16.

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Respirei fundo umas mil vezes no caminho do uber, lendo as mensagens que estavam chegando no meu direct, a maioria eram as mensagens de sempre e mensagens boas, mas tinham outras que af! Sério, só tenho muito psicológico pra aguentar e eu não tava tendo, então, mais do que nunca eu tinha que mandar a Mayara marcar mesmo uma sessão com a psicóloga.

- QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE TE FALAR QUE ELA NÃO PRESTA? - A Mayara cantava agarrada com o Caio, mas tava cantando pra mim, essa filha da puta. -

- Rídicula, cara!!! Você me chamou pra isso? - disse mostrando o dedo do meio pra ela. -

- Claro que não amiga, eu lhe amo! - se soltou do Caio e veio me abraçar. -

- Não ta parecendo, vaca. - eu disse rindo ainda a abraçando. - Cadê o Patrick?

- Foi lá fora pegar um amigo ai dele. - concordei com a cabeça. -

- Vou lá no bar comprar bebida, ta? - falei pra ela e fui indo em direção ao bar. -

Comprei gin e pedi pro garçom preparar um drink de gin na taça pra mim logo e o resto deixar na mesa, junto com 2 doses de tequila. Esperei um pouco e fui indo em direção da mesa com minha taça na mão, quando eu cheguei o Patrick já tinha voltado, estava com um amigo que eu não conhecia e com o Gustavo.

- Finalmente brotou, cara. Achei que tu ia fazer desfeita e não ia vir, mas pelo visto é hoje, einnn! Ta até com a bebida na mão já. - Patrick falou me fazendo rir, dei um abraço nele. -

- Por pouco eu não iria vir mesmo, tá? - eu sorri, desfazendo o abraço. - Mas já que estamos na chuva, vamos se molhar.

- Esse é o Leandro, meu parceiro. Leandro, Catarina, minha sócia. - ele disse nos apresentando e eu cumprimentei o Leandro com dois beijos no rosto. - E esse é o Gustavo, mas vocês já se conhecem. - o Patrick disse e eu acenei pro Gustavo, que me devolveu o aceno. -

Depois voltei minha atenção pro balde com as minhas bebidas chegando e minha tequila também.

- Ah, caralho! Não vou cuidar das duas não, ein. - O Caio disse reclamando quando viu a tequila. -

- Ah é? Não vai cuidar da sua preta não? Beleza, tem quem cuide, viu?

- Tô com graça com você não ein. - ele disse pra ela. - Não vou cuidar das duas mas de você eu cuido, cê sabe. - falou fazendo ela rir e mordeu sua orelha. -

Peguei o copo que tinha minha tequila e a Mayara pegou o dela, virei direto. Comigo não tem isso de sal e limão, no máximo o limão depois e olhe lá. Bruta no pêlo, bebê!

- Ah, coé. Vamo ficar atrás não. Todo mundo vai virar tequila nessa porra então. - O Patrick disse pros meninos e foi atrás de pedir uma rodada de tequila dupla pro garçom. -

Não demorou nada e o garçom trouxe uma bandeja com as tequilas, todos os meninos beberam dois e no final sobrou 4, já que eles tinham pedido rodadas duplas, veio dois pra mim e pra May também. Mas nem a pau que eu ia tomar três doses de tequila só no começo da noite. Virei mais uma com a May e a outra ficou lá.

- IH! Vai fazer essa desfeita mesmo? Pela marra que tu coloca, achei que tu fosse mais braba, pô. - ouvi a voz do Gustavo atrás de mim, aquele hálito quente passando por mim, me virei o encarando e bebendo meu drink. -

- Sou braba em outras coisas! - falei, de início sem maldade nenhuma, só depois que fui me tocar no duplo sentido que o sorriso foi ficando amarelo. - Bebe ai no meu lugar. - falei desconversando e virando pra falar algo com a Mayara. -

- Bora no banheiro comigo! - ela me chamou, já me pegando pela mão e me arrastando. -

Esperei ela ir no banheiro e fiquei ajeitando a minha maquiagem, já tava suada, só basta eu beber tequila que soa logo o corpo todo, eu ein.

