Capítulo 10

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Cora estava atordoada com o que tinha acabado de acontecer, em todos seus 22 anos de vida nunca pensou que iria estar em uma situação na qual havia dois homens bonitos querendo sua atenção, mas pelo visto, sua chama para héteros podres era de fato coisa de outro mundo. Meu cupido é gari, como já falava Marília Mendonça, pensou ela.

Por mais que não tenha visto a perseguição por parte de Noah e Léo, Cora se sentia perseguida, não apenas por ser enquadrada em sua casa, mas porque ambos lhe causavam sentimentos ruins, lembranças ruins... Embora tivesse tentado recuperar as coisas com Noah, nada deu certo, afinal, ele mentira para ela, o que foi um ponto importante para que tomasse a decisão de voltar pro Brasil e fazer algo que importasse de verdade.

Cora estava a caminho de algo que poderia entregar o final feliz que tanto sua avó merecia, ela havia encontrado a casa do sobrinho de Alberto, que provavelmente hospedava o tio, que segundo sua avó, estava na cidade. Eles moravam do outro lado do gramado, o que resultava em alguns longos minutos entre semáforos, engarrafamento e turistas passando pela rua como se não existisse nenhum carro por ali.

A casa de Eduardo, irmão de Alberto era simples e bonita, por fora os enfeites de natal ainda estavam por lá, cercando toda a casa, era a primeira vez que Cora via uma casa tão natalina fora das estruturas turísticas que a prefeitura sempre montava. Ela estava nervosa, com medo, talvez fosse uma péssima ideia convidar alguém para reencontrar um amor que viveu há anos atrás, mas ela já estava ali, o que mais poderia fazer? Era seu último desejo a ser realizado, e o mais importante até agora.

"dindon" — Ela tocou a companhia

— Cora... Me desculpa se vim sem avisar — Falou Léo, aparecendo de repente.

— Meu Deus, o que você está fazendo aqui? — Falou ela irritada

— Cora... — Chamou Noah, saindo do carro do pai dela

— Noah? O que você está fazendo com o carro do meu pai?

— Eu...

— Não importa, saiam daqui, esse não é o melhor momento...

— Olá, Boa tarde — Falou um homem, ao abrir a porta

— Oi — Falou Cora, deixando os meninos de lado, envergonhada. — Boa tarde, você é o Eduardo Van Edell? Bem, eu sou Cora Becker, marquei um encontro com você, hum, deixe-me ver — Cora olhou no relógio que abraçava seu pulso — Há uma hora atrás, me desculpe, eu tive vários imprevistos — Falou ela olhando para Noah e Léo, respectivamente.

— Tudo bem moça, pode entrar. Todos vocês — Falou o homem, olhando para os meninos que estavam desconfiados.

Cora e seus admiradores entraram na casa singela do homem que aparentava ter mais de 50 anos, ela fitou todo lugar em busca de alguma foto ou vestígio de Alberto. Eles sentaram no sofá, cora entre os dois homens, Noah a esquerda e Léo a direita, ambos sem saber o que estavam fazendo ali, o que Cora estava fazendo ali, mas estavam lá, ao lado dela..

— Aceitam alguma coisa para beber?

— Água — Falou Noah

— suco — Falou Leo

Cora olhou para ambos, com o olhar lançando fogo

— Não, senhor, não queremos nada, obrigada mesmo assim.

— Tem certeza? — Falou o homem desconfiado

— Claro!

— Ok! — Falou o homem sentando-se na poltrona.

— Bom, seu Eduardo

— Só Eduardo, por favor!

— Então... Eduardo, eu vim aqui porque tem uma pessoa que você conhece e que eu gostaria de conversar.

A lista de desejos de Cora BeckerWhere stories live. Discover now