Capítulo 16

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POV Madelaine

Chego em casa e encontro a Emilly tomando café com a enfermeira, as cumprimento e subo para o meu quarto para um breve banho antes de descer para o café. Quando a água bateu em meu corpo e fechei meus olhos, me lembrei de Vanessa, da beleza de sua pele morena, da maciez de seus seios... Quando percebi, estava com minha mão em meu sexo que pulsava.

— Vanessa... - Suspirei pesado.

Ai meu Deus, que loucura...

Enquanto tomava banho, imaginava as mãos de Vanessa ensaboando meu corpo até encontrarem minha intimidade. Não era a primeira vez que me masturbava, mas definitivamente era a primeira vez que o fazia pensando um uma mulher. Gozei sentindo um prazer que nunca havia sentido, prazer esse que logo deu lugar à duvida e um leve arrependimento.

— O que eu estou fazendo meu Deus...

Me enrolei de qualquer jeito na tolha e parei diante do espelho, sem conseguir me reconhecer na mulher a minha frente. O que acabou de acontecer no banheiro foi só a cereja no bolo.

Diante do que vinha sentindo, do que havia acabado de fazer e dos breves momentos com Vanessa, era impossível não questionar minha sexualidade.

É um sentimento angustiante não ter certeza mais sobre quem você é, de uma hora para outra você ser tomada por sentimentos que nunca antes existiriam e passar a questionar todos os outros que vieram em sua vida antes deles. E claro que falo de Arthur, meu noivo.

Quando ele me surpreendeu mais cedo fiquei alegre é claro, mas tinha alguma coisa diferente, não me senti radiante como esperava, não me senti presente naquele momento, na verdade pensei em como teria sido beijar Vanessa naquele dia na minha cama em que nós quase...

O que nos traz ao ponto principal, o beijo roubado... Beijão diga-se de passagem.

Flashback ON

Após o banho, tomei café sozinha, já que Emilly não aguentou me esperar. Mas ainda assim passei boa parte da manhã com ela, ela queria saber como tinha sido a "festa" na noite anterior. Contei algumas coisas, omitindo algumas partes constrangedoras é claro. Emilly então se recolheu para descansar um pouco, a enfermeira era bastante firme e exigente, fazendo Emilly seguir as recomendações médicas a risca.

Pensava em almoçar em casa mas acabei saindo, fiquei de ligar para o Arthur e também precisava da uma passada na Índigo para ver como as coisas estavam. Disquei o número de Arthur mas só dava caixa postal, não achei estranho pois era frequente, estacionei meu carro e seguia para a entrada até ver Agatha e Vanessa à frente da clínica, dessa vez acompanhadas de Natasha. O clima ali não parecia nada bom, e tendo em vista o ultimo encontro, aconteceria o mesmo.

— Oi Nessa, bom dia dona Agatha. - Resolvi interferir, quem sabe eu podia ajudar.

— Pense bem no que falei Vanessa! - Agatha disse ao sair, acho que cheguei tarde demais.

— Eu pensei bem e quer saber...

Estava tão distraída com Agatha saindo que não consegui reagir à pegada de Vanessa, e que pegada.

Em um primeiro momento tentei reagir e negar o beijo, mas foi impossível uma vez que a língua de Vanessa pediu passagem. Um milhão de coisas passavam em minha mente, menos parar. O encaixe era perfeito, seu gosto adocicado e sua língua dançava com a minha com delicadeza.

Tudo acabou tão rápido quanto começou, Vanessa me largou e saiu sem nem olhar para trás, puxando Natasha com ela. Agatha também não disse uma palavra, mas nem precisava, sua expressão era de pura fúria. E eu? Eu fiquei ali parada que nem uma boba tentando processar o que havia acontecido.

A noiva do meu irmão - MadnessaWhere stories live. Discover now