Alive.

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Cristina coloca o pé de cabra na fechadura de uma porta de rolar e começa a forçar a tranca afim de arromba-la. Nicolas estava mais atrás olhando tudo com um facão na mão, estava cuidando das costas da ruiva mesmo sem entender ao certo o que ela queria com aquele lugar, Ana também estava presente, porém ela apenas observava enquanto ficava afastada.

Após fazer força por alguns minutos, Cristina finalmente arromba a fechadura e empurra a porta para cima, revelando o que seria uma loja de roupas. Nicolas olha para cima da loja e não vê nenhuma placa que indicava que lugar era uma loja, em seguida volta a olhar para a ruiva intrigado. Se perguntava, como ela sabia que aquele lugar era uma loja?.

— Quando você falou que tinha uma missão pra mim, eu imaginei tudo, menos isso. — Diz o rapaz se aproximando da entrada da loja. O lugar era grande e parecia estar intocável.

— Bom, a gente precisa de roupas, então eu acho que essa é a hora de fazer as compras. — A ruiva tira o facão da bainha. — Eu não acho que vai ter retardados aí dentro, mas é bom se prevenir, nunca se sabe quando vai vir um filho da puta.

— Bom, vamos tentar pegar seis peças de cada roupa. — Ana se aproxima de braços cruzados. — A gente já tem algumas peças de roupas que a Cris providenciou, então, se vocês quiserem manter as que já tem é melhor pegar menos, sabe, pra caber tudo na mala.

— Ah, foi bom você falar em malas, eu não quero mais ficar nessa cidade de merda, então proponho que a gente pegue a estrada novamente. — O rapaz encara as duas mulheres. — Não sei a onde a gente pode ir, mas ficar aqui não dá mais pra mim.

— Eu já esperava isso, então por mim tanto faz, tô dentro. — Responde Cristina. Ela também não queria ficar mais na cidade e muito menos naquela casa, pois já estava cansada e entediada de ficar naquelas paredes, se continuasse ali, provavelmente todas as suas noites seriam de pura bebedeira.

— Eu também estou dentro, não suporto mais ficar naquela casa. — Concorda a morena revirando os olhos.

— Então vamos as compras, depois a gente vê isso. — Fala Cristina entrando na loja. Ana e Nicolas vão atrás.

O lugar era relativamente grande, com bastante fileiras com roupas, tantos em cima de mesas quanto em cabides. Ana e Cristina foram para a seção feminina, enquanto Nicolas ficou na ala masculina.

O rapaz vai direto nas calças jeans, ele olha atentamente cada uma delas e acaba escolhendo uma preta. Ele tira o tênis e a calça jeans que usava, em seguida veste a calça nova que acabou ficando perfeita no seu corpo, nem muito grande e nem muito apertada.

Ele parte para a próxima seção, mas dessa vez de camisetas, e acaba pegando uma camisa xadrez azul escura de manga longa. Ele tira a camisa que usava e veste a nova.
Nicolas vai para a seção de calçados e tira um par de coturnos preto do mostruário, o seu tênis branco já estava muito ultrapassado, já estava na hora de trocar. O rapaz tira o seu tênis e calça o coturno novo, o número era um pouco maior que do costumava usar, mas mesmo assim tinha ficado bom, sem contar no cano da bota que pegava quase no meio da sua canela. Agora com roupas novas no corpo, só precisava escolher o resto que ia levar para a viagem.

Ana observava o rapaz de longe enquanto tentava separar algumas roupas, se perguntava em como ele estaria se sentindo naquele momento. Talvez ele estivesse bem ou talvez estava só fingindo que estava bem, não tinha como saber. Cristina fecha uma mala e olha para a morena que estava com o olhar fixado no rapaz.

— Quando for secar alguém, pelo menos disfarça. — Fala a ruiva em tom de brincadeira.

— Não é isso. — Ana a encara. — Só estava pensando algumas coisas, nada de besteira, só se ele estava bem ou não.

Sobreviventes. - O começo de tudo.Onde histórias criam vida. Descubra agora