Cinco anos depois

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Em um espaço aberto, várias crianças de todas as idades estavam brincando alegremente. O sol estava brilhante naquele dia fresco de primavera. A única coisa anormal naquele ambiente cheio de risos e gritos, era um adorável garotinho, solitário, com traços orientais e ocidentais, muito delicado, lindos olhos verdes, cabelos dourados, sentado no chão, debaixo de uma frondosa árvore. Ele estava encostado no troco dela e trazia seus joelhos junto ao corpo, enquanto observava a algazarra a sua volta com tristeza.

Esse garotinho tinha apenas cinco anos e com apenas um olhar fofo dado por ele, muitos corações, caim de amor.

Seu nome era Li Huan, nome dado por um velho que o pegou na porta do antigo orfanato que foi demolido, o explorado dali. Ele era muito inteligente para sua idade e manejava os números como se fosse uma extensão do seu próprio corpo e isso foi notado pelos tutores. Desde cedo, ele foi colocado junto com o contador do orfanato, antes mesmo de aprender a escrever, que o afiou como se fosse uma faca, tornando-o um gênio em contabilidade. O diretor, as freiras e os tutores que cuidava daquelas crianças, o explorava para aumentar a renda que entrava ali e portanto, roubar alguns trocados.

Muitas pessoas se interessaram em adotá-lo, mas sempre era sabotados. O diretor do orfanato não queria perder sua "pata de ovos de ouro", tão cedo.

Hoje seria o dia que casais interessados, viriam para levar para casa seus novos filhos.

Li Huan não era tolo. Sabia que mais uma vez seria jogado de lado e sofrer todos os tipos de abusos se não fizesse o que eles queriam. Em sua pouca idade já era maduro o suficiente para entender tudo e de forma contundente.

Um suspiro triste saiu de sua garganta.

Só não esperava que um jovem casal de uns trinta anos, se aproximaria dele e o examinaria com olhos amorosos e críticos.

_ Boa criança, o que fazes tão sozinho e triste aqui? _ perguntou a bonita mulher, sorridente.

Li Huan olhou aquele casal e seu coração bateu. Sentia do fundo do seu coração que já amava aqueles estranhos. Por algum motivo desconhecido, uma dor atroz fez seu coração diminuto, doer intensamente. Como se pressentisse que os iria perder futuramente. Lágrimas começaram a cair de seu rosto, em forma de coração. Levantando-se do chão, ele vai até o casal e os abraça apertado.

Vendo isso, o casal se entreolha de comum acordo e decide levar aquele doce menino com eles.

O diretor fez birra, assim como o contador que perdeu seu pequeno aprendiz. Mas no fim, o diretor cedeu. Ele não queria ter as autoridades em sua cola.

Depois de tudo feito, o casal o levou para sua casa.

Lá, aqueles olhos adoráveis encarou o casal e prometeu solenemente:

_ Pai, mãe, eu nunca vou os decepcionar. Os protegerei com a minha vida.

O casal apenas rio com a seriedade que aquela criança falava.

Meu Adorável Contador  BL (sem revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora