Você tem os olhos dela...

908 68 16
                                    

- Como assim com o passar dos dias começou a gostar de mim? Uma mãe deveria amar seu filho quando ele ainda está em seu ventre. - Afirma Can.
- Esse é o ponto Can...eu tive e tenho carinho por voce, mas sempre que te olhava...me lembrava dela, e eu não suportei aquilo. Eu gostava de você, sentia carinho, sabia que voce não era culpado de nada...mas ao mesmo tempo havia uma luta dentro de mim entre dar o carinho de mãe que voce precisava ou te odiar pelo o que voce significava. Então eu não escolhi nenhuma das duas opções...mas escolhi ir embora porque essa luta me atormentava e eu não queria te odiar, você era apenas uma criança...mas ao mesmo tempo não conseguia dar o carinho que você tanto necessitava porque como eu disse olhar pra você me lembrava dela. - Diz Huma olhando nos seus olhos deixando escapar duas lágrimas que ela logo limpa. Ela vê a confusão nos olhos de Can e as lágrimas não derramadas, que estavam prestes a cair.
- Você é o fruto do amor do homem que eu amei com aquela que um dia foi minha amiga. E a verdade é essa Can... EU NAO SOU SUA MÃE.  - Diz Huma com um traço de tristeza.
Can, que até agora tem tentado entender o que ela falava e evitado derramar as lágrimas,  as deixa cair não podendo evitar a dor que se instala no seu coração. Olhando a sua frente aquela a qual pensou ser sua mãe a vida inteira, sabendo agora que ela nunca realmente foi. Ele não consegue compreender, como fizeram ele acreditar que ela era sua mãe, porque nunca o contaram? E o mais importante... quem é sua verdadeira mãe?
- Como? - pergunta Can em um quase sussurro.
- Tudo começou quando sua mãe que era minha amiga namorava o dono de uma das maiores agências de publicidade. Eu a invejei, e quando ela me apresentou Aziz eu gostei imediatamente dele, queria ele para mim. Não sei se me apaixonei naquele dia a primeira vista ou não, só sei que me apaixonei. Depois disso comecei a sair com Aziz e sua mãe. Sua mãe me falava muito sobre ele e durante esse tempo eu ia conhecendo e sabendo mais sobre ele. Alguns meses depois fui a casa de Aziz,era véspera do casamento dele com sua mãe e eu queria fazer de tudo pra impedir. Ele me perguntou o que eu estava fazendo lá, eu disse que tinha ido ver como ele estava a pedido da sua mãe, alegando que ela estava muito nervosa e angustiada. Ele me ofereceu entrada para dentro da casa e disse que estava bem e que não precisava se preocupar. Eu ofereci a ele blindarmos ao casamento e prontamente ele aceitou, ele estava feliz que ia se casar com sua mãe. Eu mesma pedi para preparar as bebidas e coloquei sonífero na bebida dele. Nos blindamos, falamos um pouco e depois de alguns minutos ele começou a sentir o efeito do remédio. Ele se levantou e cambaleou, eu me ofereci para levá-lo até ao quarto, no começo ele não queria, mas quando viu que não conseguia e eu insistia muito, ele acabou aceitando minha ajuda. Assim que pousou na cama ele desmaiou, eu tirei sua roupa e depois a minha, deitei ao lado dele e dormi. Acordei algumas horas depois com o grito da sua mãe, Aziz também acordou e nos olhou confuso. Sua mãe gritou e disse muitas coisas, e também cancelou o casamento; Aziz tentava explicar que não se lembrava de nada, mas sua mãe foi embora sem o escutar. Aziz me olhou furioso e perguntou o que aconteceu pois não lembrava de nada, e eu menti dizendo que tínhamos dormido juntos. Ele disse que nunca teria feito isso se estivesse em sã consciência, e me expulsou.
Um mês depois fui ao médico para exames de rotina e vi sua mãe, mas ela não me viu; me surpreendi por que tinha procurado ela durante aquele mês e não conseguia. Vi que ela entrou para ver o ginecologista e logo depois descobri que ela estava grávida de dois meses. Classifique um exame de gravidez e fui ver Aziz e disse que estava grávida. Ele como cavalheiro e homem se casou comigo. Aziz viajava muito, então ele mal percebeu minha barriga, eu usava uma falsa, as vezes que ele queria acariciar eu não deixava e a gente não dormia juntos foi decisão de Aziz, antes de nos casar, mas depois que você nasceu isso mudou um pouco, por isso depois veio Emre. Eu evitava encontrar seu pai quando ele chegava das viagens, pois tinha medo que ele descobrisse a qualquer hora. Durante toda sua gestação eu acompanhava sua mãe do hospital, uma enfermeira a qual eu paguei me manteve informada das consultas e do dia do parto. No dia em que ela te deu a luz a enfermeira me ligou dizendo, então liguei para Aziz e disse que ia pra casa da minha irmã por que estava doente e eu precisava ajudá-la. Quando cheguei lá, paguei ao médico que ia fazer o parto para me dar a criança e dizer a mãe  que a criança tinha morrido, ele aceitou. Liguei para a Aziz e disse que o bebê tinha se adiantado e que estava indo pra casa no outro dia, ele nem desconfiou... voltei e fingi que tinha acabado de dar a luz. - Contou Huma cabisbaixa, enquanto isso Can que não tinha parado de derramar as lágrimas, tentava absorver tudo que ela lhe contara e quando ela terminou ele explodiu toda dor, raiva, e saudades...saudades da mãe que nunca conheceu, saudades do amor que não pode receber da sua verdadeira mãe.
