Despedidas

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Os sóis queimavam no alto do recém designado F-485. O pequeno planeta tinha massas de terra consistidas principalmente de arquipélagos, cadeias de ilhas pequenas e médias que estavam espalhadas por um oceano de água doce, circundando uma grande massa continental próxima do centro. A purga havia sido difícil de um ponto de vista logico, a escassa população nativa tinha muitos lugares para se esconder nas ilhas de selva fechada, e quando encontrados possuíam técnicas surpreendentemente explosivas. Ele estava desapontado pela facilidade com que as pessoas pequenas e escamosas morreram quando em combate após ficarem impressionadas com seu poder de fogo desproporcional. Era assim com algumas espécies, eles sacrificavam o ataque pela defesa ou vice e versa e assim perdiam o equilíbrio. Eles eram chamados Cerlianos ou algo parecido.

Ainda assim eles quase pegaram Radditz. Em qualquer outra missão Vegeta teria rido durante todo o caminho de volta até a estação de Freeza ao ver Radditz fazendo piruetas para evitar as explosões quase fatais, sua armadura aguentando o dano até que ele foi acertado. Mas não nesta missão. O príncipe estava sério e com raiva. Os dois companheiros de seu esquadrão o acharam temperamental e agressivo, ainda mais do que o usual, e decidiram evita-lo.

Enquanto Vegeta se abaixou para encher as mãos em concha com água ele ficou surpreso ao perceber que elas estavam tremendo. Ele encarou fixamente para o seu reflexo imaculado antes de espirrar água em seu rosto. A piscina ficava em uma área fria e sombreada e acalmava seus olhos ardidos. Falta de sono e talvez alguma alergia alienígena tinha deixado seus olhos vermelhos e desconfortáveis.

Ele secou suas mãos e recolocou suas luvas, apesar do calor do meio dia, e pegou seu scouter da pedra ao seu lado. Ele endireitou e examinou os dois cadáveres dispostos ordenadamente a beira da água. Foi a primeira vez que ele se realmente importou com os restos mortais de um inimigo.

Nappa tinha brincado que eles finalmente se livrariam de Radditz neste extermínio, piada que Radditz respondeu acaloradamente com um soco. Radditz precisava desabafar naquela ocasião, napa sabia bem, e ele brincou de luta com o Saiyajin mais fraco até que estivesse cansado. A razão da frustração de Radditz era bem conhecida por todos os três. Vegeta negou categoricamente o pedido de Radditz de procurar seu irmão Kakarotto. Nappa achou que Vegeta iria ceder eventualmente e estava apenas exercendo sua autoridade no caminho do crescente micro gerenciamento de Freeza por suas missões. Não que ele fosse dizer isso ao príncipe, mesmo que pudesse.

Nappa jamais diria nada ao seu príncipe, nunca mais Ele nunca mais lutaria com Radditz, nem ria comer, beber, rir, matar ou foder. Nappa tinha de olhar vago na direção de um dos dois sois do planeta de sua posição silenciosa atrás da margem do rio. Nappa estava morto.

Era de Radditz que ele sentiria mais falta, tinha decidido. Napa pode ter sido mais próximo de Vegeta em ranking, classe e habilidade, mas Radditz fora seu companheiro de esquadrão desde a infância. Eles tinham praticamente crescido juntos, brincando quando crianças e lutando juntos quando jovens homens. Em seu mais profundo e reprimido pensamento ele teria chamado Radditz de amigos. Ele realmente esperava que algum dos Cerlianos tivesse feito o trabalho por ele, aliviando-o do peso da decisão ao completar sua missão. Mas não, Radditz tinha se beneficiado dos trenos com o príncipe Vegeta e tinha por pouco superado os guerreiros Cerlianos. Ele se arrependeu de ter treinado Radditz tão bem, ele poderia ter sido poupado da expressão de tristeza no rosto do homem enquanto ele abria um buraco em seu peito. E com suas últimas palavras, voz embargada de dor e emoção, Radditz só queria saber por que.

Por que, de fato. Como ele poderia dizer a eles que o tirano do gelo decretou que eles não eram mais úteis? Que ele, seu líder e parceiro, foi encarregado de neutraliza-los? Que toda esta missão foi, na verdade, suas sentenças de morte?

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