Capítulo Quatro Coliseum de Wowttedour

157 98 25
                                    

As terras naquela parte pareciam mortas. Não se via flores e folhas verdes. As plantas se mantiam secas e cinzas. A única coisa que se via, era uma escuridão devastadora. Aquele lugar era o Pântano das Mil Noites. Mais a frente vários monitores passaram voando em vassouras mágicas, cavalos alados e dragões. Os novos aprendizes ficaram de boca aberta. Duas horas depois, o gigante Maremoto começou a dar uns ruídos que ficaram cada vez mais fortes.

- Se segurem! - gritou um coletor - estamos entrando no Círculo de Luz.

Havia um círculo azul ao redor do Coliseum, aquele círculo era de proteção. Nenhum ser mal intencionado podia passar por esse círculo. Os aprendizes trocaram olhares assustadiços e se seguraram. Finalmente eles tinham chegado ao Coliseum de Wowttedour. A multidão começou a descer. Rebb e Vandey foram esmagados. Ao saírem os três se depararam com um monumento enorme. O lugar era cheio de coisas luminosas e tinha um imenso degrau. A escada era de marfim.

Uma placa dizia:

Bem-vindos ao Coliseum de Wowttedour, um lugar perfeitamente diferente, onde seus habitantes vivem em harmonia, são alegres e adoram a natureza.

- Santo Deus! - espantou-se um menino ruivo - nunca vi um tão grande.

No Coliseum havia vários seguranças, eles eram gigantes, os famosos Glolocs. Todos com apenas um olho enorme no meio da testa. Eles vestiam uma espécie de armaduras. Cada um tinha um cajado mágico. Haviam também centauros que eram monitores.

- Aprendizes novos - disse um deles - me sigam.

Clara Luz e Gifeira se despediram das crianças. Eles acreditavam que aquele era o local certo para as crianças treinarem seus poderes. Sabiam também que aqueles jovens carregavam poderes extraordinários. Os aprendizes seguiram o centauro até a grande entrada, o portão de carvalho. Ao entrarem eles observaram a grande obra de artes que era o local. Existiam abóbadas e arcos enfeitados e combinados de muitas formas. No primeiro salão ficava uma imensa escada de mármore que se dividia em duas partes. A da direita ia para o primeiro andar e a da esquerda dava acesso aos demais cômodos. No começo do corrimão se estalavam duas estátuas em formas de leões. Em toda parte candelabros iluminavam o local. O centauro subiu a escada de mármore na extremidade direita, onde eles poderiam descansar e dormir. Pois era exatamente nos quartos que a escada ia dar. Em cada quarto havia o nome do aprendiz. No primeiro quarto nomes se projetaram com letras cintilantes:

Willie Collins
Riquel Ratth
Ivy League
Xine Hivouard

Os quatro empurraram os outros para passar, abrindo caminho entre a aglomeração.

- Bem - disse o centauro - é aqui que vocês ficam. No começo da noite venho buscá-los para o ritual das academias. Suas coisas já estão em suas camas. Descansem um pouco - E assim eles entraram e os outros prosseguiram. Logo adiante, no segundo quarto se projetaram novos nomes:

Megno Mourem
Ziro Wifle
Dreck Maloy
Vandey Vowtty

Em seguida, o centauro falou a mesma coisa. Rebb ficou muito envergonhada ao ver o nome de Ziro Wifle, que deu um sorrisinho pra ela. Assim, os outros continuaram e Vandey entrou no quarto com os outros três garotos. Ao abrirem a porta, eles tiveram uma grande surpresa. Havia quatro camas de madeira cobertas por um lençol de estrelas. Em cada cama havia um letreiro com o nome do aprendiz. As paredes tinham cortinas de veludo azul. As janelas eram baixas e estreitas. Tudo iluminado por castiçais. Vandey logo avistou seus pertences. Megno pulou na cama. Que era super fofa e macia.

- Isso é demais - disse Megno.

- Uau! - falou Ziro, pulando na sua cama.

- Nossa! - exclamou Dreck Maloy, olhando para uma mesa repleta de comida.

- Bolinho de bem-me-quer - disse Megno - meus favoritos.

Eles correram pra mesa e começaram o banquete. Vandey achou meio estranho aquela falta de educação, mas ele seguiu os colegas. Havia naquela mesa de tudo um pouco. Vandey comeu um pedaço de inhambu assado e várias outras coisas que deixaram ele cheio. Alguns minutos depois eles não conseguiram comer mais nada. Quase não ficaram de pé e se jogaram nas camas. Os garotos acabaram dormindo. Uma hora depois os meninos foram acordados por uma batida forte na porta. Ziro correu atordoado para debaixo da cama. Megno fez o mesmo. Vandey que estava coberto continuou do mesmo jeito que estava.

- Deve ser um Troll - disse Ziro.

- Ou um Trasgo - falou Megno, amedrontado.

Antes que Dreck falasse alguma coisa. Um coletor abriu a porta.

- Tomem banho e desçam - disse ele - daqui meia hora vai começar o ritual. Não esqueçam o fardamento. É só falar: - Farfiz!

Vandey deu comida para o rato e Megno alimentou seu porco alado, que ele botou pra dentro do quarto pela janela. Em poucos segundos, os meninos banharam, falaram a palavra, como um passe de mágica eles estavam vestidos e bem arrumados. O fardamento era igual para todos. Uma alva cinza. Trinta minutos depois outro coletor foi pegar os garotos. Eles foram descendo a escada. Nas paredes apareciam figuras de criaturas mágicas.

- Vamos, logo - chamou o coletor, quando ele viu Megno parado olhando as imagens.

Os estudantes ouviram um som ambiente. Era uma música lenta. Os cinco subiram a escada na direção esquerda. Havia uma imensa porta. Vandey sentiu um frio na barriga. A porta era feita de sequóias. De repente ela se abriu. Eles foram saudados por uma zoada de conversas, risos e cochichos. Os garotos ficaram nervosos, pois quando a porta se abriu todos ficaram olhando para eles. O anfiteatro era gigante. As paredes eram cobertas por trepadeiras verdes. O anfiteatro era dividido em quatro academias, cada uma de uma cor diferente que representava um elemento. Ao fundo a mesa dos magistrados e do lado uma tábua com potes de vidro. Em cada pote havia uma criatura mágica, representando as quatro academias de artes mágicas. O fogo era representado por uma criatura mágica chamada Salamandra. A água era representada por uma Sereia. A terra era representada por uma Manticora e o ar representado por uma Fênix. Antes da mesa dos magistrados tinha um pequeno altar, detalhado em forma de cabeça de servo.

- Vamos para a mesa dos novatos, me acompanhem - disse o coletor.

Para a infelicidade deles a mesa era a mais longe da entrada. Os meninos foram andando até a mesa. Eles sentaram em um banco próximo de Rebb. Também sentavam a maioria dos aprendizes que estavam no Maremoto, inclusive Pan Coriz. Sete seres entraram e se sentaram na mesa dos magistrados. Haviam duas piras de fogo uma em cada lado da mesa. Vandey olhou para eles, um dos magistrados que usava vestes pretas lhe encarou. Vandey mudou a vista rapidamente.

- Vocês conhecem algum deles? - perguntou Vandey para os companheiros de quarto.

Os garotos se olharam.

- Eu conheço - disse Rebb Resley.

- Sério? - perguntou Dreck.

- Sim - respondeu a garota - aquele do meio é o mentor máximo da escola, o Mago Cosmo Salazin.

Olá, espero que tenha gostado. Um abraço.

Vandey Vowtty e a Caixa de LamittleWhere stories live. Discover now