I͜͡ M͜͡i͜͡e͜͡i͜͡ A͜͡m͜͡o͜͡r͜͡i͜͡

Azul Celeste ✔︎

Senti as mãos dele no meu cabelo, era um cafuné reconfortante, minha lágrimas haviam parado a um tempo mas o loiro lindo não me afastou e eu também não tomei a iniciativa, meu rosto enterrado no seu pescoço roçando em sua pele carinhosamente, eu estava carente e meu lobo se encontrava manhoso, eu sabia que deveria parecer patético mas seu cheiro me deixava a vontade.

- Se quiser chorar mais eu não me importo - ouvir sua voz doce contra meu ouvido - Vai aliviar a dor.

- Eu já passei vergonha demais - senti ele se afastar e segurar meu rosto.

- Não tem nada vergonhoso em chorar meu lindo, suas lágrimas não te tornam fraco - o olhar dele era firme - Muito pelo contrário, chorar e admitir pra você mesmo que precisa de um abraço te faz forte, você está enfrentando seu orgulho.

- Mas eu sou um alfa, alfas não choram e são orgulhosos - o loiro negou.

- Me deixa te corrigi lindo, alfas idiotas, com síndrome de hetero top e masculinidade frágil não choram e são orgulhosos - ele sorriu docemente - Alfas como você eu chamo de alfas de verdade, sensíveis, que não se importam em chorar em público e que sabem deixar o orgulho de lado quando precisam - eu sorri, minhas bochechas ficando quentes, ele beijou minha testa, seus lábios eram macios.

Eu o abracei mais apertado, ele retribuindo na mesma intensidade, ele era pequeno e cabia perfeitamente nos meus braços, ficamos assim por mais um tempo antes de ouvirmos um limpar de garganta, me afastei do loiro e fitei meu motorista, Kisame me mostrou o telefone dele, na tela dizia Mikoto.

- Eu preciso atender mas não quero - o loiro que ainda estava nos meus braços tocou minha bochecha.

- Por mais triste que esteja, fugir do mundo não é a solução - mirei seus olhos azuis e assenti - Bom alfa - eu ri e me levantei finalmente deixando ele livre, peguei o celular e atendi.

- Oi... sim eu estou bem... estou na praia, queria relaxar um pouco... eu não quero falar com ele agora por favor... Tchau - devolvi o celular a Kisame e me virei para o loiro que dobrava sua toalha - Kisame me espera no carro.

- Sim senhor - ele se afastou.

- Você já vai? - eu havia gostado muito da companhia do ômega.

- O sol já se pôs, amanhã eu trabalho também - ele pegou um shorts de dentro da sua mochila e vestiu, com esse movimento eu consegui ver a parte de baixo do seu biquíni que também era branco, deu pra ver sua bunda também, eu não desviei o olhar, apesar de tudo eu não conseguia iguinorar o quão lindo era aquele ômega.

[N.A: o modelo de biquíni do Naru é tipo aqueles usados nos anos 60 saca? Só que um pouquinhos mais "decotados" Eu sou APAIXONADA nesses modelos e inclusive tenho 5]

- Eu posso te dar uma carona? - ele negou - Eu não vou te sequestrar prometo.

- Eu vim com carro emprestado de minha senhoria - ele guardou tudo e veio até mim - Vamos - ele pegou minha mão e me acompanhou até meu carro, o dele estava perto, era um chevette tubarão azul 1977, em perfeito estado vale ressaltar - Sabe eu tenho uma opinião que queria compartilhar com você - ele me olhou e segurou minhas mãos - Eu concordo que você precisa conversar com ela, sua ex, colocar uma pedra nisso, fechar esse ciclo, vira a página, você precisa ouvir ela e também precisa dizer tudo o que as atitudes dela te fizeram sentir, mas eu também acredito que esse não é o momento certo pra isso.

- Por que não?

- Pelo que você me contou me parece que essa não vai ser uma conversa fácil, dependendo do que ela lhe disser você pode ficar com uma cicatriz profunda e sem cura, seria melhor se você se preparasse primeiro - ele soltou minha mão e tocou meu rosto - Você está machucado e ainda dói, não precisa ter pressa, essa conversa é inevitável e uma hora ou outra vai acontecer não se preocupe, mas quando acontecer se assegure de estar blindado contra qualquer negatividade que tente te alcançar ok? - sorri para ele, era um ótimo concelho, me inclinei depositando um beijo na sua bochecha e vi suas bochechas ficarem vermelhas.