Checkers

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"— ele me encara mais um pouco — Eu só não te beijo agora porque vai estragar o batom. Não quero acusações depois. — ele se afasta.

— Pode beijar. — ele sorri — Não ligo para o batom. Conserto depois.
Ele se aproxima lentamente. Como se quisesse mostrar que não tem pressa para fazer isso."

Capítulo oito
— 11 de agosto, terça-feira —

  — Eu vou para casa. E a gente se encontra mais tarde. Pode ser? — pergunto.
  — Eu preciso tomar um banho e trocar esta roupa.

  — Tenho banheiro aqui.

  — Obrigada. Mas eu tenho que trocar esta roupa. Eu disse.

  — Ok. Vamos. — ele se levanta.

  — Não precisa vir comigo.
  — Vou ficar bem e aposto que não vai querer esperar.

  — Não tenho nadinha para fazer. E você não vai sozinha.

  — Não precisa, Finn. Eu vou ficar bem. — ele me abraça.

  — Não vou deixar você ir sozinha.

  — Tudo bem, sr.teimoso. Pode vir então.
   Ele carrega minha bolsa e abre a porta para que eu passe.
   No caminho para casa eu coloco uma música no som do carro e passo todo o percurso cantarolando.
   Chegamos. Finn estaciona na porta de casa e nós saímos do carro. Desta vez não esperei que ele viesse até mim abrir.
   Abro a porta da frente e arremesso a chave em cima da mesa. Junto com a bolsa.
  — Vai me esperar aqui?

  — Sim. — ele se senta na cadeira da cozinha.

  — Se importa de ficar sozinho?

  — Nem um pouco. — eu sorrio e subo a escada.

Subo as escadas e passo direto do quarto de Ava. Me prendo a não bater na porta para checar se a menina está viva, então passo direto. Tomo um belo de um banho e quando estou saindo do banheiro dou de cara com Finn sentado na ponta da cama.
— O que está fazendo aqui? — eu gelo e agarro mais a toalha contra meu corpo.

— Vim perguntar se posso beber água. — fecho os olhos e respiro fundo — Não tinha ninguém para eu perguntar.
A esta altura do campeonato ele pode fazer o que quiser em casa.

— Por que não poderia? — pergunto chegando para trás.
Me recuso a deixar esta toalha desatar o nó que dei acima do peito. E me recuso demonstrar qualquer tipo de nervosismo. Embora eu já esteja fazendo isso.

— Não sei. — ele se levanta e me dá uma boa olhada — A porta estava aberta. — ele diz com as mãos no bolso de sua calça. Odeio quando faz essa pose.

— Eu tinha planos de fechá-la quando saísse do banheiro. — recuo ao perceber que está vindo em minha direção.
  — O que está fazendo? — pergunto.
Ele se aproxima e eu me afasto. Até bater na parede perto da porta do banheiro.
Está perto o suficiente para que eu sinta seu hálito quente em minha pele.
Apoia uma de suas mãos acima da minha cabeça e a outra está acariciando meu queixo de forma aterrorizante o suficiente para que eu vire o rosto e feche os olhos por não querer ver o que quer fazer em seguida. Mas não deixo de sentir.

— Você queria ver como ela estava me olhando. — ele diz.
— Quero ver como você está me olhando. — sussurra. Sua voz rouca e o corpo junto ao meu.

— Não prefere os olhares delas. Sabe. Te cobiçando e tendo tantos desejos que transparecem no olhar. — ele dá uma risada.

— Consigo ver que transparece o seu também.
Ótimo.
— O que os outros não veem eu faço questão de ver e admirar de perto. — ele abaixa o olhar para meu corpo.

𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐊𝐢𝐬𝐬 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora