Capítulo 57

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Cheryl virou-se bruscamente afastando-se do assassino que agora estava em sua frente, cara a cara. A admiração nos olhos de Hal causava medo em Cheryl.

- Desejei muito estar frente a frente com você, Penélope. - Ele caminha em sua direção e ela recua.

- Eu sou a Cheryl, seu imundo! - Bradou entre os dentes. - Penélope é o nome da mulher que você matou, a minha mãe.

Hal para e então parece recordar-se de algo que há muito tempo não lembrava. Cheryl, muito assustada, virou-se e saiu correndo, mas Hal apareceu em sua frente fazendo-a estancar.

- Penélope ou Cheryl, tanto faz. São uma só mesmo. - Ele toca no rosto de Cheryl que fecha os olhos com medo de qualquer reação louca dele. - Não vamos alongar demais essa conversa, princesa. Um passarinho preto me contou que sua gravidez é arriscada por que você está passando pelas fases ruins do ócsio. Aposto que se recusa a tirar o cachorrinho da sua barriga.

- Meu bebê não é cachorrinho, seu maldito! - Cheryl bate em Hal que a impede segurando seus pulsos. - Me larga, seu monstro!

- Para de dar chiliques, Cheryl! - Hal grita fazendo Cheryl encolher-se de medo. - Estou aqui para te dar a solução para os seus problemas. - Ele tira do bolso um vidrinho com um líquidobamarelado. - Isso aqui fará você levar sua gestação até o fim sem nenhum efeito indesejável do ócsio.

Hal agita o líquido na frente de Cheryl fazendo a mesma encará-lo. Ela engole seco e pisca os olhos algumas vezes.

- Você está blefando! - Riu de contragosto. - E como você sabe tanto da minha vida?

- Eu sei tudo sobre a mulher que eu sempre amei. - O jeito que Hal fala deixa a garota enojada. - Mandei as melhores bruxas prepararem isso pra você. Essa é só a primeira dose.

- Você não iria me dar uma coisa dessa assim, do nada. Eu não acredito em você.

- Você vai morrer, Cheryl. - Hal abre os braços. -  Se continuar assim, será ou você ou o bebê. Não tem escapatória a não ser que tome todas as doses disso aqui. , Ele torna a agitar o líquido. - Eu quero você viva, muito viva pra ser minha. Acha que eu iria te matar de novo tendo a chance de ter você? Eu não sou burro.

Do nada, Hal olha por trás de Cheryl parecendo estar ouvindo algo. Logo torna a olhar para a mesma.

- Toma. - Ele joga o vidrinho e a mesma agarra. - Quando decidir tomar esse, precisa me procurar para conseguir mais. Esse lugar aqui será nosso ponto de encontro. Caso não tome, sinto muito, mas você não viverá pra ver seu filho nascer. Até breve.
Hal some e Cheryl ouve pisadas fortes vindo ao seu encontro. Enfia o vidrinho no decote e passa as mãos pelo rosto. Dois lobos param perto da garota que arfa ao vê-los. Um era Toni e o outro era Vero.

Toni rosna forte pra Cheryl e logo se abaixa para ela subir nas suas costas. Dá um olhar estranho para Vero e segue em passos lentos para casa deixando a amiga pra trás.

- Desculpa. - Cheryl sussurra para Toni que rosna outra vez.

Ao chegar em casa, Cheryl é recebida por Katy e Thomas que aguardavam na porta. Ao descer das costas de Toni, Cheryl recebeu um abraço forte dos sogros.

- Você quer nos matar, menina? - Ralhou Katy. - Nunca mais faça isso, por favor. Vamos entrar, está frio.

Depois que entrou, Cheryl seguiu diretamente pro quarto. Antes de fechar a porta, Toni coloca a mão e entra. Ao ouvir a porta sendo fechada atrás de si, bufou.

- Eu nem sei o que falar com você, Cheryl Topaz Blossom. - Toni diz possessa. - O que deu em você pra sair assim, sem nem me dizer?

- Eu já tinha dito que iria me encontrar com ele, Toni. Só resolvi sair sem você ver por que sei como você é. - Explicou-se em um fio de voz. - Você está muito brava?

- Brava? - Toni debocha. - Tô afim de te dar umas belas palmadas pra você deixar de ser malcriada.
- Ela puxa os seus cabelos. - Você sabe como eu fiquei ao voltar aqui e não ter te visto? Ao cogitar que você foi se encontrar com o cara que matou sua mãe e tocou o terror nas nossas vidas? Cheryl, eu não estou brava, eu estou mais que isso. É melhor eu nem dormir aqui hoje.

Ao ouvir isso, Cheryl se aproxima de Toni e enlaça seus braços no pescoço dela. Beija levemente seus lábios fazendo-a desarmar.

- Não fica longe de mim, não. Eu preciso de você, por favor. - Cheryl encosta sua cabeça no peito de Toni. - Ele não fez nada comigo, apenas deixa essa conversa pra amanhã. Amanhã eu te explico tudo.

Toni assentiu e então carregou Cheryl até a cama. Avisou que iria tomar um banho e deixou a garota sozinha. A mesma tirou do decote o vidrinho e escondeu dentro de uma bolsinha que sempre usa quando sai. Iria contar a Toni sobre a conversa que teve com Hal, mas não queria que fosse agora. Estava exausta e com muita informação pra digerir. Abraçou o travesseiro inalando fundo o perfume de Toni e então dormiu.

No outro quarto, Veronica fazia companhia pra Betty que ainda estava agoniada.

- Ainda bem que a Cheryl chegou bem. - Betty senta na cama. - Mas essa sensação não passou ainda.

- Eu não consigo entender o que você está sentindo, Betty. - Veronica coloca as mãos nos bolsos. - Tenha calma, você já vomitou umas três vezes. Quer alguma coisa?

- Quero que essa sensação vá embora. - Choraminga. - Algo estar por vir, Veronica. Algo muito ruim.

Veronica encarou o teto tentando imaginar que coisas ruins são essas. Tantas coisas já aconteceu que ela já ficava receosa ao ouvir essas palavras.
Thomas conversava com Katy no quarto. Os dois estavam preocupados com Cheryl e seu neto ou neta.

- Ela se recusa a tirar o bebê, Thomas. - Katy diz passando uns cremes no corpo. - Ela vai arriscar a própria vida por amor ao seu filho.

Thomas assentiu ao encarar o rosto da esposa. Cheryl realmente estava disposta a arriscar a própria vida pelo bebê, mas não sabiam eles que a ela foi dada uma solução. Uma solução perigosa, mas quando se fala em filho, só as mães sabem do que são capazes.

Prometida à Alfa - ChoniWhere stories live. Discover now