- Ô vei, que bicho gato da desgraça esse Gustavo. Aquele é o pior tipo de homem viu, mirmã. Sabe que é gostoso, acaba com a vida de uma. - eu ri -

- Deixa só o Caio ouvir isso, viu? - falei rindo e ela começou a rir também. - Mas o bicho é gato mesmo, hoje ele tava trabalhando na obra, acredita? Que visão.

- E você burra não deu nem uma deixa ao boy, né? Meu Deus como é difícil ser sua amiga. - ela disse retocando a maquiagem dela. -

- Mayara, eu nem deveria te falar nada, mas, ele foi me deixar em casa ta! - ela me olhou surpresa batendo palmas. - Mas, claro que eu não dei deixa de nada, você ta maluca né? Olha como ta minha vida e olha o que rolou com meu último relacionamento. Tô fora!

- E vai casar, é?

- Vou nem te responder.

Puxei ela pelo braço pra gente voltar pra onde o pessoal tava, Caio já estava super enturmado com os meninos, daquele jeitão dele, dado como sempre!

- Porra, tô te falando! Tu é sortudo pra caralho... - o Leandro estava falando pro Caio, sem perceber que já estávamos próximos. -

- É, valeu. Mas vamo parar de assunto com a mulher dos outros, né. - Mayara já tava rindo. -

- Olhe só o jeito que ele fica, repare. - ela disse baixo pra mim e ficamos observando os meninos. -

- Não cara, tô falando nem por ela ser ela não, mas porra. Quando tu quiser tu tem um alô dos brabos do Flamengo, maior sorte pô.

- Que é que já estão falando de mim? - Mayara disse fazendo eles notarem nossa presença. - Eu sei que sou ótima.

- Ô! - Patrick disse e o Caio deu um tapa na cabeça dele. - A caralho, tô zuando.

- Pouco papo pra talarico ein. - os meninos riram. - Demorou pra caralho, vocês. Perderam só as pedradas que os caras tavam lançando do Belo. - ele disse e ela o abraçou por trás, encostando a cabeça no ombro dele. -

Fui encher o meu copo que era isso que me restava pra noite, êê, que fim de relacionamento ein, Catarina Capelletti. Quem não tem cão, caça com gato e meu gato era o copo de gin. Sai bebendo como se não houvesse amanhã, até que começou a tocar a sessão maltrata qualquer um, uma mistura de Exalta, com Sorriso e Belo. Porra, não tem coração que aguente.

- Não vai chorar ein, caralho! - o Patrick disse me abraçando enquanto tocava uma do Sorriso. -

"Me entreguei, confiei no seu amor, juro que me dediquei, você nem ligou... SEDUZIU, MAS NÃO QUIS SE ENVOLVER, NUNCA ME LEVOU A SÉRIO ENTÃO EU RESOLVI TE ESQUECER."

Ele me chamou pra dançar e ficou dançando comigo, até que começou uma das mais crueis, ave. Me larguei dele que já foi puxando outra menina pra dançar e eu fui atrás do colo da minha May, porque se fosse pra chorar, que não fosse na frente do Patrick.

- SEI QUE É TARDE PRA ME ARREPENDER, INCONSEQUENTE, FRACO, EU TRAI VOCÊ! SABEMOS BEM QUEM VAI SOFRER! HOJE SÓ DEUS SABE A MINHA DOR, EU TIVE QUE PERDER, PRA DAR VALORRRRRR... NÃO SEREI O MESMO, SEM O SEU AMOR! - Falei agarrada na Mayara, ai meu Deus. Que castigo é esse? Eu devo ter sido muito filha da puta! -

- Ai amiga, para ein! Cabô, cabô, bobeou dançou, ele vacilouuuu - ela disse cantando, me fazendo sorrir. -

- Eu gostava daquele filho da puta, May. Tá foda!

- É, gostava mas agora não pode gostar mais, você vai superar isso, assim como superou muitas coisas na sua vida. Chega! Não gosto de te ver assim, já deu. - ela disse e eu peguei o copo bebendo ainda mais. -

- Eu vou superar, não vou?! - digo com minha voz de bêbada. -

- Claro que vai, sua idiota. - ela riu - Você devia já ta superando na boca daquele gostoso. - ela disse olhando na direção do Gustavo que tava falando alguma coisa com uma garota. Na mesma hora que a gente tava olhando, ele olhou pra gente, olhou e não desviou, que vergonha meu Deus. -

FEITOS PRA DURAR 💍Where stories live. Discover now