◈ Capitulo 01 ◈

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• S/n narração on:

Chego em casa, após terminar meu turno diario na cafeteria. Jogando as chaves em cima da cama, caminho até minha geladeira, pegando uma garrafa de água bem gelada, e virando a mesma de uma vez. A casa era pequena, então tinha apenas eu e mister puffle, o gato da vizinha, que deixou ela aqui, e sumiu no mundo.

— Quando eu for tomar banho, não é pra arranhar a porta! — falo me agachado na frente do gato, que parecia desinteressado

Me levanto, saindo da cozinha, passando pelo meu quarto, e entrando no banheiro. Esses eram os unicos cômodos da casa. Tomo um banho, e me preparo para a proxima missão de hoje, apesar de não trabalhar na comissão, eu ainda participo de algumas coisas...

Lila, minha irmã mais velha, assumiu o controle do lugar, depois de eu ter aberto mão do cargo de chefia. As missões que ela me passa, são totalmente aleatórias, e oque dificulta, é que eu não quero mudar de linha temporal a todo momento... 

Tomo meu banho para a proxima missão, e sigo meu caminho, pegando minha bolsa, dando comida para o gato, e saindo de casa. Chego na comissão na base dos meus poderes, que ainda estão falhando, por eu não ter total controle de todos eles.

— Cheguei. Qual a proxima? — pergunto, pegando uma bala emcima do balcão da minha irmã

— Não tem proxima. Você esta meio que... Aposentada. De vez enquando, algumas missões podem ser feitas por você, mas aqui é o fim... — Lila confirma, olhando uma pasta de arquivos

— Oque tem ai? — digo me inclinando para tentar enxergar o conteúdo da pasta

— Nada de importante. Esse arquivo ja é bem antigo... — A garota me responde — Ta liberada S/n. Pode ir, estou vendo nos seus olhos, que quer sair daqui.

Eu não respondo a garota, e saio da sala dela. Sempre fui a menina que era inutil para a Lila, não recebia muitas missões, nem nada. Quem me dava "valor" mesmo, era minha mãe.

Como não tinha nada para fazer, volto para a cafeteria, na intenção de auxiliar Bethy com os pedidos, ja que hoje, era dia de muita movimentação por lá. Entro pelos fundos, colocando o uniforme rosa de sempre, e indo dar uma mãozinha para Bethy.

— Achei que não iria voltar hoje... — A menina loira diz, enquanto preparava um cappuccino duplo

— Estava entediada em casa, então vim pra cá, te dar um auxílio... — respondo Bethy, amarrando meu cabelo

Pego meu bloco de notas, e caminho em direção ao balcão cor de rosa, na intenção de fazer os pedidos. Um garoto, vestido em um uniforme escolar, com a aparência de aproximadamente, uns dezessete anos de idade, entra pela porta, com uma expressão de preocupação em seu rosto.

O garoto se senta nas cadeiras, que ficam posicionadas na frente do balcão, jogando um papel, com algumas informações. Lendo discretamente o papel, vejo que ele esta a minah procura.

"S/n Parker, cabelos longos, olhos verdes, usa pincerg em seu nariz. "

Essas informações minhas, são antigas. Cortei meu cabelo, faz alguns dias. E tirei meu pincerg, ja ira fazer dois anos... Fico prestando atenção no cliente, e me perguntando qual o motivo dele estar a minha procura. Até que resolvo ir atendê-lo.

— Olá, qual seu pedido? — pergunto educadamente, abrindo meu bloco de notas

— Café, puro. — o garoto responde seco. — Antes, ja que trabalha em comércio, você ja ouviu falar na S/n Parker?

— Infelizmente não. — minto para o menino, que me olha com um olhar de negação.

Aquele olhar que ele me lança, parecia que me condenava. Aparentemente ele sabia que estava mentindo pra ele, mas sigo em frente com minha mentira, sem me preocupar com as consequências, minha vida ja era uma merda mesmo.

Viro de costas, indo preparar o café para o menino. Meus pensamentos não saiam da pergunta: oque ele quer comigo? Nunca vi ele na minha vida, e agora, ele esta a minha procura. Cogito a possibilidade, de ser um agente do hospício em minha procura, sempre quiseram me internar por conta da minha esquizofrenia. Mas ja estou mais controlada, ela só funciona, se eu estiver em pânico ou em outras situações.

— Aqui seu pedido. Mais alguma coisa? — entrego o café, ao garoto que me encarava sério

— Não.

Saio dali, totalmente preocupada com essa situação. E se for o hospício, a comissão, temos milhões de possibilidades, sempre me metia em problemas, e as consequências não perdoavam.

— S/n, vamos, irei fechar por hoje... — Bethy me avisa, enquanto tira seu uniforme

— Eu ja vou. — respondo, jogando meu casaco em cima de uma cadeira

Apos Bethy fechar a loja, como de rotina, fico sentada nos fundos do lugar. Meus pensamentos continuavam naquele garoto, oque ele quer? Decido, que a melhor solução, é esperar ele aparecer de novo.

𝕭𝖆𝖉 𝖌𝖎𝖗𝖑 | 𝗖𝗶𝗻𝗰𝗼 𝗮𝗻𝗱 𝗦/𝗻Where stories live. Discover now