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boa leitura! comentem, votem
e tchau.

PATRICK DEMPSEY,
point of view

— Só parece que vocês sabem muito sobre a vida um do outro.

— Bem, Ellen e eu nos conhecemos há uns cinco anos, quatro deles foram construído a amizade que temos hoje.

— E esse um que sobrou? – ela apontou pra outra prateleira no final do corredor. – Pode pegar umas doze garrafas de vinho.

— Doze? – perguntei, andando em direção ao final do corredor.

— É, doze. Se tem uma coisa que a nossa família sabe fazer bem, é comer e beber muito. – comecei a pegar as garrafas e colocar no carrinho. – Então Patrick, o um ano que sobrou?

— Oh, claro. Sua neta não é a pessoa mais aberta do mundo, você já deve ter percebido isso, no primeiro ano eu pensei que ela me odiava. Ellen intimida todo mundo por onde ela passa, não fala pra ela, mas até eu me sentia um pouco intimidado quando a conheci.

— Então o que aconteceu?

— Eu descobri que ela não me odiava, Ellie só é extremamente profissional e acha que escritório não é lugar pra ficar de papinho. Tanto que nossa amizade começou na mesa de um bar e aqui estamos. – terminei de colocar as garrafas no carrinho.

— Fico feliz que você tenho conseguido derrubar um pouco das muralhas que ela construiu.

— Não foi fácil, mas se me perguntassem, eu faria tudo de novo. Sua neta é incrível. – Lila sorriu e balançou a cabeça.

— Você pode chamá-la? Eu encontro vocês no caixa.

— Claro.

Comecei a procurar Ellen por cada um dos corredores, até que eu a avistei com as garotas de mais cedo junto dela. Pelo punho cerrado, eu sabia que ela estava a ponto de pular em cima do pescoço de uma delas. Então eu andei até ela, colocando um braço ao redor dos seus ombros, dando um beijo na sua bochecha.

— Então, achou o que estava procurando, amor? – A loira olhou pra mim confusa até que eu sorri de lado, olhando para as garotas a minha frente, e ela entendeu o que eu estava fazendo.

— Achei sim, vida. Eu só parei um pouco pra conversar com as minhas antigas amigas do colégio, não é, garotas?!

— Vocês são amigas da Ellen? Muito prazer em conhecê-las, eu sou Patrick, o namorado dela. – estendi a mão para elas.

— Namorado? – cada uma delas apertou minha mão enquanto a do meio perguntou.

— É, se vocês não se importam, nós temos que ir.

— Namorado? – uma das outras perguntou. – Namorado?

— É sim.

— Como vocês podem ver, eu tenho que ir. Tchau meninas, foi ótimo vê-las novamente. – viramos para o lado oposto do corredor, em direção aos caixas, mas antes de chegarmos lá, pudemos escutar uma delas dizer:

— Como é que ela consegue sempre pegar os caras mais gatos?

Olhei pra Ellen, que segurava o riso tanto quanto eu.

— Do que vocês dois estão rindo? – Lila perguntou quando chegamos ao caixa.

— Nada. – Ellen respondeu.

— Sei. Podem deixar de papinho então e me ajudar a levar as coisas para o carro.

— Seu pedido é uma ordem, alteza, nós somos seus meros servos. — Ell proferiu.

— Odeio seu sarcasmo, neta querida, por isso você vai ajudar na organização.

— Ah, não. – Ellen grunhiu, batendo o pé no chão – Eu não...

— Muito obrigada por se oferecer, Ell. Por isso eu te amo tanto.

Já era quase noite quando Ellen chegou dos preparativos da quermesse. Claro que eu me ofereci para ajudá-la, mas ela recusou, me deixando sozinho o resto da tarde com a sua família. Acho que eu nunca me diverti tanto escutando as mais loucas histórias que essas mulheres tinham pra contar, nem mesmo quando eu estava com minha própria família. Por sorte, dessa vez, eu não era o único homem no meio de tantas mulheres. O pai de Stacy decidiu apareceu para visitar a filha, ele e Olivia já não estavam juntos, mas algo dentro dos olhos deles toda vez que ele falava dela me dizia que não era o que ele queria de verdade. Drew trabalhava em outra cidade e por isso dificultava a sua relação tanto com a Olivia quanto com Stacy, porém, em algum momento da nossa conversa, ele chegou a dizer que estava fazendo o possível para se mudar de volta para a sua cidade natal pra ficar perto da sua filha e de algum modo, reconquistar seu antigo amor. Algo me dizia que ia acontecer essa noite enquanto Olivia estivesse na barraca do beijo.

Agora aqui, estava eu esperando que Ellen e Olivia descessem o resto dos degraus para que nós pudéssemos ir.

— Cadê seus saltos? – perguntei assim que Ellen desceu o último degrau da escada.

— Você acha que eu vou colocar minhas sandálias que custam mais de quinhentos dólares na lama? Eu estou ficando velha, não louca. – ela respondeu, colocando a jaqueta.

— Acho que você não está tão certa no quesito louca.

— Só posso ser louca mesmo pra continuar trabalhando pra você.

— Você me ama, pode dizer. – ela fez uma careta, cruzando os braços. Eu ri, puxando-a para um abraço — Eu gosto quando você usa salto, mas eu também estou gostando dessa Ellen mais casual, você fica menos intimidadora.

— Me lembre de nunca usar roupas casuais outra vez. – ela me abraçou pela cintura – Eu te odeio, sabia?!

— Bem que você gostaria que isso fosse verdade, não gostaria, tampinha? – apertei seu nariz, coisa que ela detestava e quando eu estava afastando minha mão, ela tentou morder a mesma.

— Só porque eu estou cinco centímetros mais baixa não quer dizer que eu sou uma tampinha.

— Cinco centímetros? Boa tentativa, pequena, tem pelo menos uns quinze. Desculpe te informar, mas você não é alta.

— Isso só prova que eu preciso usar saltos mais altos.

— Ainda assim, você é uma tampinha. – olhei pra frente vendo a família de Ellen toda reunida na frente da porta, olhando para nós com um sorriso nos lábios.

— Vocês têm certeza que não são um casal?! – uma das tias dela perguntou.

— Não. – ela se separou de mim. – Vamos logo com isso, não quero pegar metros de filas. – Ellen saiu em disparada pela porta sem nem ao menos me esperar.

eles = 😡☠😌🥺🤗🥰

CHRISTMAS WITH MY BOSS | dempeo - concluídaWhere stories live. Discover now