seven

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- AAAAI!! - o carro me empurra no chão e eu dou um grito mais pelo susto do que pela dor, que não foi muita

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- AAAAI!! - o carro me empurra no chão e eu dou um grito mais pelo susto do que pela dor, que não foi muita.

- Meu Deus do céu, tá tudo bem? - a motorista desce imediatamente e me ajuda a levantar, e só então olho para seu rosto e a acho familiar, mas não lembro de onde.

- Riley?

Ok, nós nos conhecemos. Ela parece ter visto a minha cara de confusa e logo me orientou.

- Sou a Cheryl, a gente faz aula de química juntas.

- Ah, sim! Sabia que te conhecia.

- Desculpa por ter te atropelado - ela diz com uma risada nervosa - você se machucou?

- Não, só uma ralada de joelho quando eu caí, tudo certo.

Ficamos nos olhando com um sorriso amarelo por alguns segundos de puro constrangimento, como se quiséssemos falar mas não tivesse nenhum assunto, até que ela resolve quebrar o silêncio.

- Você tá indo pra algum lugar? Quer alguma carona? Quer dizer, é o mínimo - ela diz e a risada nervosa continua.

Por alguns segundos, pensei em contar tudo para ela. Minha mãe, meu namorado, agora ex, tudo. Ela parece ser de confiança.

- Não quero te atrapalhar, não tô num dia muito bom, mas obrigada por perguntar - agora quem dá a risada nervosa sou eu.

- Sinceramente, eu também não tô. Mas eu insisto, o que eu posso fazer por você? Não quer ir pra casa?

- A minha casa é o lugar que eu menos quero estar no momento - admito.

- Você quer... Ir lá pra casa? - faço uma cara estranha e ela arregala os olhos como se tivesse falado uma besteira - Não, assim, sei que não somos amigas nem nada, mas sei lá. Prometo não ser uma serial killer maluca, mas se for te ajudar, você vai ser bem vinda.

Não sei se foi pela bebida barata que eu estava bebendo, ou pela risada engraçada da Cheryl, alguma coisa nela me trazia segurança. Então em alguns minutos já estávamos no carro chegando em sua casa. Eu não tinha nada a perder. Não queria ver a minha mãe e não tinha mais namorado. Não queria ligar para nenhuma amiga as três da manhã para pedir esse favor, então a sugestão da Cheryl me caiu como uma luva.

Passamos pelos portões da sua casa e eu fiquei impressionada com o tamanho. A Cheryl deve ser muito rica. Mas a situação ficou estranha depois que ela bateu na porta, e nada. E de novo. E de novo. A campainha? Nada.

- Vou ligar para a minha mãe, ela vai vir abrir para a gente.

Pego o meu celular

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Pego o meu celular. Aquela noite estava tão bizarra, e sinceramente eu só queria que acabasse. Disco o telefone da minha mãe e ela atende depois de tocar umas três vezes.

LIGAÇÃO ON

Amberly: Alô? Filha?

Cheryl: Oi, mamãe. Pode vir abrir a porta para mim, por favor?

Amberly: Oi?

Cheryl: A porta, mãe, estou aqui fora.

Amberly: Querida, você não ia dormir na casa da Addison?

Cheryl: Não, mãe, ela que vinha para cá.

Amberly: Filha, estou em Calabasas a trabalho, não estou em Los Angeles.

Cheryl: Ah... Ok, vou ligar para a Lucy.

Amberly: A Lucy e o Martin estão de folga esse fim de semana. Eu achei que você ia para a casa da Addison. Me desculpa, filha.

Cheryl: Hm, ok, e o que eu faço?

Amberly: Tenho certeza que você vai descobrir, querida. Preciso muito ir dormir, amanhã tenho uma reunião as 07:00. Tenta ir para a casa da Addison. Beijo filha, te amo.

Cheryl: Tchau, mãe...

LIGAÇÃO OFF

Ótimo. Desligo o celular e dou um sorriso amarelo para a Riley. Estamos trancadas para fora de casa.

- E o que vamos fazer?

Começamos a pensar. A Addison não ia dormir em casa. O Payton já estava dormindo há muito tempo naquela altura. Riley não queria ir para casa.

Tentei ignorar, mas uma pessoa vinha na minha cabeça por mais que eu quisesse excluí-la.

- Eu sei um lugar - digo já entrando no carro.

Acordo puto

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Acordo puto. Quem liga para o celular de alguém as três e pouca da manhã? Com esforço, levanto o meu braço não machucado e pego o meu celular na cabeceira pronto para mandar qualquer um tomar no cu e voltar a dormir.

Mas quando eu vejo o nome no visor, perco a raiva, e fico curioso. Por que a Cheryl me ligaria a essa hora?

LIGAÇÃO ON

Cheryl: Josh?

Josh: Oi, Cheryl. O que foi?

Cheryl: Tá acordado?

Josh: Agora sim, né?

Cheryl: Desculpa, mas preciso de um favor. Sei que não moro aí ainda, mas tô trancada para fora de casa, acha que tem problema eu passar a noite aí no meu quarto novo?

Josh: Acho que não, afinal o quarto é seu mesmo.

Cheryl: Que bom. Estamos aqui na porta, pode abrir para a gente?

Josh: Ok, aguenta aí.

LIGAÇÃO OFF

Estamos? Penso um pouco e suponho que ela deveria estar com a Addison mesmo. Bufo levantando da cama. Com certeza perdi o sono e não vou conseguir dormir de novo.

Desço os três andares e ando ainda meio irritado até o hall de entrada. Destranco a porta, e quando abro tenho vontade de bater a mesma e voltar para o meu quarto. O que ela fazia ali?

𝒎𝒂𝒏𝒊𝒂𝒄 // 𝒋𝒐𝒔𝒉 𝒓𝒊𝒄𝒉𝒂𝒓𝒅𝒔 Where stories live. Discover now