Casei-Me Com Minha Chefe - SwanQueen

Capitulo XXII - Ainda Sento

Regina gargalhou quando tropeçaram no tapete sem querer e Emma quase caiu no chão, mas nem por isso deixaram de se agarrar em meio aos beijos e mãos explorando o corpo com adoração, curiosidade enquanto a designer a deitava na cama em meio aos beijos. Quando o ar lhes faltou, Regina colou a testa na de Emma respirando ofegante desejando-a mais.

As imagens do contrato passaram na mente da editora rapidamente, lembrando-a de que tudo que estava acontecendo ali, antes, ela jamais aceitaria, mas agora ela sabia que tinha caído do cavalo. O justo a se fazer era ser sincera com ela e com Emma, mesmo sabendo que dali um mês poderia acabar esse lance todo de noiva feliz com a designer loira.

Embora o orgulho dissesse para não dizer, seu coração batia forte toda vez que a via, louco para falar o quanto havia se encantado pela mais velha. A editora chefe respirou fundo, lutando contra a razão e o próprio desejo do coração teimoso e emocionado.

--- O que tanto pensa aí, uh? --- sussurrou a loira, deixando seus monstros de lado para estar com ela.

--- Muitas coisas, Emma --- respondeu baixinho contra os lábios da designer e deu-lhe um selinho.

As respostas que Regina queria, Emma já tinha, mas ela não as daria assim tão facilmente para ela. Existia uma linha no meio de tudo aquilo e se caso ultrapassassem sem resolverem as questões a boa convivência que estabeleceram seria toda destruída.

A linha era uma vida. A vida de Emma Swan.

Ainda teriam muitos dias para que Regina pudesse conhecê-la a fundo, se claro, ela quisesse, mas não agora e não naquele lugar, naquela cidade.

--- Por quê será que sinto que sou uma delas? --- perguntou Emma, divertida, acariciando seu rosto com o maior cuidado do mundo como uma bela flor.

--- Porque você é... Você é todas elas --- Regina disse sussurrando baixinho, segurando o rosto de Emma temendo que ela lhe deixasse ao saber tudo --- E não sei nenhuma das respostas sobre você, Emma.

Naquela hora Swan soube que existia muito mais para conversarem antes que algo acontessesse entre elas e tomasse rumos diferentes e sérios. Era certo que nenhum era um poço de santidade, mas Emma jamais entraria em algo sem deixar tudo claro.

Regina era preciosa demais para se perder. Emma sorriu concordando e deixou um beijo leve em seus lábios carnudos antes de se deitar ao lado na cama e puxá-la para perto em seu peito, pensando.
Regina precisava conhecê-la, a editora queria.

--- Aproveite esse tempo para ter as respostas de suas perguntas. Você tem vinte e sete dias --- disse Emma, olhando para baixo e encontrando os castanhos presos em seu olhar com um sorriso --- Eu serei um livro aberto. Tudo que quiser saber, saberá, mas nem todas as respostas serão belas histórias.

--- Não me importo com belas histórias --- a editora respondeu presa no olhar esmeralda, contornando os lábios de Emma com o polegar --- Só quero conhecer a pessoa que me deu essa aliança.

Regina acariciou, sorrindo, a aliança dourada em seu anelar que havia ganhado naquela ponte quando foi pedida em casamento por Emma, que ergueu a mão encarando a aliança também no dedo. Por mais que significasse um casamento de mentira para as duas, algo ali começava a mudar o caminho.

--- Eu só quero saber sobre a sua história antes de confessar algo à você, mas nós temos tempo --- disse Regina, apoiando-se sobre o peito da mais velha em busca de mais um beijo que tanto gostava. 

Beijaram-se calmamente, mas logo Regina se sentava sobre o colo de Emma com agilidade. Era quase impossível controlar o desejo. A editora chefe não colaborava nem um pouco ao se remecher sob o volume visível por baixo do tecido branco. Um gemido tímido escapou da boca de Regina com a sensação de uma mordida gostosamente forte em seu pescoço que provavelmente deixaria uma marca.