Cinco.

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Pov. Draco
Meu peito aqueceu com o som da risada de Harry e suspirei, acho que acabei bebendo demais. Pansy saiu emburrada por causa da insinuação que eu fiz sugerindo que ela gostasse de sua vizinha e eu fiquei novamente sozinho com Harry.
Potter me olhou com uma cara de sono e eu arqueei uma sobrancelha, questionando em silêncio o porquê.

— Eu durmo cedo, ok? — disse se defendendo e eu dei um sorriso. — Na verdade, eu estou com fome.

— Cara, o quanto você bebeu? Já está sorrindo para o nada. — Blaise apareceu ao meu lado do nada e eu me assustei.

— Você saiu do chão, inferno? — perguntei assustado e meio constrangido por ter sido pego olhando para Harry, mesmo que Blaise não o pudesse ver. — Cansou de se pegar com o ruivinho, foi?

— Não, só vim buscar uma bebida mesmo. — disse, dessa vez quem estava tímido era ele. — Mas e você? Não vai se divertir? Tem caras muito bonitos aqui, você pode pegar algum deles.

— Eu estou muito bem, obrigado. Na verdade, eu vou para casa. — só de pensar no processo de ter que falar com alguém e achar a pessoa interessante o suficiente para enfiar a língua na boca dessa pessoa já me faz sentir preguiça.

— Casa? Está se sentindo bem, Draco? — perguntou, o semblante ficando preocupado.

— Relaxa, apenas não estou com cabeça para festa hoje. Mas se divirta enfiando a língua na boca do teu crush. — disse e Blaise corou, o que me fez rir. Quando o assunto era Weasley ele realmente era tão envergonhado assim?

— Besta. Vai com cuidado, eu aviso a Pansy por você.

— Boa sorte. — disse, Pansy odiava que algum de nós fôssemos embora sem se despedir, mas se eu tentasse avisar a ela que iria embora muito provavelmente ela me prenderia aqui. Me despeço de Blaise e vou caminhando para fora da casa, minha cabeça rodava um pouco e eu me sentia levemente grogue.

— Você vai para casa? — Harry perguntou enquanto caminhava ao meu lado.
Olho em volta e quando me certifico que não tem ninguém, respondo.

— Não, na verdade vou ir numa lanchonete aqui perto. — estranho o fato da rua estar completamente deserta.

— Você vai a essa hora da madrugada? — perguntou.

— Hã? Como assim madrugada? — pego meu celular para verificar a hora. — Caralho já são três da manhã. — me espanto com isso e então percebo o motivo da rua deserta.

— Não viu a hora passar? — perguntou e nós atravessamos a rua.

— Na verdade, não. Mas não faz diferença, a lanchonete funciona vinte quatro horas mesmo.

— Bom, acho que chega de bebidas por hoje então. — Potter comentou, risonho com a minha voz arrastada.
Reviro os olhos e me arrependo disso na mesma hora, sentindo a tontura.

Não demorou para chegarmos na lanchonete que eu havia dito que ia e quando chegamos lá percebi que estava bem vazio mesmo. Suspirei, comer sozinho é um porre tão grande.

— Você vai para casa, Potter? — perguntei levemente constrangido pelo que estava prestes a fazer.

— Hm? Acho que sim, já que você não vai mais ficar na festa não tem motivos para eu ficar na rua.

— E o que você acha de me fazer companhia? — eu tinha certeza de que meu rosto estava vermelho agora, mas eu sempre poderia colocar a culpa na bebida.

— Eu adoraria. — disse sorrindo e senti meu coração acelerar, será que estou com taquicardia?

— Bom, então vamos? — abri a porta para ele, que entrou e eu fui logo em seguida. — Oi, Bárbara! Me trás o de sempre por favor, mas dessa vez quero tudo em dobro.

Toque. ~DrarryWhere stories live. Discover now