CAPÍTULO VINTE E NOVE

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— Parem já com isso! — Tatsuo parou a briga, separando os meninos

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— Parem já com isso! — Tatsuo parou a briga, separando os meninos. — O que deu em vocês?! É o primeiro dia de início dos treinos oficiais e vocês já agem dessa forma?! — Exclamou, com um olhar repreensor, enquanto os meninos se olhavam com ódio.

— Não fizemos nada! Nós que fomos mal recebidos nessa escola medíocre! — O loiro reclamou, irritado, e depois me olhou em seguida.  — Ao menos já sabemos que tem um entretenimento aqui... — riu debochado, o que me assustou. Tatsuo suspirou, entrando em minha frente e olhando seriamente para ele.

— Em primeiro lugar, não vou tolerar desrespeito com a nossa escola. Assim como os meus alunos foram respeitosos com vocês no ano passado, na instituição e principalmente com vocês, exijo que façam o mesmo. E em segundo lugar, também exijo respeito aos demais alunos. Isso aqui não é seu parque de diversões, isto é uma instituição séria e que se preza pelo respeito. E caso você não consiga fazer o mínimo, então pode ir dizer isso pessoalmente à diretoria. O que acha? — Tatsuo falou, em um tom calmo, mas extremamente sério, deixando aquele loiro irritado e contrariado.

— Relaxa! Foi só um desentendimento de jogo... — Resmungou, cruzando os braços.

— Você empurrou o Isao de propósito! — Azumi acusou, impaciente.

— Não tenho culpa de esse idiota entrou na minha frente. — O loiro rebateu.

— Eu vou matar esse desgraçado! — Isao exclamou, partindo para cima do loiro, enquanto eu e o professor tentamos segurá-lo a todo custo.

— Isao! Não é assim que se resolve as coisas! — Tatsuo exclamou, e Isao rapidamente se soltou dele.

— E que moral você tem para em como resolver as coisas?! — Isao exclamou, me fazendo cubrir a boca, corado ao entender o que ele quis dizer. Tatsuo suspirou, balançando a cabeça.

— Depois a gente conversa. Agora todos para o chuveiro esfriar a cabeça de vocês. Ninguém vai jogar nesse estado! — Tatsuo ordenou, e os meninos não reclamaram, mas Hayato acabou segurando meu pulso e me levando junto com eles.

. . . .

— Por que tratou o professor daquele jeito, Isao? Ele não tinha nada a ver com a nossa briga. — Azumi exclamou, se sentando no banco largo de madeira e retirando a camisa do time. Ele logo me puxou para seu colo, abraçando minha cintura. Isao suspirou, balançando a cabeça e me olhando seriamente.

— Ele não tinha que se meter. Aliás, Koki... o que estava fazendo com ele?! — Questionou, e foi automático todos olharem para mim.

— Bom... é... é que ele... ele é meu treinador esse ano. — Explico, vendo Isao e Hayato rirem, sem um pingo de humor, o que só me deixou ainda mais receoso.

— Treinador?! O lugar dele não é dentro de uma sala de aula?! — Isao exclamou, irritado.

— Por que está tão irritado, Isao?! — Ren questionou, o olhando seriamente.

— E então? Quer contar? — Isao questionou, me olhando. Engulo em seco, não sabendo o que dizer.

— Contar o quê? — Ren me olhou, curioso. Fecho meus olhos, respirando fundo.

— Eu... eu transei com o professor... — Balbucio, abaixando minha cabeça de tanta vergonha.

— VOCÊ O QUÊ?!!! — Todos gritaram, menos Isao e Hayato que já sabiam.

— Ah... mas foi antes de... vocês aparecerem. Quer dizer... Isao e Hayato já haviam... bem... Vocês sabem... Eu só... Não foi culpa minha... ele estava bêbado, e... e acabou acontecendo. Olha, isso já está no passado, ok? — Me atropelo nas palavras, tentando explicar da melhor forma que conseguia, mas com todos me olhando ficava difícil.

