Capítulo sete

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– Mamãe, posso levar os brinquedos? – Na porta do quarto dos pais.

– Os brinquedos? Não. Você vai escolher um e vai levar.

O menino retornou a seu quarto. Regina colocava seus anéis nos dedos. Após ficar pronta, foi até a cozinha servir-se de um copo d'água.

– Ô, pai?

– Hm?

Daniel estava sentado na cama do filho.

– Vocês vão jantar hoje?

– Hoje não, filho. Pra dizer a verdade, a mamãe tá um pouquinho chateada com o papai.

Pai e filho começaram a sussurrar um para o outro.

– Chateada? Por quê?

– Fala baixo. Isso acontece com os adultos às vezes.

– Ser adulto é muito chato, papai.

O engenheiro riu alto. O menino era adorável.

– Eu te amo. – Abraçando-o e beijando-lhe o rosto.

– Pode parar de sussurrar agora? – Nos braços do pai, ainda sussurrando.

– Pode, amor.

Regina passou pelo corredor indo em direção à porta de entrada da casa.

– Vamos?

Eles se olharam e Daniel levantou as sobrancelhas. Rapidamente pegou a mochila do filho e ambos encaminharam-se para o carro, onde a advogada já se encontrava sentada. O veículo já estava ligado e o ar condicionado do mesmo também.

– Peguei o Buzz mesmo, mamãe. – Entrando no carro.

Daniel fez o mesmo procedimento do filho. Após ele colocar o cinto de segurança, Regina perguntou:

– Pegou seu documento?

– Tá na minha carteira. Tá no meu bolso.

Ele olhou para a esposa por um instante e depois deu a partida no veículo, seguindo em direção a casa de Mark. Foram em silêncio durante todo o percurso. Chegando a casa do amiguinho, Raphael se despediu.

– Tchau, papai. – Sussurrando e aproximando-se para dar-lhe um beijo.

Daniel sorriu.

– Tchau, filho. Até amanhã.

– Tchau, mamãe.

– Tchau, Rapha. Te amo.

– Eu também. – Saindo do veículo.

– Tchau, filho. – Regina abriu o vidro e enviou-lhe um beijo ao menino. Os pais de Mark acenaram para os Colter e entraram. Assim, Daniel deu a partida e retornaram para casa.

O resto da noite foi passado em silêncio. O engenheiro bebeu algumas cervejas e jogou FIFA no videogame. Já a advogada ficou no quarto arrumando seu armário.

Depois de algumas horas, o moreno avistou Regina passar já de camisola para a cozinha. Ele tomou o mesmo rumo da esposa.

– Então vamos ficar assim?

A advogada custou a responder.

– Você quer que a gente fique como? Depois de você me perguntar se eu marquei com o Robin no shopping eu devo sorrir? Talvez me encher de cerveja junto com você, ou, quem sabe, fazer amor?

– Nossa, eu odeio quando você fala desse jeito.

– Bem vindo ao clube. Odiei o que você me falou mais cedo também.

The Way Back To YouWhere stories live. Discover now