Capítulo 15 - 2ª Temporada

261 22 3
                                    


-Bom dia – Anahí sorriu ao Maite assim que chegou em seu escritório.

Maite arregalou os olhos confusa, não podia ser, era mesmo sua chefe? Era Anahí Giovanna? Ela estava sorrindo? Falando com ela? No meio de tanto questionamento acabou esquecendo de responder, ou melhor, não conseguia nem mexer o maxilar para a responder.

-Aconteceu alguma coisa? – ergueu a sobrancelha preocupada com a secretaria – Quer que chame uma ambulância? – riu baixinho sabendo o porque dela estar assim.

-Me desculpa – negou com a cabeça rapidamente – Eu só – fez careta sem saber como e o que falar – Aceita seu café preto e sem açúcar? – Mudou de assunto levantando de sua cadeira giratória.

-Sim – assentiu ainda achando graça – Tem algum papel para mim? – perguntou mexendo em algumas folhas endereçadas a ela.

-Até tem – estava de costas para Anahí – Porém – terminou de colocar o café em sua xicara – Acho que tem algo de maior interesse em sua sala – virou-se de frente para ela e a entregou o café – Guilherme está aqui a horas – sussurrou para ele não escutar – Tentei dispensa-lo, eu juro – disse rapidamente com medo da reação dela – Mas ele não me ouviu e... – Tagarelava sem parar.

-Está tudo bem – sorriu de lado a interrompendo – Deixe que resolvo isso – respirou fundo tirando os óculos escuros e pegando sua xicara de café – Me deseje sorte – sussurrou e adentrou em sua sala.

----X----

-Christopher? – Dulce pulou do sofá da casa do pai e de Helena ao escutar a voz do marido – Você voltou? – abriu um enorme sorriso – Por favor, me diga que voltou para mim – implorou aproximando-se dele.

-Irei deixá-los a sós – Ela sorriu – Qualquer coisa só me chamar – avisou Dulce que assentiu – Fique à vontade – indagou a Christopher antes de sair rumo a cozinha.

-Dulce – Ele respirou fundo passando a mão na nuca – Precisamos muito conversar – sentou-se na poltrona – Eu não sei se um dia conseguirei de perdoar por ter mentido para mim – resolveu ser sincero – Meu sonho sempre foi ser pai – alterou a voz sem nem perceber – Sempre deixei isso claro para você – apontou para ela.

-Eu sei – mordeu o lábio inferior enquanto lagrimas escorriam por suas bochechas – Eu tive medo Ucker – agachou-se ficando em frente a ele – Eu sabia que se te contasse você não aceitaria isso – respirou fundo – Pensei que com o casamento eu conseguiria te contar e explicar com mais calma.

-Como pode pensar isso? – gritou – Achou que eu era burro ou retardado? – sério – Achou que só por ter casado com você iria perdoar tudo?

-Isso nunca – limpou o rosto bruscamente – Achei que depois do casamento a nossa relação iria amadurecer e estaríamos prontos para essa conversa – explicou-se.

Ele riu debochadamente – E como resolveríamos isso? – ergue a sobrancelha.

-Podíamos adotar – levantou-se nervosa – Iriamos achar uma forma de construirmos nossa família – começou a andar de um lado para o outro – Vamos conseguir – parou e o olhou – Se você não desistir de mim – sentiu os olhos carregados de lagrimas.

-----X-----

-O que você fez com minha filha? – Mariana berrou quando ele tentou a abraçar – Por que tirou minha Amy de mim? – tinha sangue nos olhos.

-Que? – arregalou os olhos e fitou o pai – O que deu nela? – soltou uma risadinha – Estou aqui para te ajudar – a lembrou – Não mereço ser recebido assim, maninha – indagou ironicamente.

-Mariana – Daniel a repreendeu – Depois conversamos sobre isso – tinha um semblante sério no rosto – Agora temos coisas mais importantes para resolver.

Mariana se calou e sentou-se na primeira poltrona que encontrou – vamos logo com isso – pediu sem encarar os dois.

----X----

Assim que entrou na sua sala encontrou Guilherme apoiado em sua mesa com um porta retrato nas mãos e um sorriso no rosto.

-Posso saber o que faz aqui? – Ela fechou a porta assim que entrou – Já disse que não quero mais nada – jogou a bolsa na poltrona do canto e caminhou até sua cadeira onde sentou devagar – com você.

-Bom dia, gostosa – sussurrou virando-se de frente a ela e guardando o objeto – Tenho certeza que precisa de mim – piscou sedutoramente.

-O que está insinuando? – começou a se alterar – Estou muito bem sem você – riu debochada – Pode ter certeza.

-Então – deu de ombros – Acho que devo ir embora – ia saindo da sala, mas parou e virou-se novamente para ela que esperava o computador ligar – Como sempre foi uma delícia de amantes – indagou maliciosamente – Irei te contar – colocou a mão na maçaneta – Mario acaba de ser liberado – sorriu de lado ao ver sua reação.

Anahí arregalou os olhos e o fitou – Como disse? – sentiu um aperto no coração – Como ele pode ter sido liberado?

-Uai – deu de ombros novamente – Quem tem papai rico sempre acaba se livrando das merdas que faz – a lembrou.

-Ele não pode – começou a ficar atordoada – Guilherme, ele não pode – repetiu sentindo a vista embaçada por conta das lagrimas.

-Pena que não precisa de mim para mais nada – sussurrou lembrando-se do que ela tinha dito – nos vemos por aí então – fez que ia embora.

-Espera – ela pediu levantando-se da cadeira, mas como levantou no impulso acabou ficando tonta e não enxergar mais nada.

-Anahí? – ele gritou indo até ela correndo. 

Before you and after you 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora