𝕭𝖆𝖉 𝖌𝖎𝖗𝖑 | 𝗖𝗶𝗻𝗰𝗼 𝗮𝗻𝗱 𝗦/𝗻

◈ Capitulo 06 ◈

Simplesmente, ele me beijou. Assim, do nada. Odio, a palavra certa pra descrever Cinco Hargreaves. Mas do nada ele age assim, me da um beijo, e desaparece.

Hoje é o dia da minha mudança. Foi um negócio mal feito. Cinco deve ter problemas com a Comissão, e eu me meti com ele. Burrice, burrice.

Estava no carro, indo até a mansão. Eu e Cinco estavamos lá. O clima estava pesado, tanto entre nós dois, como no céu. Uma chuva forte estava acontecendo naquele momento.

— Desculpa por ontem. — Cinco diz seco, tentando quebrar o clima entre nós dois

No banco de trás, ignoro o fato dele estar falando comigo, e continuo observando os pingos de chuva que escorriam pela janela. Estava com odio de mim mesma, por ter me aberto pra ele, e não o ter matado quando ele apareceu em minha casa.

Ainda mais, que vou ter que morar com o Cinco, que me beijou sem autorização. E com Diego, que esta tentando ter uma química comigo. Mesmo não tendo nenhuma chance se quer...

Isso não quer dizer, que eu vá dar chances pra nenhum dos dois. Nesse momento, estou focada em meu novo cargo da Comissão, depois eu posso pensar em namorados e casamentos.

— Chegamos. — Cinco diz, estacionando seu carro na frente da mansão

Reviro meus olhos, respiro fundo, e desço do carro. Pegando minhas coisas, juntamente da Vanya, subo pro meu quarto, que estava sujo e aos pedaços.

— Vamos precisar de uma pequena reforma por aqui... — Vanya fala observando o estado do quarto

— Com certeza. — digo olhando para uma parede em específico

Um pequeno quadrado. Não tão pequeno, o suficiente para uma pessoa do meu tamanho atravessar. Aquilo me chamou a atenção. Pedindo pra Vanya se retirar, tento abrir a portinha, que dando um soco, arrebenta.

— oque sera que tem aqui? — digo comigo mesma, quase entrando num corredor que tinha após aquela porta

— Falando sozinha? — Cinco pergunta abrindo a porta, o mesmo recebe uma cara de desgosto de mim — Oque ta fazendo ai?

— Nada. Oque você quer? — falo seca. Fazendo o garoto me olhar com deboche

— Comissão. O arquivo, sendo mais específico. — O menino diz, observando a situação do quarto — Jesus! Falei pra arrumarem um quarto, não essa coisa despedaçada! Idiotas...

— Vamos logo. Não tenho muito tempo. — Falo pegando minha maleta, e indo pra comissão

Eu só pensava, em como eu fui burra, em negociar um arquivo com um menino de dezoito anos. Mas, agora ja foi, a merda ja foi feita, eu que aguente as consequências.

Ao chegar na comissão, os olhares são atraídos para nós dois. Coisa que da mais reforço pra minha teoria, de que o Cinco, ja foi um dos maiores problemas da Comissão. Comentários desnecessários se apresentam como: "Olha! Cinco pegava a Gestora, e agora pega a filha dela! "

Respirando fundo, mando todos se calarem, se não quiserem serem mandados para a lista de execução. Estava feliz, porque hoje, eu terei total acesso ao arquivo supremo. Nunca entendi o motivo desse arquivo ser protegido a sete chaves, porém, hoje saberei de tudo.

Entrando em minha sala, pego a chave, e desbloqueio a sala de arquivos. Cinco parecia feliz. Pelo oque eu via, o arquivo que ele precisava, estava naquela sala em especifico.

— É aqui. Qual o arquivo que você quer? — pergunto ao menino, que entra na sala com um sorriso largo

Cinco procurava por todas as plateleiras, e gavetas possíveis. Não achando a pasta que ele queria, ele me chama.

— Não esta aqui. — Cinco fala. O inesperado, era que a atenção de Cinco, se direciona para um mini cofre na parede — Abra. Deve estar ali.

— Cinco, ja trabalhou por aqui. Sabe as regras. — Tento convencer o menino

— Acordo é acordo. Você me deu a sua palavra. — Cinco insiste, enconstando na parede do cofre

Revirando meus olhos, pego a chave especial, e abro o tal cofre. Cinco pega orgulhoso o arquivo, abrindo a pasta com cautela. Ele paginava com cuidado, e lia cada detalhe com atenção.

— Otimo. Cheguei onde queria. — Cinco diz concentrado no arquivo

— Afinal das contas, oque você quer com isso? — pergunto fechando o cofre

— Aquele lance do Apocalipse. Tudo que eu preciso saber, esta aqui. — Fala saindo da sala, e se sentando em minha cadeira

— Levanta. — falo ríspida

— Calma querida. Precisamos parar isso juntos. Você sabe que a unica que eu preciso pra parar isso, é você. Não tem saida. — Cinco diz, fechando o arquivo e colocando em uma mochila que carregava consigo

— Se eu ajudar, me deixa em paz de vez? — pergunto enchendo um copo de vinho

— Claro. — Cinco diz, pegando o copo de vinho que ofereci a ele — Um brinde a nossa parceria.

— A nossa parceria.

Mal sabe, que meu plano para extermina-lo, esta ja nos trilhos. Adeus Numero Cinco.