1 | Feliz ano novo! [Parte 1]

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Bernardo, 31 de dezembro de 2012.

Talvez essa seja mais uma história clichê da sua coleção, porque minha vida não é tão diferente dos demais adolescentes de dezesseis anos. Digo, dos adolescentes com uma vida normal na adolescência. Talvez diferencie por já ter passado pela fase do me assumir gay pra geral, já ter me apaixonado e jurar que tinha um namorado incrível ao meu lado. 

Bom, continua sendo clichê se eu disser que o maldito me traiu da pior forma que podia e ainda me forçou a assumir a responsabilidade por tudo? Relacionamento tóxico que fala? Então, ao menos me livrei do embuste, do que rolou no passado, e por mais que ainda faça parte dos meus pensamentos, são motivos que levam a seguir adiante. Acho que minha história começa nesse processo de recomeço.

É por isso que decidi pular toda aquela parte de mentira e traição e começar pelo segundo dia mais típico de iniciar uma história, o tão esperado 31 de dezembro (o dia mais óbvio, com toda certeza, é o primeiro dia de aula, rs). Dia em que a gente faz tantas promessas para o ano posterior que nem sempre cumprimos. Ainda assim continua sendo um depósito de expectativas. O dia da virada de ano de 2012 para 2013 marcou minha vida porque me trouxe uma nova perspectiva de como seria insano o ano que adentrava. E eu, inocente, achando que 2012 tinha sido intenso.

Pra quem chegou até aqui, meu nome é Bernardo e já paro de enrolação pra seguir com a narrativa da minha vida. Espero que se sinta representado em algum momento.

[...]

[De repente Raskólnikov estava ao meu lado meio a escuridão... Perguntava ao assassino como tinha coragem de cometer tal atrocidade com uma senhora indefesa. O rapaz sorria de canto e me respondia: "Ninguém é tão inofensível quanto parece, B [Ele estava íntimo de me chamar de B. Eu estava íntimo de um assassino ficcional? Ahh!]. 

— É isso que pretende fazer com Arthur? — Me pergunta.

— Poxa, seria meu sonho? — Respondia friamente...

— Sim, Bernardo, seria seu sonho! — Escuto com ar de sarcasmo. E não era o assassino russo do livro do Dostoiévski.

"Sinto" um objeto na minha mão. Seria para golpear meu ex assim como ele feriu aquela senhora? Espera... Uma luz explode em nossa direção, o personagem de Dostoiéksvi já não está ao meu lado. Eu só podia estar... Eu estava sonhando...

 Eu estava sonhando

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