— Acho bom que fique no passado mesmo. — Azumi ditou, chamando minha atenção. — Você já tem a nós, e só porque somos 6, não quer dizer que pode sair se envolvendo com quem bem entender. Nossa relação é fechada e ponto final. O que quer que tenha tido com aquele professor, já acabou. Entendeu? — Assenti, cabisbaixo.

— Aliás... você ficou bem atraente nessa roupa... — Hayato comentou, me fazendo olhá-lo.

— Eh? — Todos sorriram, e logo sinto a mão de Azumi descer para minha bunda, a apertando, e com a mão livre puxando meu rosto para poder beijá-lo.

— Nossos treinos vão ficar mais interessantes vendo você nessa roupa... — Kento comentou, se aproximando e se sentando ao lado de Azumi, adentrando sua mão por baixo da minha camisa, tocando meu peito. Arfo, não demorando ao sentir várias mãos tocando todo o meu corpo, me deixando arrepiado.

— Espera...! — Falo, de repente, vendo eles me olharem confusos.

— O que foi? — Azumi questionou. Respiro fundo, olhando para todos eles, com certa curiosidade.

— Vocês ficam entre vocês? — Questiono, notando a surpresa na expressão deles.

— Isso importa? — Azumi questionou, o que me fez sorri, dando de ombros.

— Importa. — Falo e eles suspiram.

— Eu já fiquei com o Azumi... — Ren comentou, sorrindo sem jeito.

— Imaginei. — Comento, rindo.

— É tão óbvio assim?! — Azumi questionou, me olhando surpreso.

— Você é muito protetor com quem ama. E sempre está acompanhando Ren e o ajudando, então... foi só ligar os pontos. — Falo, dando de ombros.

— Bom... eu também já fiquei com Ren. — Kento falou, agora me deixando surpreso.

— Jura?!

— Um dia em que eu estava tendo uma crise existencial e Kento veio me fazer companhia... acabou acontecendo. — Ren comentou, sorrindo timidamente.

— Nem preciso perguntar para você né, Hayato? — Insinuo e ele sorri, cruzando os braços.

— Entendi o que quis dizer, mas eu estou comportado. Dentro do nosso grupo, eu só dei um selinho no Isao e ele quase quebrou meus dentes por isso. — Falou, o que me fez arregalar os olhos.

— O quê?!

— Foi a porcaria de um jogo. Eu não tinha muita intimidade com Hayato e o desafio foi ele me beijar. Enquanto eu dizia que não ia fazer isso, ele me beijou e só não bati nele porque me seguraram. — Isao explicou, revirando os olhos.

— Imaginei essa cena... e agora estou querendo ri muito. — Falo, prendendo o riso.

— Melhor continuar segurando esse riso, baixinho! — Isao ditou, sorrindo discretamente.

— E você, Yuki? — Questiono, o olhando mais no canto, quieto como sempre.

— Hm?

— Você já ficou com alguém dos meninos?

— Hm... o Azumi. — Falou, e eu encaro Azumi, vendo ele sorri sem jeito.

— Foi meio sem lógica, mas não vou explicar isso para vocês. — Azumi se defendeu, e eu faço bico.

— Conta... me deixou curioso. — Peço, vendo ele suspirar.

— Yuki estava chorando, escondido na cozinha da escola. Já tínhamos o procurado por horas. Ele sumiu sem nem avisar nada e nem ninguém. Quando encontrei ele, ele dizia repetidamente que todos o odiavam, que ele não era amado. E... eu tentei mostrar que não era verdade. Que ele era amado... Foi isso. — Explicou, e eu sorri.

— Isso foi fofo. — Comento e ele revira os olhos.

— E você, Koki? — Ren questionou, o que me fez olhá-lo sem entender.

— Eu o quê?

— O que aconteceu para você acabar ficando com Tatsuo-Sensei?

Eles não podiam esquecer esse detalhe? Aghr...

ENTREGUE-SE - (Romance Gay) Where stories live. Discover now