Capítulo 12

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Ao chegarem em casa, Veronica ajuda seu pai a tirar Toni da carruagem. Toni bêbada parecia que pesava três vezes mais que o seu peso normal.

- Não sei o que fiz pra merecer uma filha assim! - Lamentou Thomas. - Vamos levá-la para o quarto.

Carregaram-na até seu quarto jogando seu corpo sobre o colchão. Toni encarou a irmã e balançou a cabeça em negação.

- Custava ter se controlado, Toni. - Opinou. - Uma mulher tão nova e tão entregue aos vícios. Vergonhoso!

- Cala a boca, sua molenga! - Grita Toni assustando até seu pai que ainda estava no quarto. - Você estava dando em cima da minha noiva. Quem devia ter vergonha era você!

Thomas desistiu de permanecer no mesmo ambiente que Toni, então saiu. Veronica suspirou buscando forças pra não xingar a irmã.

- Vem, vou te ajudar a tomar um banho.

Veronica suspendeu Toni e a levou até debaixo do chuveiro. Deixou que a água caísse sobre a cabeça da irmã que resmungou da temperatura. Deixou que Toni retirasse sua roupa e voltou quando ela já estava de roupão.

- Vou pedir pra Betty te trazer um café 

forte. - Veronica ajeita a irmã sobre a cama.

- Por que você faz isso?

- Você está me perguntando por que você me xinga, me insulta e eu cuido de você mesmo assim?- Veronica segura a marçaneta da porta. - Por que você é minha irmã, Toni. Eu faço qualquer coisa por você.

Toni ficou muda e assim Veronica saiu do quarto rapidamente. Foi até a cozinha solicitar a Betty que fizesse um café forte pra Toni. Na volta, encontrou sua mãe no caminho.

- Como está Toni? - Abordou sua filha mais nova.

- Já tomou um banho e já pedi a Betty que levasse um café para ela. É só questão de tempo e ela já já estará melhor.

Katy assentiu e Veronica então dirigiu-se para seu quarto. Estava cansada e envergonhada pela vergonha que Toni a fez passar na frente de Cheryl.

Betty abriu a porta do quarto de Toni carregando uma bandeja com uma xícara de café. Repousou o objeto sobre uma mesinha e entregou a xícara á sua patroa.

- Aqui está, forte e bem coado. - A jovem inocente encara Toni. - Mais alguma coisa, Sra. Toni?

- Sente-se aqui, Betty. - A menina dá duas batidas na cama. - Já lhe disse o quanto seus olhos são lindos?

- Não, Sra. Toni. - Ela abaixa a cabeça, tímida.

- Então agora saiba que seus olhos são lindos. Sua boca também, seu corpo também...

Betty deixou-se levar pelos galanteios de Toni e acabou cedendo. Ainda pura, deixou ser tocada pela primeira vez por alguém que ela jurava que iria assumi-la após tal coisa. Pobre garota, enganava-se grandemente.

Acabou adormecendo nos braços de Toni que também deixou-se ser levada pelo sono.

Já pela manhã, Veronica foi até a cozinha pedir a Ágata que começasse a servir o café. Estranhou não ter visto Betty, então perguntou pelo seu paradeiro.

- Onde está Elizabeth, Ágata?

- Não vejo Betty desde que foi levar café para a Sra. Toni ontem. Ela também não apareceu no quarto.

Bufou imaginando onde Betty deve estar agora e vai até lá rapidamente. Abriu a porta encontrando Betty jogada de maneira folgada por cima de Toni. Contou de um até três mentalmente fazendo de tudo pra não explodir.

Chegou perto das duas e então puxou o lençol que as cobriam com tudo. Toni acordou assustada e Betty abriu os olhos gritando, com medo.

- Eu não acredito que você deixou ser levada pela lábia da Toni, Elizabeth. Você sabe quantas empregadas trabalharam aqui antes de você? Mais de trinta, Elizabeth!

Ela tentava esconder seu corpo com os travesseiros por enquanto que Toni encarava a irmã de um jeito que não estava entendendo nada.

- Ela vai me assumir, Sra. Veronica. - Ela chorava. - Sou sua mulher agora. Ela me prometeu enquanto nos amávamos ontem. Não é, Sra. Toni?

- O que aconteceu? - Toni parecia que foi atropelada por uma cavalaria. - Por que a Elizabeth está na minha cama? Ai meu Deus, que dor de cabeça!

Nesse momento Thomas invade o quarto soltando um palavrão ao ver Elizabeth seminua na cama de Toni. Pronto, a confusão estava feita!

- Quando eu penso que está ruim, piora!- Ele berra e Veronica tem que se afastar pra não ficar com problemas auditivos. - Ágata! Ágata!

Veronica encosta na parede aguardando o desenrolar dessa palhaçada toda. Ágata entra ofegante no quarto assustando-se ao ver Elizabeth nas condições que estava.

- Leve a Elizabeth daqui e trate de seguir aquelas regras de sempre. - O pai ordena. - Eu quero todos fora daqui. Minha conversa agora é só com a Antoinette.

Ágata sai amparando Elizabeth que chorava desconsolada. Coitada, vai receber um bom dinheiro pra esquecer o que houve ali e provavelmente vai ficar traumatizada.

Veronica sai do quarto logo atrás e encontra sua mãe preocupada.

- Não adianta, mãe. A Toni só faz o errado, o que decepciona. - Diz vendo o horror estampado no rosto de sua mãe.

- Ou o seu pai mata a Toni ou eles finalmente vão ter uma conversa decente.

Deixou sua mãe encostada na porta querendo ouvir alguma coisa e foi tomar seu café. Já fez tanto pela irmã e ela não muda.

Toni esfregava as têmporas tentando fazer a dor que a incomodava passar. Thomas puxa uma cadeira e senta na frente de Toni.

- Não adianta querer conversar, melhor me bater e ir embora. - De ressaca, Toni falava baixo afim de não piorar seu estado.

- Sinceramente eu estou tentado a fazer isso, mas não vou. - Thomas encara a filha. - Pela primeira vez eu quero conversar com você e entender por que você age dessa forma totalmente inconsequente. 

Toni, você não tem mais idade pra estar agindo assim, como adolescente revoltada com o mundo e com os pais.

Lauren respira fundo procurando entender por que seu pai quis conversar com ela. Por que depois de tanto tempo ele quis estabelecer um diálogo sem violência.

- Eu não sei. - Toni se viu espantada com a própria resposta. - Talvez eu quisesse a sua atenção, pai. Você só tem olhos pra Veronica, seus elogios sempre é pra ela. Nem me sinto sua filha...

- Não seja tola, Antoinette! - Thomas levanta da cadeira inconformado com a resposta que ouviu. - Sempre amei as duas, sempre elogiei as duas. As duas são minhas filhas, as duas! Não venha com desculpas esfarrapadas...

- A é? - Ela levanta-se encarando o pai, olho a olho. - Qual foi a última vez que você me elogiou? A vinte anos atrás? Quando foi que você me chamou pra ir com você andar pelo vilarejo? E o mais importante, quando foi a última vez que você disse que me amava? - Toni esperava Thomas respondê-la, o que não aconteceu. - Não precisa responder por que eu sei que você não lembra. Mas se eu perguntar quando tudo isso aconteceu entre você e a Veronica, você é capaz de me dizer até a hora. Agora sai do meu quarto, por favor.

Thomas engoliu seco tentando lembrar de quando demonstrou carinho a sua filha pela última vez, mas nada vinha na lembrança. Retirou-se antes que sua filha lhe passasse mais verdades em sua cara.

Prometida à Alfa - ChoniOù les histoires vivent. Découvrez maintenant