Dia 7 - Vladimir

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Que dia maravilhoso

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Que dia maravilhoso.

Eu e Talon brigamos e terminamos, Swain se cansou da minha ilustre presença como sua assistente, Katarina está completamente enfurecida e Cassiopeia sumiu. Acha que isso é o suficiente? Claro que não. Pois eu me perdi no meio da grande Noxus e não faço ideia de onde estou.

As noites de Noxus nunca são silenciosas. Até por que não seria possível amontoar milhares de pessoas de todo o império em um só lugar e esperar calmaria.

Lamentos de viúvas, mães aflitas e veteranos atormentados juntavam-se em um coro noturno que fazia companhia a rugidos de soldados bêbados e promessas de ambulantes que preferiam negociar na escuridão. Canções do deserto vindas do enclave de Zagayah ressoavam das tendas às margens da água e o estalido marcial de lâminas ecoava de uma arena de gladiadores nos arredores. Cães-dragão trancafiados em um curral de ferro uivavam sentindo o cheiro de gado morto vindo dos abatedouros do norte.

Não, as noites de Noxus realmente nunca eram silenciosas.

Exceto aqui.

Nesta parte de Noxus onde eu estava reinava o mais completo silêncio.

Pelo menos eu tinha a mínima noção de que lugar era este. A rua ficava em um distrito rico e antigo de Noxus, conhecido como Mortoraa, ou Portão de Ferro, mas que não tinha nada de extraordinário. A lua cheia refletia na calçada de paralelepípedos irregulares, como dezenas de olhos curiosos, e de ambos os lados viam-se prédios perfeitamente construídos com blocos de pedra que revelavam mãos experientes, talvez as de um artífice de guerra.

Mas o pior de saber sobre este lado abandonado da cidade, era algo que todo Noxiano tinha impregnado já no seu subconsciente: Ele morava na grande mansão que havia por aqui.

Eu deveria fugir. Eu não deveria estar aqui no escuro. Mas ao mesmo tempo, a curiosidade me incitava a ir adiante.

Quanto mais eu adentrava nesse lugar misterioso, mais as ruas eram estranhas e cada vez mais estreitas e ameaçadoras, como se a cada esquina os muros ficassem mais próximos uns dos outros, até que uma hora me esmagariam. Os portões da grande mansão ao fim da rua estavam entreabertos e passando pela densa folhagem, me encontrei diante de um caminho de pedras por entre um jardim de flores estranhas com aromas exóticos e cores surpreendentemente vívidas que chamou a minha atenção. Rapidamente eu segui para lá, apreciando a espaçosa praça da entrada e as flores magníficas, com centenas de borboletas coloridas, com desenhos bastante curiosos nas asas, voavam incessantemente entre as flores.

Criaturas tão leves e frágeis, e mesmo assim tão lindas e capazes de uma milagrosa transformação. Uma borboleta estranha passou próxima ao meu rosto, com sua forma afilada e o desenho das asas abertas estranhamente semelhantes à heráldica de lâminas aladas que flamulavam em todas as bandeiras noxianas. Eu passei a mão pela folhagem, saboreando os aromas deixados em meus dedos e me deixando levar pelas partículas de poeira que pairavam sob o luar. E então, a uma flor particularmente bonita, com pétalas de um vermelho tão vivo que me deixaram sem fôlego, chamaram minha atenção. Lentamente, eu estiquei os dedos até a flor de aparência fascinante, tomada por uma vontade estranha de arrancar e guardar suas pétalas carmesim. Uma sensação gelada e penetrante fez com que todo os pelos de minha nuca se arrepiassem, mas não por perigo, e sim por surpresa. Seja lá quem fosse, me observava com curiosidade, esperando meu próximo movimento. E eu decidi o entreter.

Coletânea Loltubro 2020Où les histoires vivent. Découvrez maintenant