17|Jully, what ?!

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~ Nicolas Pov ~

— Ainda não somos pais, Alana? — Olhei pra ela e dei ênfase na palavra "ainda".

— Não somos, a não ser que eu escorreguei sem a capa do Batman e estou grávida... — Ela começou a rir e empurrei sua cabeça com o indicador.

— Eu fiquei tão surpreso quando você disse que "ainda" não somos pais. — Sorri, tanto que senti minhas bochechas queimarem.

— Por que?

— Ah, é que depois de tudo que aconteceu... Eu achava que não tínhamos mais chance, de ter filhos. E que ia ficar um clima meio pesado, entende? — Assim que terminei de falar, Alana começou a rir.

Quero saber o porquê dela estar rindo.

— Mais otário que você, só você achando que depois do ocorrido não teria chances de aumentar a família. Piada! — Ela não parava de rir.

— Credo Alana, para de rir ok? É que... — Ela me interrompeu.

— Nicolas, não precisa se explicar.

Dei ombros e voltei a prestar atenção na estrada.

— Cara! Eu sou apaixonada nessa mulher, se ela me desse um soco eu agradeceria! — A olho estranho e ela ri.

— Ta falando de quem?

— Demétria Devonne Lovato! — Ela falou pausadamente e virou o celular pra mim.

— Ela é uma gata mesmo. — Falei ao ver a foto da tal cantora.

— Não olha muito, eu tenho ciúmes...

– De mim, ou dela? — Perguntei, já sabendo a resposta.

— É claro que é dela, ciúmes de você? Não perco meu tempo. — Ela fez uma careta engraçada.

— Sim claro, igual naquele dia no mercado quando a moça falou que eu era gatinho e você foi pra cima dela. Perca de tempo, só foi quinze minutos pra tirar você de cima dela.

— Pera, vamos combinar que eu estava de mãos dadas com você e dava muito bem pra perceber que éramos e somos um casal. Ela é uma safada, isso sim! — Alana cruzou os braços e ficou emburrada.

— Mas ela era gata mesmo...

— Verdade, se eu não namorasse com esse jabuti, vulgo você, eu ia pedir o número dela. — Parei o carro e olhei pra ela.

— Ok, a parte que eu falei que ela era gata era pra te deixar com ciúmes. Aí você vem e concorda comigo? E ainda queria pegar a guria? — Pergunto e ela aseentiu balançando a cabeça, e calmamente colocou o cabelo atrás da orelha.

— Pelo menos não é homem... — Suspirei aliviado e a Alana riu.

— Quem perde tempo é relógio, não é? — Ela perguntou, abrindo o porta luvas e tirando um saco de bala de chocolate. Ignorei sua pergunta e voltei a dirigir.

Alana ligou o rádio, e encarei ela.

— Não quero ouvir música, vai dar quatro horas da manhã. — Disse ao descer o vidro da janela.

O Babaca Do Meu Vizinho - In New YorkWhere stories live. Discover now