TRINTA E NOVE

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Não deixe de me presentear com sua estrelinha e um comentário nos capítulos. São MUITO importantes!!!
beijos purpurinados,
Kami <3
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Parece que se passaram horas até que finalmente me levanto e um segurança me espera na porta.
— A senhora Peres pediu que eu a acompanhe até a saída. — informa formalmente. — O carro espera para levá-la ao hospital.
— O meu filho...
— O menino ficará até que a senhora tenha condições de levá-lo. — se aproxima e eu recuo.
— Eu não sairei sem o meu filho. Léo! — grito e contorno um móvel tentando passar pelo segurança, mas ele não permite. — Léo!
— A senhora está machucada, precisa tratar esses ferimentos. — aponta e então vejo o sangue escorrendo pelos meus braços e pernas. Eu sequer estou sentindo dor.
— Trás o meu filho! — grito mais uma vez.
— Vai assustá-lo, senhora.
— Leonardo! — de repente minha visão escurece logo que o meu bebê aparece.
~*~
Foi estranho acordar em uma cama de hospital com Victor Hugo parado ao meu lado extremamente preocupado. Já havíamos passado por algo semelhante, quando derrubei a água na minha perna, mas eu estava acordada a todo momento. Agora, eu me sentia completamente desnorteada, porém, ainda assim, eu só tinha uma preocupação:
— Cadê meu filho? — questiono fazendo a atenção de Victor Hugo que conversava com um médico voltar-se a mim.
— Como você está se sentindo, Helena? — o médico pergunta e se aproxima tentando me examinar, mas não permito.
— O meu filho, Victor Hugo. Cadê o Léo? Me diz que você tirou ele daquele lugar!
— Sim, ele está bem. Está com a Vic. — me tranquiliza acariciando meu cabelo e consigo respirar direito.
Depois de ser examinada pelo médico, ele nos deixa a sós e Hugo me explica que o problema que precisava resolver acabou sendo adiado e ele decidindo me encontrar na casa da minha ex-sogra.
— Eu estava na porta da frente e escutei você gritando. — sua mão afaga a minha devagar. — Você estava toda ensanguentada. Tentei ser frio, sabia que você não perdoaria se eu o deixasse lá, então, depois de colocar você na ambulância, levei o Léo pra casa da Vic e vim pra cá em seguida.  — afirma e vejo algumas manchas de sangue na camisa dele. — O médico disse que a sua pressão abaixou por causa da perda de sangue e que você não tinha se alimentado.
— Nós discutimos. Ela me empurrou e eu tropecei. Um móvel de vidro se estilhaçou...
— Entrou um pedaço bem grande na sua mão. — avisa depositando um breve beijo nela. — Você nunca mais vai enfrentá-la sem que eu esteja ao seu lado. Se eu estivesse com você, como deveria...
— Hugo, agora está tudo bem. — tento tranquilizá-lo.
— Não sei o que faria se eu te perdesse.
— Eu sei. Muito obrigada por ter cuidado de tudo.
— Sempre, meu amor!
~*~

Minha alta só foi autorizada no dia seguinte. Tudo o que eu mais queria era ver o Léo, tranquilizá-lo e ficar agarradinha com ele e Victor Hugo. Após deixar o hospital cheia de curativos, dor e com uma enorme lista de medicamentos e buscar o meu filho na casa  da Vic, Hugo prometeu uma ótima tarde regada a filmes infantis e sorvete para o Léo.
Foi uma tarde incrível, mas os remédios em algum momento entre quando a Lilo, de Lilo & Stitch batia em uma garotinha e o Stitch aparecia como seu novo “cãozinho”, conseguiram me derrubar e quando acordei, já não sabia onde Hugo e Léo estavam.
Com o efeito dos remédios passando, voltei a sentir dor, mas antes que eu alcançasse os comprimidos, escutei risadas de Hugo e Léo. Devagar levantei e fui até a pequena janela onde os avistei brincando de bola perto da piscina. Hugo tinha o poder não apenas de me fazer feliz, mas fazer o meu filho feliz e isso para mim era a parte mais importante. Sem dúvidas.
Em algum momento, os dois me avistaram e resolveram voltar para dentro me enchendo de beijos logo que chegaram perto o suficiente. Independente do que tinha acontecido, nunca tinha me visto mais feliz.
Na segunda-feira Hugo levantou mais que de costume e quando acordei no susto por meu despertador não ter me acordado, ele me tranquilizou informando que Léo já estava pronto e ele mesmo o levaria até a van.
— Você dorme. Eu volto já e deitou novamente com você, está bem? — perguntou e eu apenas aceitei. Não negaria passar o dia na cama com Victor Hugo.
Passamos o dia curtindo preguiça. Hugo parecia meio nervoso e ansioso, mas disse ser apenas por conta de ter descoberto que a gravidez da Vic não estava indo tão bem quanto ela tinha informado e que sabia que eu não tinha contado a ele de propósito.
— A sua sorte é que você está doente e eu te amo, ou teríamos uma bela discussão. — diz com um semblante preocupado enquanto tenta fingir não estar.
— Ela ainda parece abatida?
— Menos do que você está imaginando.  — dá um beijo no topo da minha cabeça e solta um suspiro profundo. — Mas isso não me deixa menos preocupado. A minha irmã é uma mulher cheia de vida, agora...
— Logo que eu melhorar, a visitarei novamente. Estou preocupada com ela e com o bebê. O Luciano estava lá?
— Como nunca o vi antes. Está parecendo um cão de guarda ao redor dela. Certamente viu que estava a perdendo.
— Deve ser...
— Sabe de algo que eu não sei, Helena? Eu te amo, mas, por favor, pare de mentir para mim.
— Me desculpa. — sou sincera. — Eu também te amo, Hugo. — eu quero contar a ele sobre o Luciano, mas o telefone tocando insistentemente me impede:
— Eu preciso atender. — avisa antes de sair com o celular em mãos.
Aproveito e pego o meu celular para falar com a Vic:
— Eu estava prestes a te ligar...
— Jura? Estava ligando porque Hugo me disse que descobriu que você está de cama e...
— Não tem problema. E você, como está?
— Acamada, mas acho que amanhã já volto ao trabalho.
— Helena, eu sei a verdade. O Luciano me contou tudo.
— Ele contou?
— Contou e eu não quero falar muito sobre isso. E nem quero que você conte nada ao Hugo. Não é assunto seu!
— E como você está se sentindo agora que você descobriu?
— Nós seguiremos em frente.
— Tem certeza? — será que ele contou toda a verdade para a Vic.
Ainda não tive a chance de investigar se ele e Samara realmente estavam separados. Mas se ele contou a Vic, provavelmente ele não está mentindo, certo?
— Sim, Helena, eu tenho certeza de que não vou acabar com o meu casamento por algo tão idiota quanto... Isso. Nunca vou te perdoar se você disser uma palavra sobre isso ao meu irmão. É a minha vida.
— Vic...
— Eu liguei para informar vocês que iremos passar alguns meses fora. O Lu tirou uma licença do serviço e iremos viajar. Como nunca consigo falar com o meu digníssimo irmão...
— Mas... E a sua gravidez? Para onde vocês vão?
— Tchau, Helena.
— Espera, Vic... Vic? — ela desligou.
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O que vocês acham que tá rolando e o que acham que vem por aí?

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora