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Minha cabeça estava girando. Era tanta, mas tanta coisa acontecendo. Eu já mal sabia como reagir diante tudo que acontecia. Afinal, eu não poderia fingir que nada estava acontecendo. 

- Você aceitou ser a babá? - Gabie me perguntou depois de eu contar a toda a história. 

- Não. - mordi o lábio ainda pensando na minha decisão. - Ainda não sei se deveria ter negado, ele realmente precisa de ajuda. 

- Sis, você está fazendo tudo certo. Eu sei que está fazendo o que esse cara manda. - ela apontou para o meu peito. - Eu só tenho medo que você... - ela fez uma pausa procurando as palavras certas. - Eu não quero que se machuque novamente. 

- É, eu sei. - olhei para o teto. 

Por mais que eu soubesse no que estava me metendo, eu sabia o final da história. Ia ser um final feliz para todos, menos para mim. 

- E como vai ser agora? 

- Bom, - suspirei. - Vou conhecer o pessoal, Harry falou para eles sobre isso tudo. 

- Pessoal?

- Gemma, Perrie e Louis. 

- Uau. 

- Eu sei, isso é insano. - ri incrédula. Tudo isso era muito para digerir. - Eu não sei se eles vão gostar de mim, Gab. Eles vão pensar tanta coisa... Assim como pensaram no hospital.

- Mia, você salvou a vida dela. O mínimo que eles devem pensar é o quão gratos são por você existir. - ela gesticulou. - Eles não são Elizabeth. - eu balancei a cabeça concordando. Talvez ela tivesse razão. - Quando vai ser essa reunião?

- Amanhã, na casa dele. - meu olhar foi para o teto novamente. - O que estou fazendo, Gabie? Ele é Harry Styles, ele é...

- Lindo, perfeito e uma das melhores pessoas do mundo? - ela disse em tom de brincadeira. 

- Ele é tudo isso e mais. - murmurei. - Muito mais. 

- Vai dar tudo certo. Vocês vão conseguir encontrá-la, e quando você perceber, vai ser melhor do que pensou. Quando vê, ela realmente só precisava de um tempo. 

- É, pode ser. 

- Você não é a culpada disso, Mia. Ninguém é. 

.

- Olhe para você, se não está linda. - a voz do meu pai me despertou dos devaneios que eu estava tendo em frente ao espelho. 

- Oi pai, - sorri para o mais velho. 

- Vou com Gabie até o cinema, você precisa de carona para onde está indo? 

Eu sorri. Meu pai era o homem mais compreensível que eu conhecia, e quando eu atingi a maioridade, ele soube me dar o espaço. O espaço que todo o jovem adulto precisa para a sua vida. Mas é claro, a preocupação era sempre o seu forte, então eu sempre deixava claro que tudo estava bem, e quando eu tinha um problema, ele sempre sabia por mim. A confiança entre nós dóis é algo que eu prezo mais que a vida. 

- Não precisa, eu vou de uber. - fui até ele. - Obrigada. - recebi um beijo na testa e sorri. 

- Se precisar de algo, não hesite em me ligar. Se cuida. 

- Pode deixar. Bom filme. - abanei para ele que já estava na escada. 

Me olhei no espelho mais uma vez e suspirei. O sobretudo preto me dava um ar mais de pessoa séria, coisa que quem me conhecia sabia que eu realmente não era. Assim como as botas de salto em meus pés. 

THE SISTER - H.S PTOnde histórias criam vida. Descubra agora