem naquele estado e ficarem preocupados.

Georgina Perséfone, a terceira mais velhas trocou um olhar com a irmãs mais velhas e o pequeno James, ambos  entenderam que seria melhor deixar elas Sozinhas, mas Molly olhava para sua mãe e sem nem mesmo esperar os demais saírem ela abraçou a mãe, logo depois James, Georgima, Ariella Jane e Amélia Dora também correram para abraçar a mãe e naquele instante, Lucida percebeu que aquilo era tudo que ela precisava, ela era feliz, depois de tanto esforço, tantas mortes, lutas, ela finalmente consegui ser feliz, depois da carta, um peso parecia ter sido tirados de suas costas. Tais perguntas como " por que ela me deixou com Maltide?" e " por que ela me mandou para aquele maldito colégio interno" foram finalmente respondidas, mas o peito de Lucida doía, diferente de quando sua cicatriz doía.

Em todos esses anos eu não passei de um fardo, ela cuidou de mim por causa da minha mãe, Amélia... Amélia realmente me amou?

E como se lendo seus pensamentos, Georgina respondeu.

-  Com certeza ela amou, afinal, uma mãe que não ama o filho não morre por ele, e mesmo se tudo foi por causa de uma promessa, não tem como não amar alguém que você cuida por anos, pelo ao menos algum sentimento ela deveria ter, não é?

Lucida balançou a cabeça concordando e depois se levantou dizendo que tinha que arrumar a casa pois os Weasley e os Potter viriam visitar .

- Ah não - começou Molly - Nem nas férias de verão eu me livro daquela Rosa murcha? - bufou

- Pensa pelo lado bom, Sirius Hagrid  vem também - disse Lucida sorrindo fraco

- Tá, mas não prometo que não colocarei alguns doces das Aril e da Melly da comida dela - disse cruzando os braços e descendo as escadas do sótão

- Se controla Molly, desse jeito ela nunca vai gostar de você - Disse georgina - E no fundo nós  sabemos que você gosta da Rosa

Um risada debochada ecoou pela escada

- A única coisa que eu sinto por essa Rosa murcha é uma fonte inesgotável de repulsa

Ariella e Amélia deram risada, Georgima revirou os olhos e James deu um risinho baixo.

 ↢sℓyτнєriท Ϟ Harry Potter↣ 『4』Where stories live. Discover now