Regina permaneceu sentada no sofá durante um bom tempo, tentando assimilar as coisas e entender o que estava sentindo. Ela só conseguiu se mexer quando o seu celular tocou. Vendo um número desconhecido no visor, imaginou que pudesse ser Robin.
– Alô?
– Oi, Regina. É o Robin. – Ela podia ouvir o filho tagarelando por trás da voz dele. – Estamos saindo do shopping.
– Tá. Obrigada por avisar. Até já. – Rapidamente desligou, rompendo o contato. A advogada não queria que o loiro percebesse que ela havia chorado por causa de sua voz embargada.
A morena foi até o banheiro e lavou o rosto, pois a maquiagem básica que havia passado pela manhã já estava toda borrada. O rímel escorreu pelas bochechas e ela estava com uma aparência horrível. Depois, a mulher dirigiu-se até a cozinha e serviu-se de um copo de água. Quando voltou para a sala, pegou seu celular e tentou ligar para Daniel, mas o telefone do engenheiro começou a tocar e ela deu-se conta que ele não havia levado o aparelho quando saiu. Subitamente, ela levantou e jogou o celular em cima do sofá, sem perceber que Raphael e Robin já entravam na sala. O menino, ainda muito pequeno, não prestou atenção na atitude da mãe, mas Robin sim.
– Oi, mamãe.
Regina rapidamente virou-se para trás e encarou o filho, depois levantou o seu olhar para Robin.
– Desculpa. A porta tava aberta.
– Tá tudo bem. – Ela tentou disfarçar.
Raphael rumou à cozinha, mas rapidamente regressou à sala.
– Ué, mamãe, você tá sozinha? Cadê o papai?
– Ele saiu, amorzinho. Daqui a pouquinho ele volta.
A advogada falava com certa dificuldade. Então, Robin pôde perceber que ela havia chorado e estava prestes a derramar algumas lágrimas novamente. Poderia passar o tempo que fosse, mas ele jamais deixaria de reconhecer a carinha que ela fazia quando chorava ou quando prendia o choro.
– Mamãe, vou dar uma bronca nele. Ele disse que ia almoçar com você. – Regina soltou um sorriso e seus olhos ficaram ainda mais marejados – Ô, mãe?
– Hm? – Uma lágrima insistiu em cair e ela rapidamente a secou.
– Vou ao banheiro, tá?
– Tá. Fala com o tio Robin. Ele já vai embora.
O menino abraçou as pernas de Robin.
– Obrigado, tio Robin. O lanche estava muito gostoso.
– De nada, campeão. Vamos jogar bola amanhã. O que acha? Combinado? – Bagunçou os cabelos da criança.
– Combinado. – Raphael disse e se dirigiu ao banheiro.
Regina evitava o olhar de Robin, enquanto ele aproximava-se dela.
– Ei, Regina... – Fez uma pausa – Você tá bem?
– Tá tudo bem.
– Ei... – Pegou na mão da advogada.
Eles se olharam e permaneceram parados por um bom tempo. Olhando mais de perto, Robin agora podia afirmar: ela havia chorado. Talvez bastante. Era óbvio que acontecera alguma coisa, mas ele não queria ser invasivo e limitou-se a manter contato visual. Regina não tirou a mão após o toque de Robin, reação que o deixara feliz. Assim, pôde senti-la perto novamente, pelo menos um pouquinho. O fotógrafo acariciou a mão da advogada com o polegar. Ambos estavam mexidos, totalmente anestesiados pelo momento, que foi interrompido por um grito de Raphael.
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The Way Back To You
FanfictionApós dez anos morando em Nova York, Robin volta a Storybrooke, sua cidade natal. As memórias do que viveu ali o invadem fortemente, fazendo-o revisitar vários momentos de sua juventude. Ao reencontrar Regina, seu amor do passado, Robin percebe que n...