three

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maratona 2/3

PATRICK DEMPSEY,
point of view

Ela sabia que eu não aguentaria passar o feriado com minha família, não quando a minha relação com meu pai era tão conturbada.

— Ela quer que eu passe o feriado com a família.

— Com a família inclui o seu pai também?

— Principalmente com ele. – me sentei na cama, vendo-a se aproximar. – Ela veio com aquele papo de que eu não tenho passado tempo suficiente com minha família e que faz tempo que eu não vou em casa.

— Não é como se ela estivesse mentindo, né? Talvez você devesse ir. Patrick, faz quanto tempo que você não vê sua família?

— Muito tempo.

— E você não sente falta deles?

— Às vezes, sim. Mas você sabe, eu detesto o cara. Ele pode ser meu pai, mas eu prefiro nunca mais ter que vê-lo na vida.

— Mas você vai ter que vê-lo um dia, não acha? Ele é seu pai, Patrick e por mais que ele tenha errado, você não pode esquecer que ele existe.

— Na verdade, eu posso sim.

— Então você decidiu que passar o feriado comigo era a melhor solução? E sua namorada veio também? Vou logo dizendo que se ela veio, não vai ter suíte pro casal.

— Por que não?

— Minha família é bem legal, mas eles são bem caretas em alguns aspectos, então é melhor não testar a bondade deles.

— Tudo bem, mas não precisa se preocupar, eu e Joselie não estamos mais juntos.

— Por que não? Não vai me dizer que ela estava te traindo com uma das secretárias?

— Pior que estava, e com a mais feia.

— O quê? Ela não... Ai meu Deus, Patrick! Eu ganhei a aposta então. – ela balançou a cabeça. – Quer dizer, eu sinto muito.

— Que aposta?

— Hum... – ela se fez de desentendida.

— Ellen...

— Ah Patrick, – ela se sentou ao meu lado. – ela sempre foi muito amiguinha comigo pro meu gosto. Eu ainda lembro do dia em que ela me chamou pra dançar naquele boate quando estávamos comemorando seu aniversário.

— Eu lembro desse dia. Todos os marmanjos daquela boate queriam levar vocês pra casa. – me virei pra ela. – Eu posso afirmar que eu tive uns desejos bem loucos sobre vocês duas aquele dia. – e tive mesmo, não vou mentir. Ellen era linda, marrenta e mandona, mas extremamente linda e talentosa.

— Idiota! – ela disse, se levantando. – Agora levanta daí!

— Pra quê?

— Minha família quer te conhecer.

— Eu não posso conhecê-los outra hora?

— É você quem sabe, se você não for agora, capaz deles invadirem seu quarto só pra ver como você é.

— Eles não fariam isso.

— Sabe a palavra limite, Patrick? Ela não existe nessa família, é todo mundo se metendo na vida de todo mundo.

— Menos na sua, você não mora aqui.

— Aí que você se engana. Minha avó me ligou um dia desses me dizendo que eu não deveria ir em um segundo encontro com aquele bancário porque ele era um mal educado e mulherengo.

CHRISTMAS WITH MY BOSS | dempeo - concluídaWhere stories live. Discover now