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Durante o restante da semana Hebe foi Obrigada por Pietro a ir de ônibus para o trabalho, mesmo assim ela ainda Levou Dona Antônia e os irmãos até o Bairro do café de Kombi.

A única coisa boa era que, ela não teve que ter nenhum contato direto com Pietro por vários dias. Claro, por ele ser o dono da empresa as vezes ela o via andando pelas dependências do prédio. Mas não ter que falar com ele era sempre muito bom para seus nervos.

Além de que ela teve tempo de Assistir novelas com Dona Antônia ( programa do qual se arrependeu depois de a avó bater nela com uma lista telefônica antiga por simpatizar com a vilã da novela), Jogar dominó com Cris e também aprender e fazer tranças nagô em Vinícius.

— Você tem que levar o Mini CEO pra caridade hoje de novo não é?

Hina perguntou montando meticulosamente uma coroa de jasmins e margaridas.

— Nem me fale, já estava feliz de não ter passado tempo com ele nos últimos dias!

— Ele é tão idiota assim?

— Ele não é tão ruim... Para um mauricinho! Mas as vezes, eu não consigo olhar pra cara dele sem lembrar do André!

— Isso deve ser horrível!

— Sim, é como se do nada a minha consciência se lembrasse disso e dissesse " Hei não fiquei confortável perto dele ele matou seu noivo!" — Hebe disse varrendo o chão da estufa cheia de terra e talinhos de planta.

— Mas que situação!

— Olha só falando no diabo!— Hebe comentou quando viu Pietro saíndo do Elevador do segundo andar.

— Que diabo? A gente tava falando do chefe!— Hina perguntou confusa com a expressão.

— Depois eu te explico...— Hebe cochichou pouco antes de Pietro chegar na porta da estufa respirando fundo.

— Aqui tem um cheiro tão bom... — Ele comentou mais para sí mesmo do que para as duas funcionárias.

— Tem sim, é o poder das plantas!— Hina comentou acariciando sua recém terminada coroa.

— É incrível!... Hebe tudo preparado pra hoje?— Pietro perguntou olhando para Hebe escorada na vassoura assoprando o cabelo do olho.

— Sim... Te espero na garagem!

— Okay... Até mais tarde!

Pietro sorriu saindo pela porta da frente, indo para a entrada do segundo andar.

— Hebe posso te falar uma coisa?— Hina perguntou olhando o chefe entrar no elevador e a porta se fechar.

— O que?

— Ele gosta mesmo de você!

— Porque tá falando isso?

— Ele desceu aqui só pra olhar a sua cara! Ele nunca vem aqui! Sempre manda a Paloma!

— É só porque temos que sair junto, e mesmo se ele simpatiza comigo eu tô só ajudando ele a se redimir da própria riqueza!

— Você fala como se ser rico fosse errado! — Hina riu da cara emburrada que Hebe fazia ao falar sobre o dinheiro do chefe.

— Ser rico não é errado, errado é tudo de bom que você pode aproveitar sendo rico! E eu e você sendo pobres não temos oportunidades! — Hebe continuou.

— Mas ele não tem culpa de ter nascido rico!

— Mas ele tem de não fazer nada pra ajudar ninguém com essa riqueza!

Até que a morte nos JunteOù les histoires vivent. Découvrez maintenant