CAPÍTULO 1

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TRENTON

"E, naquela noite, eu conheci a pessoa
que mudaria minha vida para sempre"
- Annelise Bakker


PASSADO.


Assistir Alexander afrontar Dominique, mais conhecida como sua rival, foi uma das melhores coisas que aconteceu comigo no quesito de entretenimento até agora. Essa mulher não tem medo de discutir com meu amigo, e posso perceber que está disposta a o colocar em seu devido lugar, pois a mesma nem hesitou ou muito menos pestanejou enquanto ambos se encaravam, emitindo aquela atmosfera de ódio por toda cozinha, chamando a atenção dos demais integrantes da festa. Porém, eu e Bryan tivemos a sorte de estar no camarote, praticamente frente a frente de ambos, inspirando o mesmo ar odioso.

— Cara, eu achei que ela fosse te comer vivo! — Comento quando a mulher sai de perto, caminhando até suas colegas.

— Jurei que fosse arrancar sua cabeça e distribuir seu sangue como ponche. Foi irado. — Acrescenta Bryan, causando-me uma gargalhada. Seu jeito divertidamente lento por conta da maconha chega a ser engraçado.

— Ela é a personificação dos meus piores pesadelos. — Alex murmura com uma careta, dando um gole na sua bebida. — E não uma musa, como Bryan disse. Está mais para o capeta.

— Olha, me perdoe, mas eu não me importaria em ser condenado ao inferno por essa diaba. — Ele suspira, correndo seus olhos maliciosos pelo corpo de Dominique, mordendo o piercing.

Alexander lhe dá um tapa. — Se liga, seu otário! Não tem nada demais nessa mulher.

— Preciso concordar com nosso amigo. — Pisco em cumplicidade, recebendo um soco brother com a mão. — Ela é quente, cara. Não negue isso.

— Não estou negando. — Dá de ombros, não deixando de observá-la de longe. — Sei que Beaumont tem um corpo de tirar o fôlego, porém isso não importa. O que ela tem por dentro é podre.

— E quem vê o interior de uma pessoa quando está transando? Não vejo uma boa desculpa. — Bryan continua o provocando, fazendo-me rir alto com a feição furiosa do nosso colega. — Parei, parei! Só estou te provocando.

— Faça o que quiser, estou pouco me fodendo.

— Até parece. — Rio, dando um empurrão leve no seu ombro. — Bom, ela é bonita, mas não faz meu tipo. Então não se preocupe comigo.

— E muito menos comigo! Sou fiel aos meus amigos.

— Por isso moro com vocês. — Alex pisca, desencostando-se da bancada. — Enfim, vou dar uma volta. Nos vemos por aí.

Logo, acabamos nos separando por ambos fazermos o mesmo: Seguir o nosso rumo pela casa. Caminho pelos corredores, sorrindo satisfeito ao ouvir os murmúrios e comentários vindos das universitárias ao meu respeito. Apesar de não ser o tipo de cara que se gaba, sei o efeito que causo nas garotas, principalmente levando em conta minha fama no campus: Trenton Grant, o melhor Ala-armador do basquete masculino. Tenho posição destaque no time da universidade, tendo em vista que sou o responsável por marcar os pontos e roubar a bola na defesa. Não é à toa que consegui obter uma boa bolsa para estudar através dela, sempre fiz por merecer. Desde pequeno tenho paixão pelo esporte, o qual me dedico em trenos constantes, rotinas, dietas, mesmo de ser difícil manter a forma morando com dois caras completamente desleixados no quesito alimentação.

Entretanto, diferente deles, não uso minha "fama" para me gabar ou obter conquistas. Devo admitir que nosso trio é bastante conhecido pela faculdade, e não só pelas nossas festas. Alexander e Bryan são a definição exata de homens galinha. Ambos tem o costume de levar garotas até nossa casa, fazendo suas próprias "festas sexuais particulares", chegando até mesmo a trocarem de parceria uma vez, numa espécie de swing estranho. Já eu, prefiro ficar na minha. Não sou bobo, óbvio que sei aproveitar e curtir, mas sigilosamente, sem chamar a atenção ou virar motivo de fofoca.

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