"Você pode beijar o noivo", disse o padre. Eu levantei minha cabeça. Cada par de olhos na multidão me examinou, esperando por um lampejo de fraqueza. Papai ficaria furioso se eu deixasse meu terror aparecer, e a Família de Vegas usaria isso contra nós. Mas eu cresci num mundo onde uma máscara perfeita era a única proteção oferecida e não tive problemas em forçar meu rosto a uma expressão plácida. Ninguém saberia o quanto eu queria escapar. Ninguém além de Vegas. Eu não conseguia me esconder dele, por mais que tentasse. Meu corpo não parava de tremer. Quando meu olhar encontrou os frios olhos cinzentos de Vegas, percebi que ele sabia. Quantas vezes ele incutiu medo nos outros? Reconhecer isso provavelmente era uma segunda natureza para ele. Ele se abaixou para superar os vinte centímetros que ele se elevava sobre mim. Não havia nenhum sinal de hesitação, medo ou dúvida em seu rosto. Meus lábios tremiam contra sua boca enquanto seus olhos me fixavam. A mensagem deles era clara: você é meu. Um homem de bom coração dado a um homem monstruoso. Até os monstros têm coração e ele tem toda a intenção de abrir caminho até o dele. Esta história foi escrita originalmente por Cora Reilly e estou adaptando-a ao contexto de Vegas Pete porque eles são meus favoritos. Todos os créditos vão para Cora.
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