ᴘʟᴇᴀsᴇ ᴅᴀᴅᴅʏ - 18

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"Ainda acho que nós três deveriamos fugir, para bem longe." Joalin propôs. Encarei minha amiga através da pequena tela do notebook, e neguei com a cabeça.

"Sem chance" tiro os fones de ouvido, ao ouvir alguém bater na porta. A mesma se abre revelando meu pai, que sorri fraco.

"O que está fazendo?"

"Treinando meu espanhol, com as meninas" encaro-o.

"Estou indo trabalhar, sua mãe ainda está dormindo. Precisa de algo?" Engraçado a maneira como as coisas acontecem. Nunca ganhei a atenção que sempre quis do meu pai, mas agora eu tenho. Eu deveria ficar feliz, mas não estou. Ele não está sendo verdadeiro, apenas sente pena do desastre vergonhoso que a filha dele virou.

"Não precisa fingir que se importa" ele não diz mais nada, e fecha a porta.

"Você foi uma otária com ele" Sabina revira os olhos. Nós resolvemos conversar em espanhol, já que ninguém sabe falar a língua, e nossos pais adoram bisbilhotar nossas conversas.

"Eu sei, mas ele não está sendo verdadeiro"

"E daí? Verdadeiro ou não, ele está tentando" É a vez de Joalin bufar.

"Como vocês descobriram aquilo?"

"Joalin deu a louca, querendo espionar a velha. Foi quando nós escutamos ela falar com seus pais." Sabi morde o lábio inferior.

"Vagabunda." penso em voz alta.

"Ele não conversou com você?" nego com a cabeça.

"Não. E nem quero que converse." Tenho tentado convencer á mim mesma disso, mas tudo o que eu queria, era uma explicação.

"Mentirosa" Sabina retruca. "Se ele aparecesse aí neste exato momento, você o perdoaria"

"DE JEITO NENHUM!" elevo minha voz.

"Não precisa me morder"

"Vou desligar, estou com fome." não espero a resposta delas e fecho a tela do notebook.

Entro na cozinha, e me arrependo no exato momento que a vejo cozinhando algo. Nós duas não paramos no mesmo cômodo por mais de três segundos, e isso dói. Sempre fomos muito próximas, agora ela é a merda de uma desconhecida pra mim.

Não digo nada, apenas vou até a geladeira e pego o resto de pizza que havia ali. Nem lembro de que dia ela é, mas se está na geladeira, deve estar boa, certo?

Errado.

Não passou meia hora, e eu já estava literalmente jogada no vaso, vomitando azeitona por azeitona. Nojento, eu sei, mas é o que saiu.

Ela nem chegou aqui perto, e surpreedentemente, eu não me importei. A última coisa que eu precisava, é que ela sugerisse que eu estava grávida daquele palhaço. O que não é verdade.

"Não vou cuidar de praga nenhuma" ao ouvir sua voz, eu desejei estar grávida de trigêmeos, e jogá-los todos em cima dela. Praga? Sério?

"Não estou grávida. Não fale o que não sabe" cuspo o enxaguante bucal.

"Que surpresa, você ainda fala" nunca conheci alguém tão sarcástico, igual á ela. "Não que fizesse diferença mesmo" O meu colete á prova de balas invisível estava começando a desaparecer.

"Não sei pra quê tanto ódio, você e o papai fazem a mesma coisa. Se é que era mesmo o papai noite passada..." provoco. Eu deveria simplesmente ir para o quarto, como meu pai havia dito. Mas eu cansei.

Cansei dessas provocações baratas dela.

"O que disse? Se fosse Joyce..." ela começa mais eu a interrompo.

"Foda-se essa garota. Tá achando ruim, faz outro filho. Quem sabe ele te dá mais orgulho"

"Um coelho me daria mais orgulho"
Doeu. Essa doeu. Mas não deixei transparecer

"Já acabou?" Arqueio a sombrancelha. "Não negou quando insinuei que transou com outro cara, é verdade?"

"Não vou perder meu tempo com você"

"Igual está perdendo agora?"

"Sabe Any, eu não te culpo..." ela coloca a mão no meu ombro, mas não me mexo. "Josh tem um pau maravilhoso" susurra a última parte.

O QUÊ?!

×××

oioi, tudo bem?

votem e comentem bastante. Isso me incentiva a continuar postando.

até o próximo.

xoxo nic

Please Daddy ↬ beauany ᵇᵒᵒᵏ ᵒⁿᵉ/ᶜᵒⁿᶜˡᵘⁱ́ᵈᵃWhere stories live. Discover now