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𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋𝐋𝐘 𝐏𝐎𝐕
Eu ofereci água a Josh, e ele tomou. Depois disso ficou brincando com Pipoca.
Eu fui tomar um banho, pois eu estava encharcada da chuva. Voltei do banho, já vestida.
── Vai ficar em pé me olhando e brincando com Pipoca ou vai sentar?
── Já olhou pro estado das minhas roupas? ── ele estava ensopado. Estava usando una camiseta branca que, por conta de estar toda molhada, ficou transparente mostrando todo seu tanquinho malhado. A imagem de seu cabelo molhado com a camiseta branca transparente estava... nem sei as palavras certas para usar sobre isso.
── Você não acha que Pipoca já não chegou todo molhado e sujou meu sofá inteirinho com patinhas? Esse sofá já passou por tanta coisa. Só senta aí logo.
── Por sua causa eu vou ter que tomar mais um banho quando chegar em casa. ── ele se senta.
Vou até o sofá e me sento também.
Ficamos um tempo brincando e rindo com meu cachorro.
── Afinal, o que aconteceu? ── pergunto ── Entre... nós?
── Any, eu posso ser sincero com você? ── balanço a cabeça em sinal de "sim" ── Você tá com medo de se envolver com outras pessoas.
── Medo?
── É... o Bailey bagunçou tanto sua cabeça que você tem medo de se relacionar.
── Desculpa, mas você tá errado. Eu não tenho medo nenhum.
── Então por que ainda se importa com ele? Por que não investe em outra pessoa melhor? Ou não sei, esquece ele e dê um tempo sozinha com você mesma, vive a sua vida.
── Eu não me importo com ele!
── Mas ainda se preocupa em causar ciúme, ou eu tô errado agora?
── Antes sim, mas depois de hoje, depois de cada palavra humilhante que ele me falou e eu engoli, não quero nem pensar mais nessa praga.
── Olha só... ── ele se senta mais perto de mim ── Por que não dá uma chance... pra quem te quer? E... e nós?
Eu o olhei no fundo dos seus olhos.
── Por que você não me quer? Por que só me procura pelo contrato? Por favor, Any. Me dá uma chance. Eu não sou como ele, eu juro! Eu vou fazer de tudo pra você ficar! Só me dá uma chance.
── Josh... mas você me quer?
── Não tá óbvio? Eu te procuro, te mando mensagem mas você foge de mim. Quando você deu a idéia do contrato eu não achei ruim, mas depois viciei tanto nos beijos na frente dele que era quase impossível seguir aquele contrato idiota...
── Não é um contrato idiota.
── Você impôs ele por medo de se envolver comigo e se machucar de novo. Sim, é idiota. Se eu te tivesse pra mim por inteira, eu não deixaria escapar. Só... ── ele coloca sua mão em minha bochecha ── Confia em mim!
Ele então roçou nossas bocas, e quando eu ia beija-lo, ele dá uma leve afastada.
── Eu não vou te forçar a nada, até porque não sou idiota a tal ponto, só dá um tempo pra você pensar. Cabe a você querer. Mas eu não vou ser feito de tonto ou bonequinho de causar ciúmes nos outros. ── ele se levanta e vai em direção a porta.
Eu iria falar que o queria também, mas meu medo falou mais alto. Quando vi, ele já havia passado pela porta e ouvi o som do seu carro ir embora. Ele está completamente certo sobre meu medo.
