Quatro.

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Pov. Draco
Eu e Harry andávamos lado a lado em direção à casa da Pansy em silêncio. Eu não sabia exatamente como pretendia me comunicar com ele na frente de todos, mas eu não podia evitar sentir vontade de estar ao seu lado. Ele me intrigava, assim como sua beleza e todo o mistério e a loucura que o acompanhava.
Harry de repente parou e tateou os bolsos, soltando um "merda" baixinho.

— O que foi? — parei ao seu lado e olhei em volta.
A rua não estava muito movimentada e as poucas pessoas que andavam estavam mais entretidas em suas próprias vidas do que em um garoto de cabelo azul desbotado falando com o nada.

— Esqueci meu isqueiro em casa. — disse, parando de procurar pelo objeto perdido.

— Você deveria parar de fumar. — voltei a caminhar quando me certifiquei que ele faria o mesmo.

— E eu já disse que cigarro não me afeta. Eu gosto de fumar, o cigarro não me mata, não preciso gastar dinheiro com ele e se tornou um vício. Não vejo o porquê de eu não continuar. — rebateu. Olhando por esse lado, ele realmente não perdia nada ao fumar.

Continuamos o ritmo lento de nossos passos, quase como se não quiséssemos chegar a festa.

— Faz tanto tempo que não vou à uma festa, acho até que me esqueci de como funciona. — Harry disse depois de um tempo em silêncio.

— Lá não tem muitas regras, mas as que têm são de muita importante seguir.

— E quais são? — perguntou, curioso, antes de virarmos a esquina.

— Não morrer, não entrar em coma alcoólico, não engravidar ninguém, não é não, não quebrar a casa e não quebrar a maquiagem dela. — respondi e Harry deu uma risada nasal.

— Acho que daí a única coisa real que eu poderia fazer seria quebrar a casa ou quebrar a maquiagem dela. —  falou e eu dei de ombros, continuando o caminho.

Não demorou muito e nós chegamos na rua de Pansy. A música estava alta e com certeza teríamos um puta de um problema com a polícia caso essa rua fosse mais movimentada e tivesse mais que apenas um vizinho. Mas a única casa perto da de Pansy nunca parecia estar com pessoas dentro e quase nunca víamos a dona da casa.
Segui até a porta de Pansy e quase espanquei a porta para que pudessem me ouvir. Quem dá uma festa e deixa a porta fechada?

Pansy abriu a porta e a primeira coisa que notei foi o cheiro forte de álcool que emanava dela, céus, não eram nem 21:00 horas ainda e ela já estava embriagada. Pansy me abraçou desajeitadamente e como o esperado não notou que eu estava acompanhado. Conduzi Pansy para dentro novamente que andava meio cambaleante e Harry nos acompanhou. Ele observou a casa ao redor e me seguiu em silêncio, afinal eu não o poderia responder mesmo. A casa não estava muito cheia, alguns amigos da nossa universidade estavam em volta do sofá com garrafas na mão, alguns se pegando e outros provavelmente jogando alguma coisa.

— Cadê o Blaise? — tive que gritar por cima da música alta e por Pansy ficar um pouco surda quando bebia demais.

— Está no banheiro. Foi se olhar no espelho pela vigésima vez para garantir que ficasse bonito para o Weasley. —  respondeu, com a voz levemente arrastada. — Fica a vontade, Draquinho. Vou ver se meus convidados querem alguma coisa. — disse risonha, se densvincilhou do meu braço e foi em qualquer direção.

Olhei para Harry que apenas observava com as mãos nos bolsos as pessoas em volta. Mais precisamente ele olhava para um casal que se pegava — leia-se quase se engolia —. Assumi que ele deveria sentir falta de fazer isso também. Lembro dele ter comentado sobre seu primeiro beijo, mas de nenhuma pessoa que ele havia namorado depois o que me fez pensar se ele seria virgem. Sinto que coro com o pensamento e balanço a cabeça para afastar isso.

Toque. ~DrarryWhere stories live. Discover now