Harry era um ômega com uma vida fácil. Seus pais eram divorciados, mas mantinham uma boa relação, estava indo para o terceiro ano da faculdade de Direito, tinha um namorado bonito, um amigo gentil e um apartamento ao lado do campus bancado por seu p...
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Harry havia se adaptado mais do que bem na nova casa, apesar do quarto pequeno demais, estava feliz por poder economizar uma boa parte do dinheiro que ganhava no estágio já que sua mãe continuava a mandar a mesada habitual, e também já tinha um bom dinheiro guardado que havia conseguido com a venda dos móveis e a troca de carro, estava tranquilo quanto a qualquer imprevisto monetário, suas notas na faculdade estavam melhores do que nunca e ele estava muito orgulhoso de si mesmo.
Não havia mais visto a cara do ex namorado, e isso também era mais um ponto positivo em sua nova vida, além de poder ver quase todos os dias o Louis Tomlinson e a pequena Mabelle a qual sempre arrumava uma desculpa para descer até seu andar para brincar um pouco, e mesmo sem saber, acabava o alegrando muito.
Já Louis estava sempre preocupado da filha o estar atrapalhando, já que mesmo que o ômega parecesse bem feliz brincando com ela, ele podia muito bem apenas estar sendo educado e não queria que um universitário ocupado como Harry acabasse indo mal nas provas porque a pequena não o deixava estudar devidamente.
Por isso naquele dia em especifico estava completamente desgostoso com a situação. Mesmo que fosse raro, às vezes alguma emergência odontológica era marcada de última hora no consultório Tomlinson, e era exatamente o que acontecia naquele quinta feira. Louis teria que passar a próxima 1 hora moldando os quatro dentes da frente de um garotinho de 12 anos que havia caído de uma árvore, e mesmo que fosse simples, ainda tomaria seu horário de almoço.
Olhou para o aparelho em sua mão por mais um instante antes de voltar a resmungar sobre a irresponsabilidade da irmã mais nova que não o atendia de forma alguma. Infelizmente Charlotte não podia buscar Mabelle na escola já que tinha uma reunião, e sua única saída era implorar para Fizzy ir buscar a pequena alfa após sair das aulas, mas a mesma não atendera a qualquer uma das ligações que ele havia feito.
— Que droga! — Resmungou novamente. — Não acredito que vou enchê-lo com isso. — Suspirou fundo ao ir para o novo contato no celular. — Ele me deu o número pro caso de alguma emergência e não pra pedir favores. Que droga! — Resmungou mais uma vez enquanto ouvia a chamada sendo realizada.
— Louis? — Ouviu a voz do ômega soar em sua orelha ouvindo junto um "Uau, já estão assim?" De uma voz que achou ser a do amigo dele, além de um "Cala a boca" em resposta.
— Oi, Harry. Desculpa estar ligando assim, mas preciso de um favor, e não tinha como pedir pra outra pessoa. — Foi direto, pois não queria tomar ainda mais tempo do garoto.
— Claro, do que precisa?
— Tenho um procedimento de emergência e não vou ter como ir buscar Mabelle na escola, minhas irmãs também não podem, então você poderia buscá-la pra mim quando suas aulas acabarem? — Suspirou novamente pensando no trabalho que estava dando ao outro.