- Como você pôde? - Gritou Can batendo com o punho na mesa furioso fazendo Huma se assustar.
- Algum problema? - Diz um policial que acabara de entrar depois de ouvir os gritos e a batida na mesa de Can.
- Porque eu amava Aziz e o queria... - Diz Huma cabisbaixa.
- Você me privou do amor da minha mãe, enganou a ela e ao meu pai, você foi egoísta,  má, manipuladora, você é um monstro por fazer uma mãe acreditar que seu filho morreu e logo depois toma-lo e faze-lo seu, negando o amor que ele precisava e necessitava.
- Can... - Diz Huma.
- Cala a boca! - Grtia Can mais uma vez. Só quero que me responda uma coisa.
Porque odeia Sanem? Porque tentou mata-la?
- Porque ela me lembra Mihriban, sua mãe. Ela não é boa o suficiente para você, Can ela não é do seu nível. - Respondeu Huma.
- Você não é e nunca foi ninguém para se intrometer na minha vida ou saber quem é ou não o suficiente pra mim, isso eu que decido.
Nunca mais chegue perto de mim ou de Sanem. E não ouse fazer nada contra Pólen, sei das suas ameaças a ela e Metin também já foi avisado. Então se algo acontecer a ela, seja física ou profissionalmente você sofrerá as consequências, Metin já cuidou de tudo, basta tocarem nela e você será a responsável, e com isso passará muito mais anos na cadeia. - Diz Can e antes de sair pela porta ele vira e pergunta: - Porque me contou isso? Porque agora?
- Por que por mais que eu odeie ela, eu compreendi, tarde demais, que você merece saber a verdade, mesmo que com isso vice me odei mais ainda. Saiba que não me arrependo de tê-lo roubado Can, me arrependo de não ter lutado contra meus próprios demônios e ter ficado e te dado todo o carinho que você precisava, pelo menos o que eu tinha pra te dar, memso que eu não fosse sua verdadeira mãe. Mesmo que nao acredite você me conquistou, mas seus olhos... Você tem os olhos dela, e isso sempre me lembrou que eu não tinha o amor do seu pai. Fique tranquilo, não me aproximarei de você ou Sanem, e não farei nada contra Pólen. - Disse Huma deixando uma lágrima cair.
- Voce a odeia, mas ela sempre quis sua aprovação por ela estar comigo. Foi ela que me aconselhou a tentar te perdoar, a deixar você se aproximar. E eu fiz, porque a amo e ela sempre me faz ser melhor a cada dia. Mas nada, absolutamente nada justifica o que você fez. - Diz Can com raiva e dor, saindo e batendo a porta deixando Huma em lágrimas. Ele foi para a cabana, lá ele se deitou de lado, abraçou seus joelhos e chorou como aquela criança a anos chorou quando foi abandonado por aquela que ele pensava ser sua mãe. E agora chora mais ainda pela dor da sua mãe pensando que ele estava morto, pela sua dor ao saber sobre sua verdadeira mae, e ao pensar que poderia ter tido o amor e carinho de mãe que sempre precisou e sonhou. Ali ele passou horas chorando e soluçando na mesma posição.
- É isso! -Termina de contar Can chorando .
- Eu te amo e sempre estarei ao seu lado. - Diz Sanem chorando e abraçando Can forte, ele se deixa abraçar por ela, pelo amor dela, pela vida dele que é ela. Ali eles passam algumas horas e logo depois Sanemo chama pra entrar e dormir. Can levanta e entra com ela, ele deita no sofá cama exausto pelas emoções e pelo choro, Sanemo o cobre e se vira para sair.
- Não vá... - Diz Can segurando sua mão e implorando com os olhos.
- Eu Não vou... vou ficar com você, não vou te deixar, vou só apagar o fogo lá fora e volto - Diz Sanem dando um sorriso suave e um beijo na sua testa.
- Sanem sai, apaga a fogueira e entra fechando as portas. Ela deita ao lado de Can que já está dormindo. Sanem acaricia seus cabelos... e logo adormece.


*****

** Boa noite gente, mais um capítulo para vocês.

** Espero que gostem, votem e comentem por favor.

** Agora vocês já sabem o porquê de Huma abandonar Can, o que ela realmente tava querendo dizer a ele.

** Can procurará a sua mãe? Huma disse que antes de descubrir sobre a gravidez dela tinha a procurado mas não a encontrou, onde ela estava? E onde está hoje, depois de anos pensando que seu filho está morto?

** Can agora precisará muito de Sanem. Ela já sabe, afinal de contas esse capítulo é Can lembrando de tudo e contando a Sanem.

** Huma garantiu não tocar em Polen e nem se aproximar de Sanem e can, ela cumprira o que disse.😉

* Até o próximo capítulo 😘

Albatroz (PAUSADA)Where stories live. Discover now